Carlos Daniel...

Estava sentado em meu escritório novo depois que me mudei de Veneza para o México enfim... O meu último casamento com Leda Duran foi um fracasso. Na verdade não sei porque me casei com ela depois de ficarmos 2 semanas juntos, para um escritor e pintor como eu, foi total burrice.

Peguei o jornal que o moço jogava em minha porta como de costume e havia saído uma nova nota no jornal que eu escrevia "Para Jovens Poetas" era um novo jornal, mas fazia muito sucesso entre os jovens adultos, como eu.

Leda e eu terminamos o nosso casamento em Las Vegas assim como o começamos e ela foi a pessoa mais generosa por não me pedir nada, o fracasso já havia sido o bastante. Eu precisava me concentrar num novo livro que almejava escrever, só precisava de inspiração.

Paulina...

Estava em minha casa e meus pais haviam saído para jantar juntos, Adelina se retirou bem cedo para se deitar, Lalinha e Cacilda também. Paola e Douglas estavam na festa, então eu estava completamente sozinha em casa, fui para o quintal brincar com o meu cachorro Sam, um labrador. Estando com ele lembrei de quando eu e Ian íamos a praia e observavamos os cachorros brincando na areia. Claro que à uma praia específica para isso. Me sentei a mesa no quintal enquanto Sam descansava depois de correr bastante. Será que eu um dia irei encontrar o meu amor verdadeiro e ficar com ele para sempre? Ou o deixei escapar? Ou será que era Ian e meu momento mágico de felizes para sempre, acabou?

Paola...

Ao quarto de Douglas me deitei em sua cama, ele colocou um som num volume apropriado para nós dois apenas e então de repente já estava em cima de mim me beijando. Ele apertava a minha bunda e eu pressionava sua cintura para mais perto de mim.

— Espere Douglas... Eu estou nervosa. - Eu cochicho a ele que dá um sorriso tentador a mim e passa suas mãos em meus cabelos.

— Farei no ritmo que você desejar meu amor. - Ele me responde. E então sinto sua respiração bem mais perto da minha, não queria parecer uma tola idiota, mas era ali naquele momento que eu me entregaria a ele. Douglas só transou com uma menina e então já achava o especialista, mas naquele momento ele era...

Com muita calma, Douglas me sentou em sua cama e abaixou o zíper de meu vestido nas costas o retirando e com seus lábios ele beijava o meu corpo, começou pelo meu pescoço, eu passava a mão em suas costas gentilmente, logo Douglas ia abaixando beijando meu ombro, meus braços e com suas mãos fortes senti em meu sutiã. Ele o retirou abrindo-o atrás e os encarou, meu coração estava muito acelerado. Gentilmente ele me deita na cama novamente e me beija sinto o gosto da vodka que ele havia bebido, coloco minhas mãos em seu rosto e deixo a língua dele passar pela minha boca. Enquanto nos beijamos uma das mãos de Douglas passa por entre os meus seios e os sinto em meu mamilo direito ele os rodeia. Douglas para de me beijar e então sinto ele chupar meu mamilo. Aquilo era uma situação um tanto embaraçosa e gostosa ao mesmo tempo.

Enquanto chupava meu mamilo, Douglas retirou minha calcinha e com suas mãos gentilmente afastou minhas pernas e deu um sorriso malicioso para mim. Me apoio na cama com os cotovelos olhando para ele sem saber o que fazer e então Douglas agacha mais um pouco a minhas pernas e sinto seu dedo entrar na minha vagina, naquela hora toda a minha perna se estremeceu. Era um movimento descontínuo onde Douglas ia cada vez mais rápido, não posso negar que doía um pouco até ele introduzir mais um dedo em minha vagina. Em seu movimento joguei minha cabeça para traz, estava úmida. Douglas retirou sua calça a jogando ao chão e logo retirou sua cueca. Olhei para o lado e havia uma camisinha, eu havia tomado o remédio para não engravidar, ele olhou para mim.

— Quer colocar a camisinha em mim? - Ele pergunta num tom malicioso, eu olho para ele novamente e faço que não com a cabeça. Douglas estava pelado em cima de mim, ele pegou minhas mãos e as segurou. - Relaxa meu amor. - Ele me dizia, e então ele firmou seu pênis o introduzindo na minha vagina. Sinto uma pressão, algo se rompendo.

— Ai!!! - Eu digo num tom alto. Douglas para e fica me olhando indo num movimento bem devagar, era uma sensação gostosa. Me firmei um pouco na cama ainda segurando em sua mão, num vai e vem Douglas ia acelerando um pouco mais o movimento do pênis em minha vagina. Dei uma gemida e me inclinei para ele que estava indo cada vez mais rápido.

— Está com dor? - Ele para por um momento me olhando e coloca meu cabelo atrás de minha orelha.

— Suportável. - Eu respondo e Douglas volta ao seu movimento encostando seu lábio novamente ao meu. Morde meu lábio e logo introduz novamente sua língua em minha boca. Dei mais uma gemida e estava sonolenta, passei minhas unhas nas costas de Douglas e uma mão de Douglas apertava minha bunda com muita força. Agarrei-me aos lençóis e numa dose paixão joguei minha cabeça para trás e dei mais uma gemida.

— Está dolorida não está Paola? - Douglas me perguntou diminuindo o ritmo, eu suspiro fundo largando o lençol e olho para Douglas que está dando um sorriso malicioso para mim.

— Estou. - Eu respondo, Douglas se deita ao meu lado finalmente numa respiração constante e ofegante eu me viro para ele me apoio em seus braços, completamente nus ali. - Eu te amo Douglas Maldonado. - Sussurro a ele que olha para mim e beija minha testa.

Paulina...

Já era tarde, mais ou menos 2 da manhã e meus pais chegaram indo direto para o quarto sem ver se eu estava já em casa, acho que estavam cansados demais, ou animados demais... Conversei por uns minutos com Nicole, e então me deitei estava preocupada com Paola que ainda não havia chegado, deveria estar bebendo muito com os amigos ou como ela me confessou que faria amor com Douglas.

Não passou muito tempo e rolando de um lado para o outro na cama, ouço uma batida na porta do meu quarto e logo ela é aberta lentamente, quando consigo reconhecer a pessoa volto a me deitar.

— Olha a hora Paola. - Eu digo a ela que pula em cima de mim e se deita ao meu lado. - Por que está tão animada assim? Não me diga que... - Eu olho para ela que não consegue retirar o sorriso do rosto.

— Sim... Sim... Sim... - Ela dizia euforica, me apoio na cama.

— Doeu muito? Ele te respeitou? - Eu pergunto a ela que arruma o casaco dele que vestia.

— Doeu. Mas, foi maravilhoso! - Paola me respondeu. - Acho que estou me apaixonando cada vez mais por ele. - Paola completou e olhou para mim, dei um sorriso de canto a ela e me deitei ao seu lado, ficamos olhando para o teto sem dizermos mais sequer uma palavra. - Quando você encontrar alguém... Vai saber Lina! - Paola murmurou.

5 dias depois...

Me levantei bem cedo e tomei um banho rapidamente e desci para tomar um café, meus pais estavam em casa e Paola também. Era o dia que eu iria para a outra cidade e começaria a trabalhar numa livraria de uma amiga da Paola. Meu pai largou o jornal em cima da mesa já que minha mãe odiava quando ele lia a mesa. Paola estava tomando seu suco e eu me sentei ao seu lado.

— Bom dia! - Eu digo a todos e Adelina coloca uma xícara de café a mim.

— Bom dia! - Todos respondem.

— Ah, filha você tem que ir mesmo? - Minha mãe pergunta servindo-se de mais um pedaço de bolo.

— Escreverei para vocês. - Eu respondo e Paola agarra meu pescoço.

— Vamos sentir sua falta. - Paola me diz e logo me solta eu dou um sorriso a ela e olho para meu pai que não diz sequer uma palavra, Adelina comentou que já estava morrendo de saudades, eu me levanto indo ao seu encontro e a abraço. O café da manhã foi o mais longo de todos, mas era minha hora de partir. Nicole já havia ido viajar com o namorado Drake, me despedi de todos os empregados, Adelina. Abracei minha mãe que segurava para não chorar por me ver indo embora, abracei meu pai que me apertou e sussurrou ao meu ouvido "Tenho muito orgulho de você" me senti abençoada com a família que tinha. Logo, Paola pulou em meu colo e me deu muitos beijos. - É bom me ligar sua idiota! - Ela me disse e logo saltou para o chão novamente arrumando seu short, mandei um beijo a todos e entrei no táxi que me levaria até a estação de trem para ir a outra cidade.

A viagem durou pouco mais de 4 horas, eu amava trens. Amava o silêncio, apreciava tudo aquilo, em minha mala havia mais livros do que roupas e eu iria trabalhar numa livraria. Quando cheguei na cidade saltei para fora do trem levando duas malas e uma mochila. Olhei para o endereço que estava em minhas mãos e fiquei esperando um outro táxi passar, quando ele chegou o tomei e fui direto a livraria, na frente dela havia um prédio da cor vermelha era onde eu iria dormir. Bati na porta deixando uma das malas de lado e a amiga de Paola atendeu.

— Você deve ser a irmã da Paola, entre. - Ela me disse e deu as costas indo para sua cozinha, nem ao menos cogitou a ideia de me ajudar com as malas, entrei e fechei a porta e fui para a sala deixando as malas. Depois de uns minutos a amiga de Paola volta a sala desligando o telefone e deixando-o em cima da mesa. - Olhe Paulina, é bem simples as coisas por aqui. O seu quarto fica a esquerda nos fundos. Eu abro a livraria 7h30 da manhã menos de sábado e domingo que é os dias para você relaxar. Normalmente passo mais tempo na casa de Joe (O rapaz que ela estava conhecendo, segundo Paola me disse) então a casa é sua. Mas, por favor se for trazer alguém, me avise antes. Ok? - Jilian me diz e eu concordo, então finalmente ela se oferece para pegar a mala e me ajudar a levar para o quarto. No meu quarto, havia apenas uma cama, um guarda-roupas um espelho e muitas colagens de fotos. Jilian queria ser fotógrafa, então tinha muitas imagens coladas pela casa, a livraria era de seus falecidos pais o que Jilian poderia ter vendido há muito tempo, mas decidiu ficar com a única lembrança deles.

A noite Jilian saiu para ir a casa de Joe, abri a geladeira e os armários procurando algo para comer, mas ela não tinha muitas opções, liguei para a pizzaria e em poucos minutos eu estava devorando sozinha uma pizza. Mandei mensagem a Paola para avisar que eu havia chegado bem a cidade e já estava jantando. "Não faça nada que eu não faria." Paola me respondeu poucos minutos. Liguei a televisão da sala mas não havia nada que eu quisesse assistir. Então fui dormir.

Fui despertada ás 7 horas, meia hora antes de abrir a livraria, abri as janelas do quarto e desci correndo para arrumar minhas coisas, Jilian ainda não estava em casa, mas as chaves estavam comigo. Fechei as portas e corri para abrir a livraria, era um lugar não muito grande, mas cheio de livros e uma mesa apenas aos fundos perto da escada.

Passou duas horas até que o primeiro cliente entrou na livraria, ele passou observando os livros como se já soubesse o que queria mas opções eram bem-vindas. Como eu iria saber que aquele dia seria o dia que mudaria totalmente a minha vida? O moço colocou no balcão "A Mulher Mais Linda da Cidade" de Charles Bukowski.

— Oh meu Deus, Charles!!! - Eu digo ao ver o livro.

— Conhece Charles Bukowski? - O moço me pergunta abrindo sua carteira retirando o dinheiro do livro.

— Sim! O suficiente para me apaixonar por ele. - Eu respondo. - Perdão senhor. Vai querer levar mais alguma coisa? - Eu pergunto.

— Você é muito jovem para ter lido tanto sobre Charles Bukowski. - O moço diz e coloca o dinheiro no balcão. Eu pego o livro dele passando minhas mãos naquela capa velha.

— Ninguém é tão jovem ou tão velho. Só vivemos. - Eu respondo e coloco o livro na sacola.

— Então me diga uma coisa moça. - O rapaz se apoia no balcão e me olha. - O que tem a me dizer sobre esse livro. Eu olho para ele me apoiando também, olho para o balcão e volto a olhar para o rapaz que não tira os olhos negros e tentadores a mim.

— Eu acho uma excitação frenética. Um tanto que Charles deveria estar na insanidade corrosiva das noites mormacentas e manhãs de névoa poluída de Los Angeles ao escrever esse livro. - Eu respondo a ele e logo uma moça entra na livraria procurando um livro, ela vem até o balcão e me pede para pegar um livro de William Shakespeare, o famoso Romeu e Julieta, assim que o pego e olho para trás a moça dá um grito de felicidade.

— Ah meu Deus! Carlos Daniel Bracho. Eu sou sua fã! Você é muito maravilhoso, eu li o seu livro e fiquei encantada. - A moça diz em desespero, espera aquele moço que estava me perguntando agora sobre Charles, é um escritor? Me aproximo do balcão e coloco o livro em cima esperando a moça olhar para mim. - Me dê um autógrafo? - Ela pede, o moço se apoia na mesa pegando uma caneta e pega o livro que está no balcão na qual nem ao menos a ele pertence. Eu paro ele na hora.

— Não pode escrever no livro. - A moça olha para mim com raiva e eu não digo mais nada, quando Carlos Daniel termina de dar o seu autógrafo a moça se vira para mim para mostrar o braço. - R$29,50 - Eu digo o preço do livro e ela salta em desespero abraçando-o. Deixa o dinheiro no balcão e vai embora, Carlos Daniel se vira para mim. - Então, você é escritor? - Eu pergunto.

— Culpado. - Ele responde.

— Posso saber qual o nome do seu livro? - Eu pergunto novamente a ele que pega sua sacola e coloca seus óculos escuros e um boné para sair da livraria.

— Tente adivinhar moça! - Ele brinca. - Perdão. O nome do livro é "Um Belo Desastre" ele responde. - Posso saber seu nome? - Ele me pergunta.

— Paulina. - Eu respondo e logo ele saí da livraria.