Querendo provas.

PV MANUELA.

Como poderia descobrir se era o meu sobrinho de verdade?
A rua estava quente e silenciosa, ah o verão, sempre nas férias de Hogwarts eu corria pela rua sem me preocupar com nada nem com ninguém. Corria eu e Julia, junto á Kathellen ah, como era divertido.

Lago Grimmauld, número 12... Há quanto tempo não vinha aqui? Olhei em volta relembrando um momento que passou e nunca mais voltará. O nascimento de Severo Tiago Black.

Ele era o mais fofo de todos. Seus olhos cinza acinzentados, o cabelo castanho. Diziam que ele seria um membro da Corvinal, por ter nascido tão lindo daquele jeito.

Lembro-me que quando ele nasceu Julia e Sirius, festejaram durante dias, até ele completar seus um ano e dez meses realmente Severo era lindo, fofo, todos os dias nós íamos juntos ao parque, eu, Remo Kathellen, Régulos, o filho do casal Black, enquanto eu ainda aguardava os meus filhos...
Mas esse sonho foi despedaçado, uma noite, um Comensal da Morte invadiu o quarto dos Blacks enquanto Julia e Sirius dormiam, e matou Severo Tiago. Matou o meu sobrinho, ele ficou lá sem se mexer, com os olhos azuis acinzentados que estavam olhando para o nada. Quando eu e Kathellen chagamos ao quarto, era tarde demais.

Algumas semanas mais tarde, Julia anunciou á Sirius que estava esperando um segundo filho, á mais ou menos cinco meses... Ah, e era um menino que... Enquanto ela fugia, morreu seguido dela. Ninguém explica o que aconteceu com o corpo de ambos, mas eu, eu segurei o corpo do segundo, enterrei ao lado do primeiro, que Merlin me castigue das piores maneiras se for mentira, mas no local em que foi dito que Julia morreu havia uma enorme marca preta, como se houvesse feito combustão humana ali. Podiam ter matado Julia e o pequeno Johnny Alexandre, os colocando fogo. Não importa como foi, mais uma coisa era certa... Eles morreram!

Então praticamente 15 anos depois, um moleque vem dizendo que é filho de Julia. Pode até ser, mas não se parece... Poderia muito bem ser filho de Isla Black, Fineus Black, Elladora Black... Provas, provas... Eu preciso de provas!

O caso de Julia Black foi encerrado á 12 anos, é impossível que um aluno daquela idade souber da história dessa mulher. Ainda mais ele sendo órfão...

Sim, ela foi “A” Julia Lueffe... Mas os alunos foram retidos de saberem de seu paradeiro, pelo simples motivo de ela ser arteira demais. De ser uma aluna impossível, ninguém sabia de seu paradeiro, apenas é claro quem conviveu com ela. Era um caso secreto, e vem um menino que fala que é seu filho. Impossível; Pois ah, ele está longe de ser filho da Julia, afinal, não é qualquer um que implica com Centauros e derruba meia floresta proibida... Eu sempre acabo abrindo um sorriso.

Lembro que o encerramento de procura pelo seu corpo acabou quando encontramos sua varinha: Corda de Coração de Dragão, 27 cm, Salgueiro, madeira meio grossa.

...

O Senhor Olivaras disse que ela seria uma lenda, “a” LENDA VIVA. A única bruxa que iria mudar sua geração. Geração...
Isso me faz lembrar que eu sou a Primeira... Devia ter meu pequeno lobinho, mas o lobo de verdade se separou de mim... Á 15 anos com medo de alguma coisa, após a morte de nossos filhos.

–Manu?

–Remo? – Perguntei assustada, mesmo que fossemos casados e tal, havia muito tempo que não nos víamos. – O que foi?

–Como pode ter certeza do que falou? – Ele me encarou. – Tenha certeza...

–Remo, não vamos brigar... – Pedi. – Devemos nos unir. Sirius é um detalhe, “O menino que sobreviveu” ele sim é onde devemos nos focar!

–Ele não importante? Sirius não é importante?

–Claro que é... Mas... Mas não totalmente, ele é apenas um “maroto”...

–E você uma “Dama”. – Respondeu. – Mas onde eu quero focar é que tenha a possibilidade de Johnny ser... – Dizia ele enquanto o encarava.

–15 PROVAS! Arrume-me 15 provas que esse Johnny é o filho de Julia e Sirius Black! – Falei irritada em cima dele. – 15 provas de que ele é o falecido Johnny Alexandre Black.

–15 provas? Apenas isso? – Ele estava debochando de mim?

–S. Sim...

–Só isso que minha Marru deseja?

–É SÓ ISSO!

–Mas, tem certeza? E por quê?

–Certeza! Porque sim!

Ele me olhou profundamente, vendo algo em meus olhos, pegou o meu rosto e em seguida falou.

–Vejo ainda a tristeza nos seus olhos... Não é por causa daquilo não é?

–Aan? Filhos? – Me corei claro que era, por causa dos meus, quer dizer dos nossos filhos. Se não fosse por isso, teríamos dois pares de gêmeos, três meninos e uma menina. – Não! – Respondi. – Afinal de contras, eu não seria mesmo uma boa mãe;

–Não seria mesmo... – Ele sorriu me abraçando, enquanto passava a mão no meu cabelo e apertava minha cintura. – Seria uma excelente mãe.

PORRA, O Remo sabe mesmo me deixar encabulada com as palavras de dó que ele me fala. Sério mesmo, foi ao estado da fofura.

–Obrigado! – Falei me afastando dele.

–Vamos entrar? Á alguém que quer ouvi as suas desculpas!

–Sirius? – Bufei. – Após as suas provas, eu peço desculpas.

–Então vai entrar?

–Aff... Eu tenho que voltar pra...

–Three Rings? – Tirou as palavras da minha boca.

–Sabia que eu estava lá?

–Sim! Mas, eu tive medo de ser recusado por você, assim tal como uma vez eu recusei o seu beijo!

–Não sou uma pessoa vingativa. – Me preparei para aparatar. – Volto pra pedir desculpas pro Sirius tá?

Talvez... Talvez eu volte pra pedir desculpas para ele. Ou talvez deixasse como estava mesmo...