O Doutor Da Ópera

Capítulo 1 Chegando em Paris


Depois te terem enfrentado os cibermen no passado, o Doutor resolveu levar seus amigos para um lugar diferente, porém no tempo deles. A TARDIS pousou sem nenhum transtorno, o que fez Caro e Ji Yong ficar aliviados.

— Bem, vamos, vamos, vamos que tenho algo para vocês! – o Doutor começou a falar, correndo em direção à porta. – Ah, aqui estamos, ar fresco de... isso, 2013.

— Pera, 2013? – perguntou Caro. – Achei que fôssemos parar num ano mais distante. Esse foi quando você nos encontrou.

— Sim, senhora, mas como podem ver, não estamos em seu país! Essa é a charada de hoje: conseguem adivinhar onde estamos? Não vale olhar para trás! Só essa direção.

Os dois começaram a olhar cuidadosamente para os prédios antigos e modernos ajustados perfeitamente naquela cidade. As casas e construções, todas combinavam o estilo antigo/novo de uma forma tão bela que só conseguiam pensar em uma cidade apenas:

— Paris! – Exclamaram juntos.

A animação do Doutor sumiu, achou que fosse enganar os dois, mas logo voltou ao normal (estava contente por eles terem conseguido descobrir a cidade). Pediu para segui-lo, pois iam conhecer um lugar muito antigo e muito aclamado por toda França.

Andaram algumas ruas e chegaram, por fim, na Rue Scribe, onde se encontra L’Opéra de Paris, um dos teatros mais famosos de todo o mundo. E um dos fatos por ser tão famoso estava a ser descoberto pelos viajantes do tempo.

— Muito bem – começou o Doutor – quem quer assistir uma ópera no teatro mais legal desse planeta?

Os três pararam em frente ao teatro, aos pés da escadaria, ansiosos demais para entrar. Foi quando Ji Yong falou a primeira vez:

— Vamos todos juntos no ‘3’, pode ser? – O Doutor e Caro concordaram. – Um... dois... TRÊS!

— ALLONS-Y! – gritou o Doutor mais entusiasmado do que todos.

Ao chegar na entrada, foram recepcionados pelos porteiros gentilmente, mas Ji Yong não entendia o porque desses terem falado português com eles. Caro já sabia como funcionava essa história da tradução feita pela TARDIS. Mesmo não entendendo como, Ji Yong aceitou essa explicação.

O teatro ainda mantinha todo o estilo da época de Napoleão III, paredes douradas, carpete vermelho nas escadas, lustres dependurados em todos os cantos. Parecia a eles que estavam mesmo no século XIX, e não no tempo deles.

— Doutor – Caro começou - isso é... maravilhoso! Incrível! Como algo pode ser tão bonito assim?

— Parece que alguém vai entrar pela aquela porta com roupas do século passado – comentou Ji Yong.

— Essa é a diversão de viajar com a TARDIS! Bom, agora precisamos decidir qual musical queremos assistir.

Caro e Ji Yong se entreolharam, pensaram a mesma coisa, não foi preciso ler a mente do outro para saber o que pensaram.

— Eh, Doutor...

— Sim, Caro?

— Nós não trouxemos nenhum dinheiro para comprar os ingressos, como podemos assistir?

— Ah, sim, você tem razão. Bem, acho que tenho uma ideia melhor que dinheiro! – Ajeitou sua gravata borboleta, tirou o papel psíquico do paletó e foi em direção ao balcão da recepcionista.

— Bom dia, minha senhora! Por favor, gostaria de falar com o gerente do teatro – e mostrou o papel para a moça.

— Ah, sim senhor! Só um momento, por favor! Fique a vontade! – a moça parecia muito contente e ansiosa.

— O que foi isso? – perguntou Ji Yong – Ela conhece você de algum lugar?

— Se ela conhece o Duque de Yorkshire...

— Como...?

— Depois te explico.

Esperaram uns minutos até que a recepcionista chegou acompanhando um senhor baixinho e um pouco acima do peso, vestido de terno e gravata. Era careca, mas tinha uma tira de cabelos brancos na altura das orelhas que combinava com o bigode cheio. Veio sorridente falar com os convidados.

— Sejam bem vindos ao L’Opéra de Paris! É um prazer recebe-los aqui! Sou o curador do teatro, meu nome é François Garrel.

— Olá senhor Garrel – cumprimentou o Doutor. Meu nome é Doutor e esses são Carolina e Ji Yongs, viemos conhecer a ópera. Me impressione.

— Monsieur Doutor e acompanhantes, venham comigo, vou mostrar todo o prédio! Creio que sua empresa ficaria contente em trabalhar conosco.

— Sim, sim, sim. Acredito que eles devam gostar – respondeu o Doutor sem prestar muita atenção ao que o senhor dizia. – Muito bem, acho que está na hora de vermos a mágica que é o teatro: mostre por trás das cortinas!