O Segredo de John. O Herdeiro dos Black

"Eu sou sua mãe Johnny. Johnny, este é seu nome!"


John realmente estava maravilhado com tudo. Com o pessoal, com a magia ao seu redor. Que se esqueceu de qualquer coisa que envolvesse seus pais. Melody agarrava-se á Tiago parecia que já estava o nomeando o seu namorado.
John sorria ao ver a magia ao seu redor. Impressionante, assim podia dizer, sem ninguém que o impedisse de ver, e além do mais, alguém o observava. Maryle, doce e bela não deixa de observá-lo. Por mais que quisesse ficar a olhando... Será que ele... Não...

Ele rapidamente tirou tudo da mente e suspirou. Queria que fosse apenas mais um jogo de Quadribol e ponto final. Seria difícil ser mais um jogo de Quadribol...
-Senhoras e senhores... Bem-vindos! Bem-vindos à final da quadricentésima vigésima segunda Copa Mundial de Quadribol! –Falou Fudge com uma varinha apontada para a garganta usando o feitiço “Sonorus”:

BULGÁRIA: ZERO

IRLANDA: ZERO

E agora, sem mais demora, vamos apresentar... Os mascotes do time búlgaro!

Enquanto eles se apresentavam John tentava não olhar para a garota que tinha um lindo sorris. Claro, na opinião dele. Isso não passava da opinião dele. Não era interesse nenhum, mais seria muito lindo se ao menos eles dois pudessem conversar um pouco, trocar alguma ideia...

John tremeu ao seu pensamento. Não queria meninas nenhumas... Ele conviveu com Melody e sabe que elas são complicadas... Deixou pra lá.

E agora, senhoras e senhores vão dar as boas-vindas... Ao time nacional de Quadribol da Bulgária! Apresentando, por ordem de entrada... Dimitrov!

SÃO ELES! – Berrou Paul

Ivanova!

–Bulgária meu terror! – Berrou Tiago freneticamente irritado acompanhado de Paul.

Zografi Levski! Vulchanov! Volkov! Eeeeeeeee... Krum! – Esses eram os nomes esquisitos dos jogadores. Mais aquilo admirava John cada vez mais. Era impressionante a multidão de bruxos gritando e se espantando...

Pelas barbas de Merlin; - Falou Ugo impressionado: - É ELE!

–Ele? – Perguntou Maryle sem tirar os olhos do jogador que acabara de entrar no campo: - Ele é quem?

–VITOR KRUM! – Respondeu Terence assustando a menina. Sim, com certeza a assustou.

–Krum? – A garota pareceu não estar muito contente com o que via. Por algum motivo, não gostou de Krum. Mais o que ele poderia fazer? Imaginava-se um dia em uma Copa de Quadribol. Com os seus pais o aplaudindo...

Esperai... John não tinha pais que o assistissem. E sinceramente, Ísis e Joseph não eram a mesma coisa... Eram apenas duas almas que o adoraram com muito amor e carinho. Apesar dele sempre querer mais do que um amor assim. Ter pais para ele seria a melhor coisa que ele teria. Mais agora, ele não tinha idade para saber o que iria lhe acontecer nos próximos dias.

–Ele é um ótimo jogador! – Exclamou Ugo falando á John – Não é John?

-CEM POR CENTO! – Berrou John, os garotos eram os seus irmãos.

–Sim, aqui... - Maryle fez careta e colocou a mão no ombro direito. John a observou.

-E agora vamos saudar... O time nacional de Quadribol da Irlanda! —, berrou Bagman. —Apresentando... Connelly! Ryan! Troy! Mullet! Moran! Quigley! Eeeeeeeee... Lynch.

Ugo sorria e berrava á cada jogador que entrava... Ele estava se comportando como se nunca tivesse ido á um jogo de Quadribol. John sorria com ele, os admirava demais.

E conosco, das terras distantes do Egito, o nosso juiz, o famoso bruxo presidente da Associação Internacional de Quadribol, Hassan Mostafa!

–Agora sim, que a coisa esquenta! – Gritou Igor que estava torcendo pela Irlanda, assim como Steve e Joseph, enquanto Ugo, Paul, Terence, Melody, John e Tiago estavam torcendo pela Bulgária, enquanto as meninas estavam apenas vendo os garotos se esgoelarem e perderem o fôlego á cada gol, perdido, cada manobra feita...

John pelo que parece não prestou atenção no jogo em nenhum minuto. Ou era a menina, ou era as imagens de quando era pequeno o invadiam a mente. A gargalhada monstruosa; os feches de luz verde. O medo, e quando menos se deu por si, os garotos urravam.

— Vamos aplaudir com vontade os galantes perdedores, Bulgária! — gritou Bagman.

–O QUE? – Berrou Tiago indignado – Tem que ter mais um jogo... De novo! Replay!

–Tiago, por favor, pare de gritar... Não aguenta perder? – Perguntou Ugo o zombando, enquanto John perdia o olhar em algum ponto do estádio, era estranho. Paralisado, indeciso. Alguma coisa e tal.

–PERDER O QUE! –Gritou Tiago irritado

-FOI FALTA! – Berrou Melody acompanhando Tiago docemente. John se virou para acompanhar alguma coisa, quando de repente Paul notou John em silencio, o tocou perguntando.

-John, você está legal? – John se assustou e olhou para Paul assustado.

-O que?

-Está legal?

-Aan? – Ele estava longe. E não estava entendendo o que ele estava falando.

-Huum... – Falou Terence o observando. Em seguida olhou para Maryle e voltou o olhar para ele dando uma risada. – Gostou da menina John?

-Aan? – John deu uma piscada – Do que você tá falando?

-PEQUEI NO ATO! – Berrou Paul puxando a garota rapidamente e colocando na frente de John. – Olá Maryle... Este é John, e ele está mais do que a fim de você...

John arregalou os olhos, abriu a boca e ficou vermelho como um pimentão, ele não passava em ficar com alguém tão cedo. Aliás, ele tinha apenas catorze anos e não estava lá gostando dela. Nem um pouco. Apenas a achou interessante. E diferente. Ficou tão vermelho, acompanhado da garota que ficou roxa. Ele ficou tão sem saber o que fazer que ele se desequilibrasse da arquibancada e caiu. Mais do que muitos metros de altura. Caiu, caiu... Quando ouviu Alguém gritando;

-Aresto Momento!

Seu coração ia á mil.

Ia descendo devagar, porém com muito medo. Congelaste distante. Estava morrendo de medo. E assim que chegou ao solo, no campo ficou lá, paralisado, tremendo.

-JOHN! - Ele ouviu Joseph gritando, quando de repente, ele desmaiou.

Droga... O que aconteceu? Onde eu to... Eu mato o Paul e o Terence, eu mato aqueles dois, eu o mato, mato mesmo...

-John?

John? - Me virei para ver quem estava me chamando. Era uma voz suave por sinal. Delicada e jovem. Mais bela. – Quem está aí? – Perguntei.

-John, sou eu!

-Eu quem?

-Sou eu... A sua mãe.

O_O

-Mãe? – Eu me tremi por inteiro, da cabeça aos pés, é engraçado, por que... Eu não tenho mãe, e... – Você é minha mãe? Minha mãe não é Bellatrix Lestrange? Eu...

-Acharam errado meu garoto... – Falou ela, ela usava uma roupa longa... UM VESTIDO! Sim, ele era azul, brilhante e longo. Seus cabelos eram negros, e longos, ela era linda. Particularmente sim, eu a achei linda. Mais, eu não conseguiu ver seu rosto. A luz á sua volta era tão forte... Tão... Brilhante, que eu não podia ver seu rosto. – Achou errado meu menino.

-Por quê? – Perguntei

-Bellatrix Lestrange não importa no momento menino... Conte-me como você vai... Conte-me... Eu quero tanto saber de você... – Ela correu para me abraçar, quando eu a vi. Seus olhos eram castanhos claros, e seu rosto era fino. Sua pele era parda, e ela era realmente bonita. Agora dava para ver ela melhor.

-Me conte como você tem passado esses anos longe de mim?

-Porque você me abandonou? – Perguntei revoltado.

-Abandonar você? – Ela sorriu – Eu jamais quis te abandonar... Se eu não o fizesse, você morreria junto comigo. Eu o protegi com o meu sangue. Protegi-te com minhas forças... Com meu sangue bruxo puro...

-Protegeu? Sangue Bruxo?

-Sim! Eu sou uma bruxa... – Ela disse delicadamente – Assim como você é um bruxo. Eu fui da casa de Corvinal. E me tornei muito famosa no meu tempo.

-Você estudou em Hogwarts? – Perguntei espontaneamente.

-Sim!

-Nossa... – Falei admirado. Então eu era realmente de sangue bruxo. Ainda bem que eu não era um Nascido Trouxa... Bom, nada contra os nascido trouxa... Só que era esquisito andar assim pela escola... Mais deixasse pra lá.

-Eu perdi você... Perdi você para uma vida toda... Perdi mesmo...

-Porque não procurou ajuda?

-Eu sei que deveria ter deixado você com sua tia...

-Tia? Eu tenho tia? – Perguntei admirado.

-Sim! Tia, Madrinha... – Ela olhou em sua volta – Que estão vivas peno menos sim... – Porém ela me abraçou dizendo. – Mais, eu senti tanta a sua falta... Eu te amei tanto...

-Como você morreu? – Perguntei evocado.

-Eu fugi...

-Fugia? – Perguntei indignado. Como uma bruxa como ela, da Casa dos Inteligentes e Sábios estava fugindo. Aí estava a resposta... Praticamente, ela era muito esperta e há muito inveja neste mundo colorido.

-Sim... – Respondeu ela fazendo carinho em meus cabelos. – Prenderam o seu pai...

-Meu pai? – Eu sorri – Então eu tenho pai?

-Sim! Mais deixa explicar o que aconteceu...

-Pode explicar... – Falei aquele era um lugar calmo e tranquilo.

-Não foi só você que eu não protegi...

-Como assim? – Perguntei me questionei...

-Eu não protegi você, eu não protegi o seu irmão...

-Irmão? – Agora as coisas estão mais do que sérias.

-Sim! Severo Tiago... Era o seu irmão mais velho... Aparentemente ele era forte e seria muito corajoso. Seria da casa de Grifinória se fosse vivo...

-Fosse vivo?

-Sim, ele morreu... – Falou decepcionada – Eu não o protegi bem... Eu não me importava tanto com ele, como eu me importava com você...

-Comigo?

-Sim! Johnny, você era a minha responsabilidade, minha relíquia mais poderosa. Era como se fosse um tesouro que eu guardava em meus braços e o protegia dia e noite...

Eu comecei á observa-lá, pelo que ela falava, realmente, era uma boa moça... Era uma boa mãe...

-Eu não me importava com mais ninguém, nem nada... Não estava ligando para os outros...

-Mais o que aconteceu? – Perguntei.

-Bellatrix Lestrange... – Falou ela com tom de revolta. – Bellatrix Lestrange... Ela estava obcecada por mortes, por matar...

-Ela queria te matar? – Perguntei...

-Te matar! – Respondeu me abraçando. O abraço mais carinhoso do mundo inteiro. Eu a sentia. Será que eu morri? Eu morri e estava no céu?

-Ela estava tão doida, queria a morte de um filho meu á qualquer custo... Bartô Crouch Jr. Matou Severo Tiago... Mais Bellatrix Lestrange não podia matar um filho meu!

A olhei indiferente.

-Por quê?

-Eu a odiava. E ela me odiava... Isso era reverente. Eu lutei com todas as minhas forças, o máximo que pude... Mais com a prisão repentina de seu pai... Fui traída pela minha própria irmã...

-Por quê? – As curiosidades não acabavam nunca. Principalmente as minhas. Agora sim, eu estava decidido e iria saber de tudo. Finalmente o mistério ia acabar. Para mim...

-Minha irmã, sua tia... Prendeu o seu pai... O levou á Azkaban... Mais apenas eu sabia que ele era inocente... – Falou ela me apertando fortemente, seu abraço era uma coisa de anjo.

-Mais...

-Johnny...

-Johnny? Meu nome é John!

-Não! – Ela respondeu – Eu sou a sua mãe, Johnny, esse é seu nome... Johnny! Johnny querido!

-Meu nome é Johnny?

-John serve como apelido não?

-Porque o pessoal de Hogwarts não conseguiu descobrir nada sobre meus pais, sobre meu passado?

-Se chama Obliviate... – Respondeu ela – É um feitiço que apaga todas as memórias, apaga tudo que aconteceu em sua vida, em sua mente, e na mente deles... Apagou sua família, sua inscrição como meu filho, apagaram seus dados...

-Eu fui dado como um Nascido-Trouxa?

-Sim! – Respondeu. – Mais, o que eu ia dizer?

-Foi por isso que ninguém de Hogwarts poderia me ajudar...

-Muito bem! Inteligente como a mãe... – Sorriu me beijando no rosto.

-Que beijo gostoso... Julia...

-Obrigado.

-Você é minha mãe mesmo? – Perguntei.

-Sim! Com todo o meu sangue e com tudo o que me resta... Ou nada nesse caso. Bellatrix planejava lhe matar... – Respondeu – Para que eu sofresse mais... Perder um filho, um marido, queria que eu perdesse você... O único que me sobrou...

-Mais você não me perdeu mamãe... – Falei a abraçando. Abracei com todas as minhas forças. Meu coração palpitou tão forte, deu um pulo tão grande. Estava eu, abraçando a minha mãe.

-Eu consegui te proteger... Mais fui atacada pela maldição da Morte logo em seguida... Mais, eu estou vendo o meu menino grande, forte e bonito... Um Lufano lindo e bem sucedido.

-Sim! Eu sou o Artilheiro mamãe...

-Eu era a Apanhadora... E sabe? Seu pai era o Batedor... E eu adorava jogar a vassoura contra ele... – Falava ela sorrindo, quando parou, e começou á passar a mão no meu rosto. – Você se parece tanto com seu pai... E escute despedidas não são fáceis...

Meus olhos se encheram de lágrimas, assim que os delas começaram á escorrer de lágrimas.

-Ainda mais quando te vejo pela primeira vez... Nada é para sempre... Mais, por um momento, eu achei que eu era para sempre, que ficaria com você para sempre... Mais mesmo aqui estou do seu lado Johnny...

-Mamãe...

-Sim?

-Meu nome é Johnny mesmo?

-Sim! Johnny...

-E qual é o nome da minha tia?

-Eu não estou preparada para o fim Johnny... Vamos... – Ela se pós á sussurrar no meu ouvido. – Abra os olhos, á gente que o espera... Quer ver você bem. Se levante... Acorde, e se mostre o filho de uma mãe que lutou pela vida de seu filho...

Ia abrir os olhos quando eu ia perguntei...

-MÃE, QUAL É O NOME DO MEU PAI?

Mais quando menos percebi, ela tinha sumido, assim como apareceu, do nada. Eu fiquei assustado, eu fiquei com medo

-JOHN!

-OOH JOHN!

Alguém me chamava... Quem seria? Meus olhos se fechavam, e aos poucos a bela paisagem ia sumindo, desaparecendo. Ia flutuando pelo ar.

-John? – Chamava alguém. Meu sonho despedaçado. Alguém...

-AAN?

-Finalmente acordou! – Falou Melody o abraçando. – Que saudade de você moleque...

-O que? O que aconteceu? – John acordou assustado, olhava em volta dele, e logo em seguida deu um grito dizendo. – GENTE, MEU NOME É JOHNNY!

-Ele bateu a cabeça o mais forte que pode! – Respondeu Paul.