Falha do plano & Surpresa na Lago Grimmauld

–O que quer dizer Ísis? – Perguntou Melissa Karkaroff.

–Eu falhei!

–Falho como assim?

–O menino está vivo!

–E o que tem?

–VOCÊ SABE QUEM VAI ME MATAR! DEIXEI UM FILHO DE COPAS VIVO! – Ela batia na mesa desesperadamente.

–E o que tem? Você deixou outros vivos... – Falou Melissa em um sorriso. – Você hesitou em matar os filhos da “Beleza de Copas”... Uma pergunta antes disso... O filho de Ashley... Aquele que citaram uma vez...

–O que tem? – Perguntou.

–Ele existe mesmo?

–Eu não sei dizer... – Falou Ísis, pensativa. – Como é que... Eu não sei!

–Queria seria o pai?

–Pedro Pettigrew! – Respondeu. – Afinal de contas, eles eram apaixonados um pelo outro. Não sei dizer se realmente existe ou não...

–Bom, vamos ver... Existe o filho da Julia...

–John! – Respondeu.

–E o da Kathellen? – Perguntou.

–Paul!

–Da Ashley?

–Talvez.

–E da Manuela?

–Não!

–Por que ela é a única que não tem filhos?

–Porque ela ainda está viva! – Respondeu contando os motivos nos dedos. – Ela perdeu o marido, tem medo de ter mais filhos, Ainda por cima por que mataram os filhos dela!

–Quem?

–Bom... – Ela pensou. – Margaret, Fernand.. Os primeiros dois filhos de Manuela... – Ela adicionou mais dois dedos enquanto dizia. – Peter e Matthew... Os outros dois filhos dela... Como se fosse normal, aquela parideira teve quatro filhos em menos de dois anos! – Respondeu Ísis nervosa, acabou andando de um lado para o outro.

–Como eles morreram?

–Bom... – Ísis pensou. – Outras pessoas que estavam aliados com nós! – Ela sorriu.

Melissa e Ísis ficaram se encarando por um longo tempo. Quando dando um pulo, Melissa perguntou.

–E por que o plano falhou?

–Eu tenho certeza que era para eu ter matado também Paul... Ele é filho de Kathellen e também é muito perigoso!

–Perigoso? Kathellen não era nada inteligente... – Comentou. – E régulos era muito idiota, era um Comensal nada respeitoso!

–Qual o problema?

–Porque os filhos de Manuela foram mais fácil de matar?

–Eram recém-nascidos! – Respondeu Ísis sorrindo. – Você devia ver... Tão frágeis e vulneráveis... Manuela entrou em pleno colapso mental, enlouqueceu de uma vez, até perdeu o marido.

–Porque razões fazem isso? – Perguntou sentindo peso na consciência.

–Ela além de ser uma Dama de Copas era uma auror.

–Mas agora não dá pra saber se você está com raiva, com ódio, com culpa... Ou se você se sente culpada? – Falou Melissa a encarando.

–Eu...

–Matando criança? – Melissa se levantou e pegando seu casaco encarou Ísis e em seguida virou as costas dizendo. – E ainda tem amor pelos filhos? Poupe-me!

–Karkaroff maldita!

Ísis respirava e transpirava enquanto passava a mão pelos cabelos, cheia de raiva em si. Raiva do que falou, do que ouviu como poderia?
Não podia matar Paul, por causa do que Kathellen pediu. Ela matou “Peter”, mas não teve coragem de matar Paul. Ele era diferente, o cabelo mais parecido com os de Ísis assim faria ser filho dela. Matar Peter, mas por que deixou Paul? Ele ainda assim é filho de uma Dama de Copas com um Comensal. Devia ser isso, esse preço que tinha que pagar. A pressão, a culpa, em si, corroendo tudo á final de contas. Ele estaria bem ou mal? John? Onde estava?

Apenas uma pessoa era importante naquele momento. E esse alguém era um Maroto. Um dos que ficaram vivos, esse era Sirius que estava em seu quarto. Tranquilo, pensativo...
Pegava uma foto aparentemente antiga. A olhava nulo, a foto era antiga, como a tinha ainda? Sempre conseguiu guarda-la consigo.

Era sua noiva, sua primeira namorada, o amor de sua vida. E seus dois filhos. O mais velho com um ano e meio, o mais novo ainda de colo.
Ele se lembrava de como tiraram o mais novo dos braços de Sirius e o prenderam em Azkaban. Sirius não tinha mais esperanças para encontrar o garoto. Nunca teve essas esperanças, ele estava morto á mais de dez anos. Sempre foi um homem que se inspirou em Harry Potter para continuar vivo. Ele via o filho no seu sobrinho. Mesmo assim, ele se sufocava com as próprias lembranças em sua antiga casa.

A porta da Casa 12 no Largo Grimmauld soava em batidas, onde era o quartel general da Ordem da Fênix. Nesse caso da nova Ordem da Fênix, por causa de Lorde Voldemort. Além de que Harry Potter tinha acabado de chegar, foi atacado por Dementadores, no começo das férias escolares, isso acabara se tornando desagradável.

–Crianças, venham comer! – Chamou a Senhora Weasley – Venham rápido antes que esfrie...

TOC, TOC... As batidas se tornaram desesperantes.

Assim que Gina, e Hermione se aproximaram para abrirem a porta, Molly Weasley gritou.

–Não abram essa porta! – Ela parecia assustada – Vocês nem sabem quem é que está atrás da porta...

–Mais... – Antes de Gina se explicar. Afastou-se da porta.

Os olhares que estavam na Mui Antiga e Nobre Casa dos Black, se desviaram para a porta, Molly se aproximou com a varinha levantada abriu a porta numa velocidade, pode ver duas figuras estavam esperando; A Mulher de cabelos negros ondulados quase lisos com o rosto cheio de sangue, matinha em seus braços o garoto Johnny, que parecia ter a idade de Harry, seus cabelos eram cacheados, parecidos com os de Sirius e era negro. A Auror Manuela Lueffe estava exausta.
Ela foi à única que não foi com a Ordem da Fênix buscar Harry, na Rua dos Alfeneiros... E havia também o menino... Agora o menino...

–Manu do céu! – Chamou Molly chegando perto de Manuela que deixou o garoto aos pés da porta, que em seguida foi fechada, Molly a abraçou estava assustada – O que aconteceu?

–Eu fui atacada! – Ela estava cansada, e exausta, Sirius, Harry, Gui e Tonks chegaram onde ela estava com o garoto ao lado, com a boca coberta de sangue. E muito fraco.

Sirius deu uma olhada e correu dizendo.

–Manuela... – O olhar cético a intimidava.

Remo pode ouvir aquelas palavras e assim estremeceu. Ele ficou paralisado e não podia fazer nada, porém estava intacto atrás do grupo que se formava em volta dela e do garoto.

–Manu? – Sirius se ajoelhou e a abraçou, o abraço parecia que não acontecia á muito tempo. O que ela poderia fazer era o abraçar... Harry, Rony e Hermione já a tinham a visto, justamente nas últimas aulas, ela substituiu Hagrid depois que Rita Skeeter lançou um depoimento que o acusavam de ser um Meio- Gigante, ela estava lá e até compreendeu que Sirius não era o verdadeiro culpado pelo assassinato de Tiago e Lily Potter e sim Pedro Pettigrew que os entregou á Voldemort. Ela parecia muito assustada com tudo; Mais agora ela estava mais calma...

–Eu quase morri de susto...

–O que aconteceu com ele Manu? – Perguntou Molly

–Como sabia que estávamos aqui? – Perguntou Sirius curioso. Era uma dúvida que o corroia. Fazia tempo que eles não se viam.

Manuela abriu o casaco e tirou um pequeno pedaço de pergaminho com um coração vermelho. A surpresa foi enorme aos que conheciam.

–Prometo que o que eu fizer será apenas para as minhas próprias ambições...

O pedaço de pergaminho que estava em formato de carta soltou uma tinta da cor vermelha e espalhou-se pela sua extensão, assim o restante pode ver o que era.

–A Carta do Mapa de Copas! – Sorriu Sirius orgulhoso e sem palavras. – Brilhante Manu, brilhante... Até que esse cérebro empoeirado serve pra alguma coisa!

–Nossa... – Falou Manuela se recompondo – Quem dera se eu a achasse brilhante... Estou morrendo de cansaço... – Falou Manuela.

–Cansaço? – Riu Sirius – Ah, você sempre foi uma casca dura! – Manuela ficou irritada e não disse nada.

– Obrigado Sirius...

Remo apareceu no local, olhou fixo para Manuela que elevou o olhar...
Em seguida o olhou e seus olhos encheram de lágrimas, ela mal podia acreditar no que estava vendo. Ela até se levantou e tocou na face de Remo, e assim a deslizou, até a boca, Harry olhava aquilo em silencio, mais observou que os olhos de Remo também estavam cheios de lágrimas também, então ele pegando na mão dela e a abaixando disse;

–Oi, querida, quanto tempo... – E assim, ela se levantou e pulou nele e o abraçou dizendo;

–Meu Remuxo!

–Minha Marru!

Os olhos de Granger se encheram de lágrimas e tapando a mão com a boca deu um sorriso de felicidade.

–Oh céus... Você mudou tanto... – Falou Remo passando a mão nos cabelos de Manuela tão docemente que ela sorria e ao mesmo tempo chorava de felicidade. Ela estava onde precisava estar.

–Quem mudou foi você... – Falou Manu o abraçando fortemente, por um instante Sirius começou á rir acompanhado de Arthur e Molly;

–E só de pensar que vocês dois se odiavam! – Falou Arthur

–Odiava mesmo! – Falou Manu – Mais Remo não parecia me odiar... Nem um pouquinho...

–E quem disse que eu te odiava? – Falou Remo a abraçando.

–Era visível seu ódio Manu... – Falou Sirius – Ódio e raiva, qual dominava mais? Ira? – Brincou.

–O dela, e da preciosa Julia... – Falou Remo, em seguida Sirius abaixou a cabeça e passando a mão nos bigodes perguntou;

–E o que vai fazer com o menino? – Perguntou Molly passando a mãos em seus cabelos cacheados;

–Eu quero descobrir o que aconteceu... – Falou Manu o observando – Arthur me ajuda á levar ele?

–E porque não pede pro seu marido?

–Porque não sei se ele pode me ajudar... – Respondeu Manu pegando o menino; Assim eles levaram o garoto á um dos quartos.

–Eih Sirius... – Chamou Harry calmo.

–Sim Harry?

–Quem era Julia? – Perguntou curioso. Afinal eram tantos encontros no momento.

–Uma pessoa muito especial para ele Harry... – Falou Molly, pois Sirius não conseguiu responder – Foi realmente a pessoa mais especial...

–Sua esposa; - Concluiu Harry abaixando a cabeça e vendo Molly empurrando eles para a cozinha;

–Hora de comer! Vamos... Deixem Sirius aí...

Enquanto isso, Remo, Arthur e Manuela arrumavam o menino na cama, o protegendo do frio;

–E quem é o menino? – Perguntou Arthur.

–Eu... Bom, ele disse que é filho da Zafre... Mais eu duvido muito. – Falou Manuela – Porque os filhos da Zafre são loiros puros! E eu me lembro de quando fui ver ele... Ele tinha sido adotado, o coitadinho nem sabia quem era os pais... Ele ainda me disse que era filho da Julia e...

–Julia... Julia Black? – Perguntou Molly.

–Não, Lueffe!

–Manuela você está delirando? – Perguntou Sirius a agarrando nos braços e a sacudindo de um lado para o outro. – Este pode ser o meu filho!

–O seu filho morreu!

–O MAIS NOVO!

–Morreram os dois! – Falou Manuela o encarando. – Eu mesma os enterrei, eu mesma me certifiquei que estavam mortos! Este menino tem a marca dos Blacks, tem tudo para ser o seu filho, mas duas coisas que o tiram dessa opção...

–Qual seria? – Perguntou irritado.

–Ele estava em um orfanato, não caiu na Grifinória nem na Corvinal. E sim na Lufa-Lufa. Eu tenho certeza que ele era filho de Bellatrix Black, pois eu vejo semelhança entre os dois, até mesmo pode ser filho de Régulos... Seja que for... ELE NÃO É SEU FILHO SIRIUS, JOHNNY ALEXANDRE LUEFFE BLACK MORREU Á 15 ANOS! NÃO ENTRA NA SUA CABEÇA?

–Não! – Falou ele se retirando do local. Remo e Molly se olharam e em seguida olhou para Manuela.

–Porque você continuou? – Perguntou. – Ele perdeu dois filhos, a esposa, o melhor amigo, e até mesmo aquele que se dizia amigo dele... Poderia deixar essa esperança viva nele? – Dizia Molly um pouco nervosa.

–Porque eu perdi seis filhos, minhas três melhores amigas, uma que era minha irmã, vi meus pais morrerem, me iludi pelos meus sobrinhos e agora... Não posso aguentar uma coisa dessas... – Falou Manuela saindo de dentro da Ordem. Ela estava nervosa e agora cheia de dúvidas. Como descobrir se realmente aquele era o seu sobrinho de verdade?