O Sonho

Capítulo 5 - Isso é sério?


OK... Então foi isso?

“Oi, eu sou Henry Cromwell e sou imortal... a propósito... eu deveria te morrido á 30 anos”.

Tá bom, né anjinho? Até parece... Imortal... Aff

E o que vem agora? Uma daquelas vidas cheias de aventuras que eu vivo lendo naqueles livros de páginas amareladas? Ou um daqueles romances... Maravilhosos? Ah... Fala sério... Eu não vou negar que eu gosto desse tipo de coisa e até fico um tempo fora do ar imaginando como seria minha vida se eu fosse uma personagem de um dos livros que eu mais amo... Mas... Esse é só o lado esquerdo da coisa... Pelo outro lado...

Não sei bem o que se passa na mente dele... Mas eu sei o que se passa na minha, acho... e acredite...era muita confusão para uma pessoa só. Eu não acreditaria se alguém tivesse me contado... Essa é uma das situações onde você tem que “ver para crer”

Estou quase acreditando...

Repetindo... Eu disse: QUASE

Ele deve ter ido ver a mãe e tentar não assusta-la, alguma coisa do tipo “mãe olha eu aqui... é isso ai... eu estou vivo!” Tomara que ela não tenha um enfarte...

Ai que droga... Está chovendo... Ou melhor... Uma tempestade... Não consigo nem ver um palmo a minha frente... Graças a essa escuridão...

Mas logo eu vejo um casarão, tipo século 15.

Mas tem uma vozinha muito irritante lá no fundo da minha mente insiste em dizer: “nem pense em entrar ai... veja... é totalmente igual... o seu sonho... faça o que fizer não entre ai”.

Mas eu a ignoro e empurro a enorme e pesada porta de mogno, a tempestade não me pegou... Quem sabe na próxima... Vida? Estou fechando a porta para que o vento frio e gelado pare de entrar, tem uma poça de agua bem em volta dos meus pés... Tomara que os donos desse casarão não se importem... E tem aquele vulto logo ali.

Pause... Um vulto... ´´é criatura... um vulto... que nem no seu sonho... sua tonta... Dê o fora daqui imediatamente” – De novo é aquela coisa irritante: meu subconsciente.

Play.

– Olá? – Disse eu.

Minha respiração descompassada, causada pela correria/fuga da chuva. Meu cabelo molhado está dificultando minha visão...

– Olá? – Repito eu um pouco mais alto e olhando para um canto mais obscuro.

– Olá senhorita – Diz uma voz que ao ouvir, eu dei um gritinho e me assustei, meu coração resolve fazer polichinelos.

Como eu não ouvi chegar e olha que ele só está á alguns metros de mim... Estranho... Muito estranho...

E assim como no meu sonho, eu digo como estou aliviada por ser só um mordomo... Provavelmente chamado James, ele me guia através dos corredores e paramos em frente á porta dupla de carvalho, eu entro e o mordomo fecha a porta atrás de mim... mas dessa vez eu não ouço o mordomo se afastando ...sabe...barulho de passos se afastando...novamente estranho...

Não apague as luzes... Afinal você sabe o que vai acontecer” – Quieto subconsciente!!!

Eu tomo meu banho, visto minha confortável camisola de seda (que eu particularmente achei que seria mais comprida, como no meu sonho)

E é claro que eu tenho que apagar as luzes...

Eu o faço... Ou quase... Afinal ela se apaga sozinha e sinto uma rajada de vento balançar meus cabelos...

Eu estou no chão... Esperneando e gritando em plenos pulmões... Meu braço... Colado... no chão.

Sinto minhas costelas serem pressionadas; esmagadas... mais ..e mais...e mais...

Meus pulmões não vão aguentar por muito tempo... e nem minha garganta...rouca... é como eu vou ficar se isso não parar agora...ou pior...bater as botas, passar dessa para melhor... você entendeu, certo?

Novamente a lâmina transpassa a palma da minha mão... novamente o líquido quente se espalha pelo chão frio, água cai de meus olhos, pois já estou pressentindo algo... esse é o meu fim....

Mas não dessa vez...

Sinto aquele enorme peso sendo abruptamente tirado de cima de mim, mas eu não consigo me mover e estou arfando...

Ouço outro grito, mais gutural...

A luz é religada... e o que eu vejo?

Vejo Henry com uma faca na mão... Apunhalando uma criatura monstruosidade de pele acinzentada, com asas nas costas e um olhar assassino... mas Henry acaba deixando a criatura sair voando pela janela...ou melhor...fugindo pela janela...

– Mas o que esta acontecendo? – Diz Henry.

Ele finalmente nota que eu estou nesse estado e vem me ajudar...

– Effy? – Diz ele. – Aquela coisa te feriu?

Que pergunta mais idiota! Quer que eu responda se foi fisicamente ou psicologicamente?

Ele me olha de um jeito estranho... ah!é a minha camisola...muito curta...

– Effy - Diz Henry meio emcabulado. - Sabia que você viria ,eu só não sabia que...