Comilona, eu?!

Acordei por volta das 19 da noite com um beijo no pescoço. Olhei para o lado um pouco atordoada de sono ainda e vi Bruno me olhando com um olhar terno. Tinha jeito mais fofo e cativante de ser acordada?! Se tiver, Bruno supera todas as maneiras possíveis.

- Chegou faz tempo? - Peguntei esfregando os olhos.

- Sim. - Ele sorriu. - E aí, tem notícias da princesa?

Me levantei subitamente após aquela pergunta.

- MEU CELULAR? Ai cadê??? - Falei revirando todas as almofadas do sofá. - ACHEI. Caramba!!!

- Que foi??? - Bruno perguntou vendo minha aflição.

- 5 chamadas perdidas de Bryan. Será que aconteceu algo? - Perguntei bem pensativa.

- Liga pra eles logo. - Bruno sentou-se ao meu lado.

Digitei os números já nervosa. Passava coisas horríveis em minha cabeça, mesmo sem eu querer.

- Oi Jessie. - Ouvi a voz abafada de Bryan.

- O que houve? Aconteceu alguma coisa. - Perguntei preocupada.

- Vou passar pra Lili. - Meu coração já acelarou com a frieza de bryan.

- Celular e fixo pra que né?! De que adianta te ligar e você não atender? - Isso foi uma bronca? Pensei.

- Desculpa, eu agarrei no sono aqui na sala depois do almoço. - Falei chorosa. - Aconteceu alguma coisa? Por favor, diga que não.

- Não. - Ela respondeu seca.

- Lili... para... - Odiava quando ela agia assim, meio durona comigo.

- Tô irritada. Que madrinha é essa que pega no sono e não atende telefone e nem liga pra saber da afilhada?

Bruno estava rindo da 'bronca' que eu estava levando, péssima ideia ter colocado o celular no viva-voz...

- Eu já pedi desculpas mãe. - Era a isca pra deixá-la mais irritada ainda.

- Mãe é ... olha... Só sou 3 anos mais velha que você. - Senti um palavrão muito bem segurado ali. - Tá, mas voltando ao assunto que interessa... a Britt parou de vomitar, já tá comeendo um pouquinho, mas, ainda dá um pouco de febre nela às vezes.

- Ai que ótimo. Minha pequena vai ficar bem logo logo. - Falei um pouco mais aliviada.

- E tem mais... ela fica toda hora chamndo "titiiiii".

- AI ELA QUER ME VER? Vou tomar banho e ir correndo praí. - Faeli empolgada.

- Não.

- Não?! - Perguntei desorientada.

- Ela fala "titiiii" aí eu perguntei se era Jessie ou Bruno e ela respondeu "brubru". - Ouvi um risinho abafado.

Bruno pegou o celular de minha mãe e teve um tipo de crise de riso antes de falar algo.

- Vamos aí daqui a pouco Lili. - Ele respondeu ainda rindo de mim.

Fiquei 'bicuda' no sofá, sem falar nada. Era pra ela ME querer. bruno, rindo descaradamente ainda, veio tentar me dar um beijo, mas eu por pura birra, virei o rosto.

- Ficou com raivinha? - Ele falou debochando de mim.

- Não. - Respondi seca.

- Ficou sim. - Ele gargalhou. - É muito bonitinho te ver irritada.

- Sai Bruno. - Me levantei e fui pro quarto pegar uma roupa. Estava parecendo aquelas criancinhas mimadas, sabe?!

- Vou tomar banho com você. - Ele falou entrando no quarto minutos depois.

- Que seja. - Respondi pegando minha toalha e entrando no banheiro.

Por fora estava mimada, mas por dentro estava pulando de alegria, amava quando ele tomava banho comigo, rs.

- Para de ser boba. - Fui puxada pela cintura antes mesmo de entrar no box. - Deixa eu ser o favorito dela ao menos uma vez na vida. - Bruno foi beijando meu pescoço... meu ponto fraco.

- Não... você já é o favorito de milhões de garotas. - Respondi manhosa, quase me rendendo aos beijos dele.

Senti um riso abafado em meu pescoço e Bruno me guiou até o box, ligando o chuveiro. Convenhamos que naquela situação não tinha como bancar a mimada. Já estava comnpletamente envolvida nos beijos de Bruno sobre meu corpo.

- Não podemos demorar. - Falei ofegante.

- Eu sei. - Ele respondeu acafajestado.

Era de perder a noção do tempo quando Bruno tomava banho comigo. Ficamos uns 30 minutos debaixo do chuveiro. Tenho que admitir que a vontade era permanecer ali. Vestimos nossas roupas e ligamos pra Lili avisando que já estávamos à caminho. Chegamos até o apê de Lili rápido, por um milagre não houve trânsito àquela hora.

- Até que enfim. - Bryan abriu a porta já entregando Britt no colo de Bruno. - Toma, toda sua. - Acho que eu não era a única que estava com ciume...

Britt se apegou tão forte ao pescoço de Bruno que eu nem consegui pegá-la para dar só um beijinho.

- Nossa... que rejeição. - Falei entrando na sala.

- Não é a única rejeitada... - Bryan completou. - Tá "brubru" o dia todo, nem comigo ela quer brincar.

- Vem cá mal amada. - Lili falou rindo.

- Poxa. - Falei fazendo bico.

- Pois é... poxa. - Bryan me imitou.

- Ai parem vocês dois. - Lili resmungou. - Ai Jessi, tô tão mais calma agora que ela já está se alimentando... nem que seja um pouquinho só, mas pelo menos agora não tá mais vomitando.

- Ainda bem né... - Sentei-me na poltrona e fiquei observando Bruno brincando com Britt. - Cadê Brendon?

- Já dormiu... Fiz uma macarronada pra gente. - Lili falou caminhando até a cozinha.

- Ai vamos comer. - Me levantei rapidamente.

- Que isso? - Bruno falou sorrindo.

- Isso o quê? - Bryan perguntou.

- Jessie... cheguei e ela estava largada no chão da sala com uma tigela enorme do lado. Parecia ter atacado um tigre. - Ele gargalhou. - Nem era pra querer comer nada agora, tá com fome mesmo?

- Vai ficar me regulando agora é? Não vou fazer desfeita de recusar a macarronada que Lili fez para nós. - Dei de ombros.

- É isso mesmo Bruno. Pode vindo você também. Eu nem ia fazer nada, íamos comer só sanduíches... - Lili falou rindo.

- Ainda bem que vocês vieram. - Bryan falou gargalhando. - Vamos ao ataque Jessi? Quem comer mais ganha uma semana de sorvete grátis.

- Que horror. - Lili falou gargalhando junto à Bruno.

Nos sentamos e minha boca já suplicava aquele monte de molho na mesa.

- Ê saúde hein. - Lili falou vendo a montanha de macarrão que eu havia colocado em meu prato. - Tudo isso é fome ou é só por causa da aposta idiota de Bryan?

- Vai ter que comer. - Bryan falou já atacando o prato - enorme - dele.

- É fome. - Falei depois de degustar uma boa garfada do macarrão.

- Voltou à tomar aquela vitamina? - Lili perguntou rindo da minha voracidade diante à macarronada.

- Uhuum. - Respondi de boca cheia. Confesso que estava com uns mal modos...

- Ah! Por isso que ela ataca de madrugada... - Bruno falou rindo.

- De madrugada?! Jessi nunca foi de se levantar de madrugada... nem pra ir até o banheiro ela levanta. - Lili falou enquanto dava uma golada no suco.

- Uma vez peguei ela na sala com uma enorme tigela de salada de frutas, assistindo o canal de animais na tv de madrugada. - Pra que ele falou isso?! Virei motivo de riso da noite.

- Ela estava assistindo seu show? - Bryan falou caindo na gargalhada.

- Boa Bryan, muito boa. - Arqueei a mão para tocar na de Bryan.

- Acho que não, ela tava vendo você comer, jumento. - Lili retrucou..

Gargalhei tanto que quase fiquei sem ar.

- Ihhh olha a melação. - Bruno falou com Britt, toda suja de molho ao lado dele na cadeirinha.

- Normal. - Lili falou limpando-a com um guardanapo. - Gosto de ver ela assim, se acabando no molho, como a tia.

A verdade é que minha boca estava mais suja que a de Britt.

- Não aguento mais. - Bryan falou se esticando.

- PERDEU! Uhuul, vou ganhar uma semana de sorvete grátis. - Falei fazendo um tipo de dancinha da vitória, muito tosca por sinal.

- Comilona. - Ele retrucou.

- Perdeu playboy. - Lili gargalhou.

- Olha as veias da Jessi como estão visíveis, nunca estiverasm assim. - Lili falou pegando minha mão.

- Reparei isso também. Deve ser porque ando comendo um pouquinho demais ultimamente.

- Um pouquinho? - Bruno me encarou segurando o riso.

Dei um tapinha no ombro dele e rimos juntos.

- O que tem de sobremesa? - Perguntei.

- VOCÊ AINDA QUER SOBREMESA??? - Bryan questionou assustado.

- Quero ué. Jantar sem sobremesa não é jantar. - Respondi debochada.

- Não preparei nada... mas tem um pouco de mousse na geladeira ainda, pega lá. - Lili falou rindo.

Não marquei bobeira. Peguei a tigela da geladeira e sentei-me no sofá com aquele restinho de nada de mousse de maracujá no colo. Bruno pegou Britt e limpou a boca dela com água para que brincassem um pouco mais. Eu comia e já ia pensando nos sabores de sorvete que eu escolheria durante a semana.

Demoramos um pouco mais depois do jantar, conversamos e rimos bastante. Fui rejeitada por Britt as três vezes que tentei pegá-la no colo: todas ela chorou. Que estranho.