Chegando na fronteira, a vegetação foi mudando. As arvores comuns de Reaper’s March foram dando lugar a uma vegetação diferente. A grama era mais verde e mais alta, e as arvores eram mais bonitas que as que estava habituado a ver. Bem na borda da província, subiram uma colina e chegando no topo Leodius ficou maravilhado com o que viu.

—Uaau!- exclamou o Imperial ao ver a província de origem de sua raça.

—Uau mesmo. Lindo não? De todo lugar mais alto dá para se ver a Cidade Imperial e se fascinar com sua beleza.

—Eu já havia ouvido histórias de meus pais de como nossa província natal era bonita, mas não imaginei ser tanto assim.

—Você nunca esteve em Cyrodiil?

—Não. Meus pais sim. Eles se mudaram para Dune em Elsweyr por causa de Jagar Tharn a muitos anos. Eu era apenas um bebê. Eles trabalhavam no Palácio Imperial. Meu pai era guarda e minha mãe cuidava do local, tipo que uma faxineira sabe? Quando começaram rumores sobre um mago louco ter tomado o lugar e aparência do Imperador, eles fugiram, temendo sua segurança.

—Então você sempre viveu com elfos e Khajiits sua vida toda?

—Sim. Ainda mais que meus pais morreram quando eu era novo. Passei a mendigar nas ruas. Não tinha ninguém para cuidar de mim e eu era um esquisito lá em Dune. Aí depois de um tempo que comecei a roubar até que fui colocado para fora da cidade e me mudei para Arenthia. E aqui estamos hoje.

—História interessante. Mas está ficando tarde e temos que arranjar aonde dormir. Cyrodiil tem uma fauna muito perigosa. A cidade mais próxima é Skingrad. Podemos ir para lá e passar a noite.

—Por mim tudo bem. Já até ouvir falar muito de lá. O vinho que produzem também é famoso e bom.

—É mesmo ótimo, mas é melhor apertarmos o passo. Não quero leões nem trols na minha cola e aposto que você também não quer. Então sem papo e vamos rápido.

Leodius ficou maravilhado com a cidade. Era a primeira vez que via arquitetura Imperial de perto, e a cidade tinha muros e torres e casas e construções e todas grandes e majestosas e belas. Era muito diferente das duas cidades em que havia vivido.

Zartta o guiou até a estalagem West Weald, onde cada um pagou seu quarto e foram dormir. Leodius caiu duro na cama feito uma pedra. Dois dias sem dormir somados com uma caminhada como a que ele fez cansou demais seu corpo e finalmente pôde descansar.

Infelizmente, sua alegria durou pouco. Era ainda cedo e Zartta estava batendo em sua porta.

—Ei! Levanta logo seu preguiçoso! Ainda tem muita caminhada pela frente para você!

—Só mais uns minutos.

—Leodius levanta ou eu vou arrombar, e você sabe que eu consigo!

—Tá bom! Eu estava cansado sabe!

Ele se vestiu e saiu, com seus cabelos lisos que deveriam estar abaixados pela gravidade, mais ao invés disso eles estavam metade em pé. Zartta riu de sua feição ao vê-lo.

—Você ri de mais sabia?

—Sim eu sei! – Disse ela ainda rindo - Mais você está super hilário com essa cara e esse cabelo.

Ele tentou abaixar o cabelo e colocá-lo no lugar. Pegou suas coisas e os dois foram comer para poderem sair.

Chegaram do lado de fora da cidade ainda bem cedo, os trabalhadores das vinhas estavam começando o trabalho. Zartta montou em um cavalo e ia sair andando, se Leodius não a tivesse chamado.

—Ei! E eu? Achei que íamos cuidar do meu recrutamento, não?

—É mesmo. Simples. Acho que posso te contar, você é confiável.- Ela desmontou do cavalo andou na direção dele – Você vai pegar essa estrada- ela disse e apontou para uma estrada que levava ao norte- Siga as placas e vá para a Cidade Imperial. Há meia noite, vá para o Waterfront. La você deve encontrar Armand Christophe. Não vai ser difícil achá-lo, ele vai estar segurando uma tocha. Ele sempre está. Converse com ele e diga que eu te mandei e que quer se juntar. O resto é com você. Demonstre suas habilidades e superes os concorrentes você entrara.- Ela voltou a seu cavalo negro, montou e disse por último- Boa sorte Leodius!

E saiu cavalgando para o oeste, para Anvil. Leodius seguiu a estrada em direção a capital do Império. Quando chegou em frente a grande ponte que ligava a Ilha dos Oito e a cidade ao continente ao redor do Lago Rumare, ficou estático de tão maravilhado. Sabia que aquela cidade não havia sido construída com arquitetura Imperial, e sim Ayleid, coisa que leu em livros, roubados claramente, mas ainda assim, era majestoso e incrível. Seguiu adiante suspirando de tanta beleza ao seu redor a cada passo. Mas quando entrou na cidade, ficou boquiaberto. Ao entrar se deparou com uma estátua de um dragão, Akatosh ele sabia. E quanto mais andava pela cidade mais incrível ele a achava. Andou por ela até tarde da noite e viu que deveria se dirigir para o tal Waterfront, assim o fez.

Assim como Zartta havia dito, achar Christophe não foi difícil. Uma tocha no meio da noite chama a atenção, só não é esperto fazer isso quando se é um membro da Guilda dos Ladrões.

—Quem é você e o que está fazendo aqui?