O Sonho

Capítulo 11 - A enfermaria


Não sabia que era tão difícil assim convencer Emily e July que elas precisam ficar fora disso para sua própria segurança e ai está o problema... elas não estão nem ai para isso, elas querem saber o que está acontecendo...é, eu também adoraria ter essa resposta na palma de minha mão

Mas não é bem assim

E assim sendo, fui obrigada a explicar tudo para elas

Achei que elas iriam surtar

Mas elas não surtaram

Foi bem pior do que só “surtar”

– Mas como assim? – Perguntou Emily – Magdores? Mas que nome mais chinfrim

– Ei! Será que dá para se acalmar? – Falei.

– Não me mande me acalmar! – July estava surtando geral – Especialmente quando minha amiga, no caso você, está descobrindo um segredo desses e ainda por cima tem o peso do céu sobre suas costas

– E porque não nos contou? – Era Emily tentando me consolar

– Porque eu sabia que vocês iriam ficar assim – Falei

– E porque na minha visão eu vi esses “Magdores” de um jeito e depois no beco eu vi como esqueletos cobertos por capas com capuzes e foices? – Perguntou Emily

– Acho que é porque os Magdores assumem a forma de seu pior pesadelo – Falei.

– Acho que você tem medo da morte, Emily – Disse July

Os ombros de Emily caíram e ela se sentou em minha cama

– E eu que os vi como fantasmas – Disse July

E eu sabia o porquê elas temiam o que temiam. Emily perdera o irmão mais velho de um jeito horrível e ainda fora obrigada a assistir tudo sem nada poder fazer. E lembro-me de estar amparando-a no enterro de seu irmão enquanto sua mãe dizia: “ele era tão jovem, tinha tanto para viver...” Desde então ela teme a morte. E July teme fantasmas, pois ela mesma diz que já viu alguns e que eles não foram muito legais com ela, até teve alguns que tentaram ataca-la. E eu? Porque eu temo aquelas coisas? O que foi que aconteceu para que aquilo se transformasse em meu maior medo?

Não faço ideia

Será que um dia eu saberei? Tomara que sim...

Eu bem que disse para elas ficarem na minha casa ou algum outro lugar, mas não me seguirem, mas elas não e eram ouvidos e me seguiram apesar de eu ter dito várias vezes para elas ficaram paradas, elas me seguiram até a mansão. E eu nada pude fazer além de me certificar que ninguém iria querer matá-las

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Eu já estava quase correndo de desespero, no meio do caminho eu acabei perdendo a Emily e a July, elas não paravam de falar e blá-blá-blá , eu não aguentava mais e então minha mente simplesmente entrou em modo automático e eu não tive mais consciência do que estava fazendo e eu me perdi delas ou elas se perderam de mim. Ai eu comecei a correr na direção em que tinha vindo e tentando achar aquelas duas loucas...

Até que eu, repetindo: EU ouvi algo vindo que uma das salas e fui lá investigar, pois sou muito curiosa. Mas quando chego perto ouvi um gritinho daqueles bem afinados e altos que tem a incrível capacidade de estourar sua cabeça se for muito prologado.

Conheço esse gritinho de algum lugar

Também ouço um “TUM” bem alto e logo depois alguém choramingar

– Ei, tenta usar esta aqui – Diz uma voz

E o barulho de algo metálico se chocando contra o chão.

– Vai ficar tudo bem – Era a voz de July baixinho

Ai meus deuses!!! O que July está fazendo ali dentro? E me faça um favor: não pense besteira.

Outro grito e eu arregalei os olhos

E então ouvi um gotejar de alguma coisa.

O barulho de madeira batendo no chão, seguido por um mini terremoto; meu sangue fervia 50% por ansiedade e 50% por nervosismo

Eu tremia só de pensar nas possibilidades

Quando se está numa situação como essa é claro que você não quer que ninguém que você goste se machuque... então...

Agora é pessoal!!!

Mexeu com minhas amigas, mexeu comigo!!

Neste exato momento um ser vivo que não tem um pingo de amor á vida colocou a mão fria em meu ombro

Eu me virei lentamente com algum tipo de olhar que era macabro, assustador, demonstrava raiva, impaciência e sabe-se lá mais o que

Era Henry...que empalideceu rapidamente

– O que é? – Falei de forma brava

Ele passou a mão pelos cabelos nervosamente, nem sei quantas vezes ele já fez isso, mas eu já adorei isso.

Vamos voltar ao meu momento macabro

– Effy - Disse ele. – Ahn...você sumiu...

Então é isso que você tem á dizer? Pois saiba que é muito tosco

Colei minha orelha na porta

– O que está fazendo? – Perguntou ele.

– Acho que minhas amigas então lá dentro – Falei.

Henry espantou-se

– Lá dentro? – Perguntou ele. – Na sala de tortura?

– Como é que é? – Disse eu – Sala de tortura? Por que vocês tem uma sala de tortura?

Agora ele ficou sem graça...

O chão temeu novamente, mas que *** é essa?

– Ah não sei – Disse ele. – Mas sempre esteve ai

Eu revirei os olhos...não diga?

Eu já não aguentava mais aquilo, então tentei girar a maçaneta, sério...eu juro que tentei girar aquela *** de maçaneta. Mas ela não girou.

– Está trancada – Disse eu.

– Use isto – Disse Henry.

E me entregou uma chave

Eu olhei para a chave de forma estranha

– Tudo bem – Disse ele. – Essa fechadura não vai comer a chave

OK, chega desse maldito suspense!

Inseri a chave e girei a maçaneta; escancarei a porta

E vi July numa roda da tortura e Emily num canto, sentada numa cadeira com braços e pernas bem amarrados e amordaçada.

– Mas o que está acontecendo aqui? – Perguntou Henry

Os dois brutamontes pensaram muito bem antes de falar qualquer coisa

– Pensamos que elas eram invasoras – Disse um deles.

Eu tratei de desamarrar Emily e Tirar July da roda de tortura

Vi que o braço Emily sangrava e havia uma adaga com sangue na ponta jogada no chão, deve ter sido isso que eu ouvi

Saímos de lá rapidamente.

– Mas o que era quilo? – Esbravejou Emily

– Eu não sei – Falei.

– Qualquer um que possa ser julgado como invasor é torturado para sabermos por que quis invadir – Explicou Henry. – Nos desculpem por isso

Ninguém disse nada até July quebrar o silêncio:

– Que horror

– Eu sei – Disse ele. – Mas assim eles acham que estão protegendo os outros.

– Tem algum kit de primeiros socorros aqui? - Perguntei.

– Temos uma enfermaria inteira, esqueceu? – Disse Henry

– E pode nos levar até lá? - Falei

– Por aqui – Disse ele.

Henry nos guiou por corredores que eu nem notei, só notei quando passamos em frente de uma porta de carvalho muito familiar, eu me arrepio só de lembrar só de lembrar do que aconteceu lá dentro , eu cruzo meus braços involuntariamente; para esconder minha mão e fico olhando para o chão

– Tudo bem? – Pergunta July

– Você é que está com o braço sangrando – Disse eu - Quem tem que perguntar isso sou eu

E rimos

Mas na verdade aquilo me traumatizou um pouquinho, sabe?

E chegamos até uma porta dupla branca com uma cruz vermelha no centro, definitivamente era a enfermaria

Henry abre a porta e vejo meu avô enfaixando a mão de uma mulher de cabelos medianos e negros, usando um belo vestido cor de café...eu acho...

(N/A: o tal vestido que a mulher usava: http://www.google.com.br/imgres?q=vestidos+simples+e+elegantes&hl=pt-BR&sa=X&biw=1440&bih=805&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=k5K39MBTAdDk5M:&imgrefurl=http://ascoisasqueeuamo.blogspot.com/2011/07/roupas-lindas-e-elegantes-para-varias.html&docid=kJaW6ePO5IYANM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-v8tdc5B5xb0/ThYZWtevz2I/AAAAAAAAAkc/76mgt061z4k/s1600/os-vestidos-de-agora-estao-muito-chik-e-muito-elegante.jpg&w=451&h=564&ei=3GqUT7bGKYWE8QSDrPTwAw&zoom=1&iact=rc&dur=137&sig=104911832755336450412&page=1&tbnh=141&tbnw=113&start=0&ndsp=28&ved=1t:429,r:8,s:0,i:83&tx=69&ty=82)

Porque ela me parecia tão familiar?