As pessoas da aldeia não nos entendiam muito bem. Eles ficavam imaginando por que papai passava todo o dia criando invenções malucas e por que eu gostava de ler livros.

Bom, se você percebeu eu vivo com o meu pai adotivo, Kotaro Bokuto, vivemos em uma vila bem tranquila. Ele é inventor.

— Tudo é igual, nesta minha aldeia, sempre está, nesta mesma paz, de manhã, todos se levantam prontos pra dizer...

— Bon jour.

— Bon jour.

— Bon jour.

— Bon jour, bon jour.

— Vem o padeiro com seus assados, com pães e bolos pra ofertar, tudo aqui é sempre assim, desde o dia em que eu vim, pra essa aldeia do interior…

— Bom dia, Hinata! - falou o padeiro.

— Bom dia, monsieur Nobuteru - falei com um sorriso.

— Aonde está indo? - perguntou o padeiro.

— A livraria, devolver o livro que acabei de ler.

— Que monotono.

— Temos aqui um garoto estranho, tão distraído lá vai ele…

— Não se dá com o pessoal.

— Pensa que é especial.

— Chega a ser muito engraçado nosso Sol.

— Bom jour, bom dia, e a família?

— Bom jour, bom dia, e sua esposa?

— Tem ovo aí? Tá caro o preço.

— Eu quero mais que a vida no interior! - disse entrando na livraria saltitando de felicidade.

— Ah!, se não é o único leitor da cidade. Me conta por onde andou essa semana?

— Eu estava no norte da Itália, eu nem queria voltar, sugere mais algum outro destino? - falou dando uma olhada nos livros a sua volta.

— Eu não penso em nada, mais você pode reler a obra que você quiser. - falou Ojiro.

— Obrigado, sua biblioteca faz esse lugar parecer maior. - falou Shoyo para o Ojiro.

— Bon voyage. - falou o Ojiro se despedindo de Shoyo.

— Tchau. - disse Shoyo abrindo a porta e saindo da biblioteca.

— Esse garoto é muito esquisito, o que será que há com ele, sonhadora criatura, tem mania de leitura…

— É um enigma para nós o nosso sol.

— Oh… Mais que lindo quadro, quando os dois se encontram no jardim...é... o príncipe encantado, e ela só descobre que ele é quase no fim…

— O nome dele que dizer girassol, não há melhor nome pra ele.

— Mas por trás desta fachada, ele é muito fechado. Ele é metido a inteligente…

— Não se parece com a gente…

— Se há um moço diferente é o sol!

Chegando depois de uma caçada vem Toru Oikawa e seu amigo Hajime Iwaizumi, Oikawa pega o binóculo e olha nele para encontrar o Shoyo, depois ele dá para o Iwaizumi.

— É ele Iwa-chan, meu futuro esposo. - falou Oikawa se gabando.

— Mais é um homem! Lixokawa. - falou Iwaizumi indignado.

— Ele é o homem mais lindo dessa aldeia, isso o torna o melhor para mim. - falou Oikawa cavalgando em direção a cidade e logo atrás seguia Iwaizumi.

— Desde o momento que eu o vi eu disse, não há ninguém igual a ele. Eu vi logo que ele tinha a beleza igual a minha e é por isso que eu quero casar com ele.

— Lá vai, Oikawa, vive sonhando. Monsieur Oikawa, é bonitão. Quando ele passa eu fico arfando. É forte é bruto é um solteirão.

— Não vai rolar meninas. - falou o Iwaizumi para as moças.

— A vida aqui nunca vai mudar.

— Eu quero levar Chibi-chan para o altar.

— Nós nunca vimos um moço tão estranho, especial este cavalheiro, nem parece que é daqui, pois não se adapta aqui, todo mundo acha que ele é filho de um maluco, mas todo mundo diz que ele é o sol.

— Bom dia, Chibi-chan o que está lendo dessa vez. - falou Oikawa olhando para a capa do livro. - parece um bom livro.

— Um romance, e sim é um bom livro para ler, bom eu vou indo. - falou Shoyo andando em direção à casa.

— Chibi-chan!, são para você. - falou Oikawa estendendo um buquê de flores para ele. - Eu vi e me lembrei de você, e de como você fica muito bonito quando sorri, então nós nos vemos no jantar hoje?

— Obrigado, são lindas as flores, e me desculpa eu não vou poder jantar com você. - falou Shoyo tentando se livrar dele.

— Vai sair para algum lugar? - perguntou Oikawa, tentando persistir com o convite.

— Não - falou Shoyo dando as costas para Oikawa, e continuou andando.

— Então bora lá? - falou Iwaizumi aparecendo ao lado de Oikawa.

— Não Iwai-chan, às pressas mais difíceis são as mais interessantes e é isso o que faz o Chibi-chan tão belo como também muito fofo. - falou Oikawa para o Iwaizumi sem tirar os olhos do Shoyo.

— Você é um covarde Bakawa, isso sim. - falou Iwaizumi dando um tapa na cabeça de Toru, para ele tomar jeito.

— Ai! Isso doeu Iwai-chan. - falou passando a mão no lugar que recebeu o tapa.

— Foi para doer mesmo. - falou Iwaizumi de mau humor.