"Quantas coisas consegue realizar em 1 hora? Executar uma tarefa, ficar preso no trânsito, trocar o óleo. Quando se pensa nisso, 1 hora não é muito tempo. 60 minutos. 3.600 segundos. Apenas isso. Mas em medicina, 1 hora é tudo. Chamamos de “hora de ouro”. A mágica janela de tempo que indica se o paciente vive… Ou morre. Mas, não somos nenhum médico... O que pode facilitar nossa vida... Ou dificultar.

[…]

19h00 - Carlos Daniel e Paulina Martins

Ontem passei a noite na casa de Carlos Daniel, quando acordei - no quarto de hóspedes - me levantei ás 6h e fui ao banheiro, assim que saí observei a porta do quarto dele aberta com a cama ainda por fazer, e fui procura-lo, estava no quintal de frente para a piscina com Finn ainda dormindo, apenas de chinelos e calça de moletom Carlos Daniel estava escrevendo em sua máquina - ainda antiga - tirou seu óculos de grau quando meu viu e o apoiou em seu colo.

Já faz 13 horas que estou na casa dele, chegamos há 1 hora de um jantar na casa de minha irmã Paola que fez questão de nos receber pois segundo meu pai ela começaria a trabalhar numa grande empresa e para a surpresa de todos na mesma empresa que o Douglas.

Olhei ao relógio, 19h05 isso pede um mergulho em sua piscina, a ideia foi totalmente de Carlos Daniel, estava muito calor e a noite estava linda, alimentamos Finn, coloquei uma camiseta grande e entrei em sua piscina, mas não consegui parar de olhar para Carlos Daniel que usava boxer, ok nada tão clássico mas me deixou desatenta, não passou muito tempo e ele saiu da água se sentou e acendeu um charuto cultivava esse hábito de seu falecido pai. Quando saí da piscina depois de um tempo, procurei por uma toalha, ele jogou em minhas mãos, sequei meu cabelo e me sentei ao seu lado torcendo a camiseta rosa.

— Paulina. - Carlos Daniel me chama.

— Oi. - Respondo. Ele deixa o charuto de lado, se inclina e mexe em seu cabelo, aperto meu cabelo mais uma vez deixando a água escorrer e me viro para ele, me apoiando na cadeira.

— Paulina. Eu sei que talvez isso seja muito precipitado, e que provavelmente você dê meia volta, porque isso tudo é novo para você, mas eu estava em um abismo grande e quando menos esperava você me salvou. Eu quero poder prometer que terei sempre ao meu lado, e enquanto tiver eu irei protegê-la.

— Não faça isso Carlos Daniel. Não deixe seu coração em minhas mãos.

— Meu coração está na palma de sua mão, porque eu estou me prometendo a ti. Eu sou apaixonado por você, ardentemente. - Ele me responde, olho para meus pés molhados, estou a dois passos dele e a poucos metros da porta de saída de sua casa. - Paulina Martins, não vou obrigá-la a nada, não vou me ajoelhar ou te pedir para ficar comigo, se quer assim então tudo bem.

— Eu quero você. - Respondo. - Eu quero você, porque eu te amo Carlos Daniel, o amo ardentemente também. E é difícil, finjo gostar das suas músicas, e deixei-o comer o último pedaço de cheesecake, você é otimista, me faz rir. Para você tudo é 100% agora, o momento. Para ser franca com você, gostaria de não amá-lo porque sofri com a morte do Ian, eu tentei odia-lo no começo, procurar detalhes como o horrível gosto musical, e só isso aconteceu, mas todas as minhas tentativas foram em vão, porque tudo isso me deixou ainda mais apaixonada por você. - Ele se levantou e me puxou pelo braço colocando meu cabelo molhado atrás de minha orelha, agarrou em minha cintura com uma mão e a outra segurou em minha nuca seu olhar se firmou ao meu.

— Eu a amo. - Ele sussurra e me beija...

19h20 - Paola e Douglas... (Douglas narrando)

Paola e eu estávamos fazendo sexo em comemoração ao meu novo emprego. Estávamos já na cama assistindo um filme de terror qualquer que ela selecionou na netflix - eu não estava prestando atenção. Paola vestia uma das minhas camisetas de futebol ainda do colégio, nem eu ou ela na verdade prestávamos muita atenção, as pernas dela cruzadas na cama, suas mãos em meu peito e seu olhar devastador direto para mim e aquele sorriso encantador que ela me dava e depois olhava para a televisão e colocava sua língua entre os dentes. Eu estava apenas de cueca boxer e ela trajava apenas a minha camiseta e sua calcinha, nas noites quentes é claro como ela adorava vestir. Comecei a acariciar seu rosto, puxando-o para mim, e a beijando levemente. Ela, após o beijo, voltou o olhar à televisão. Com insistência eu comecei, de novo, a acariciar seu rosto e desci minha mão até seus seios, passei os dedos de leve e apertei em seguida. Ela se pôs um pouco pra trás, ofegou e olhou pra mim, abrindo um sorriso safado. Devolvi o sorriso, tirei sua cabeça de meu peito e a deixei com a almofada de encosto. Fui por cima dela, sorri e a beijei intensamente. Ela segurou minha nuca, chupou minha língua e eu terminei o beijo mordiscando seu lábio inferior. Ela me olhou e disse que era toda minha. Paola era totalmente encantadora, beijei seu pescoço, mordi de leve sua orelha e ela começou a ficar ofegante. Tirei a camiseta que ela vestia, deitei de leve por cima, beijei-a intensamente novamente e fui descendo com minha boca por seu pescoço até os seios. Passei a língua em volta do biquinho de um e o chupei muito, enquanto apertava o outro. Ela ofegava e gemia bem baixinho, dando-me cada vez mais tesão. Decidi apelar! Desci minha mão direita pra sua parte íntima e a senti bem molhada. Enfiando um pouco o dedo, pressionando. Ela começou a gemer cada vez mais alto e senti uma de suas mãos agarrando meus cabelos e os puxando. Olhei para cima e a vi se contorcendo com a boca aberta e o rosto virado para o teto. Paola decidiu ficar por cima daquela vez, se sentou em cima de mim, eu peguei por sua bunda e passava a mão em seu corpo a penetrando, nossos movimentos foram indo mais rápido, até que...

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - Gritei, ela saltou da cama num pulo pegando a coberta que estava ao lado, olhei para o sangue que escorria no lençol, ela olhou assustada.

— Ai meu Deus, Douglas! - Ela disse e se inclinou ficando de joelhos para visualizar melhor.

— Não. - Eu digo e puxo o lençol tampando o meu pênis. - Você quebrou o meu pênis Paola. - Eu grito a ela que olha assustada, se levanta e coloca a calcinha e pega a camiseta.

— Você tem que ir ao médico. - Ela me diz.

— Como eu vou me levantar e me trocar? - Pergunto.

— Não vai se trocar. - Ela responde.

— O que acha mesmo que vou ao hospital assim? Saí daqui. - Grito a ela que saí assustada, deito minha cabeça no travesseiro, Deus aquilo só podia ser um castigo, minha ereção acabou na hora, o sangue escorria no lençol branco, doía muito, esperei uns minutos para ver o que fazia. - PAOLA. - Grito a ela novamente. Não suportando mais a dor. - Vamos ao hospital. - Digo a ela.

— Vai ter coragem? - Ela pergunta.

— Cala a boca, cala a boca antes que eu mude de ideia, só ligue para a emergência ou vai ligar o carro.

19h35 Jilian e Mark

Paulina não passou a noite no apartamento e agora eu iria cuidar das coisas da livraria pois logo ela começa o curso, ontem quando ela foi para a casa de Carlos Daniel, Mark chegou mais tarde e assistimos á um filme "Os Outros" e discutimos sobre espíritos, ele comeu pipoca enquanto eu morria de vontade, mas me segurei comendo apenas um sanduíche de pasta de amendoim.

Ele massageou os meus pés e naquele momento vi como era Mark Estevam, brincamos e rimos muito o que não era comum, pois me abri assim apenas com Joe, e minha melhor amiga, Paulina. Ele dormiu no sofá e eu na minha cama, quando acordei e o vi jogado tentei acorda-lo mas ele estava tão bonito ali dormindo que o deixei, tomei somente uma xícara de café e um pão.

Hoje a noite, ele viria novamente, depois que quando acordou essa manhã foi embora, ele iria trazer uns documentários que gostava de ver, e nesse exato momento minha campainha tocou, me levantei e abri a porta para ver quem era, e só podia ser ele - ou Paulina - dei um sorriso e o pedi para entrar fechando a porta em seguida.

— Trouxe Truques da Mente, My Own Man, Quebrando o Tabu. - Mark me diz com apenas nada em suas mãos, se referia a Netflix ou qualquer outro site. - Também trouxe um balde de frango. - Ele diz e levanta chegando mais perto de mim, coloco minhas mãos em minha boca ficando enjoada e corro para a pia da cozinha, e descarrego tudo ali. Ele coloca o balde na mesa de centro da cozinha e segura meu cabelo.

— Desculpe. - Digo a ele lavando minha boca e a pia.

— Não tem problema. Se não quiser frango, podemos comer outra coisa.

— Mark...

— Ou, quer que eu faça algo para você comer?

— Mark, para. - Digo a ele. - Não quero nada.

— Mas, se você está doente deve comer algo. - Ele nem sabia da minha gravidez ainda, dei um sorriso de canto e para disfarçar fui até a geladeira e peguei um pouco de suco.

— Vai passar, eu só estou doente mesmo. - Respondo. - Vamos assistir Truques da Mente, ou? - Pergunto tentando disfarçar.

— Sim. - Ele diz caminhando para a sala, o sigo ainda sem graça. - Normalmente passa na NatGeo, você vai gostar Jilian, eu sei que vai. - Mark complementa.

19h50 - Paulina e Carlos Daniel...

... Ele segurou firmemente em minha cintura retirando minha camiseta rosa molhada e a jogou no chão, escorreu suas mãos suavemente pelo meu corpo e deu beijos em minha barriga que começava a ficar arrepiada. Entrelacei minhas pernas em torno dele que aquela altura só tinha a sunga para retirar, ele sorriu - deu um sorriso malicioso - me puxou para ele me deixando sentada em seu colo ergui meus braços e ele retirou a camiseta, olhou para os meus seios e me deitou novamente na cama, sem retirar minha perna ainda ele a alisava deu um beijo seguido de mordida e passei minhas mãos em seu cabelo o puxando para trás.

Carlos Daniel não demorou para apertar meu seio esquerdo e chupar o direito, era tentador, ao se levantar retirou a sunga e levantou meu joelho e me puxou para mais perto dele, era uma doce e provocante sensação, ele se afasta um pouco beijando minha coxa e novamente coloca a mão em meu seio, ele coloca um dedo em minha vagina, fiquei ofegante e dei uma gemida e então ao perceber Carlos Daniel começou a ir cada vez mais rápido, ele se deitou por cima de mim e me beijou trazendo meus lábios com seus dentes e o largando em seguida, segurou em minhas mãos e beijou meu pescoço, quando soltou minhas mãos, mordi meu lábio inferior, ele olhou para mim e eu dei um sorriso a ele, sinto sua mão esquerda apertar minha bunda um momento e sinto sua penetração, cravo minhas unhas em suas costas no mesmo instante.

Quando começou no movimento de vai e vem, dei mais gemidas e o puxei para mais perto do meu corpo, nossas respirações estavam ofegantes e Carlos Daniel veio de encontro ainda dentro de mim, para me dar um beijo, estávamos suados.

— Eu te amo. - Ele sussurra em meu ouvido. Numa rápida penetração, cravo mais uma vez as unhas em suas costas e dou uma gemida ainda gritando por seu nome. Ele finaliza me dando um outro beijo ardente e se deita ao meu lado.

19h50 (A mesma hora no hospital) Paola e Douglas - Paola narrando...

Chegamos ao hospital e um enfermeiro deu a Douglas uma cadeira de rodas, ele vestia sua camiseta branca e usava um lençol por cima, os olhares foram para ele quase de imediato ouvindo algumas risadas de fundo. Quando o médico nos chamou, eu tive de ficar lá fora, a vergonha que ele sentia era imensa, e eu não queria poder participar daquilo mesmo, o barulho do estalo não saia da minha cabeça, fui ao banheiro e fiquei sentada morrendo de vergonha, e ouvi a conversa de duas médicas que adentraram, fiquei quieta apenas para ouvir.

— Ouviram falar do rapaz que chegou ao hospital agora porque quebrou o pênis?

— Sério? Ouvi uns enfermeiros comentarem, imagina como deveria estar sendo o sexo dele e a namorada.

— Ela deveria estar em cima na hora do sexo para isso acontecer. São jovens, o garoto tem 19 anos.

— Você está no caso?

— Richard me contou, esse vai ser o assunto da noite. Eu ainda não vi a namorada. - A médica complementa e eu faço um barulho e finjo ter usado o banheiro dando descarga e saio para lavar as mãos evitando qualquer contato visual com as médicas.

"Uma hora. Uma hora… pode mudar tudo para sempre. Uma hora pode salvar sua vida. Uma hora pode fazê-lo mudar de idéia. Às vezes, uma hora é um presente que damos a nós mesmos. Para alguns, uma hora significa quase nada. Para outros, uma hora faz toda a diferença no mundo...

20h00

Douglas me chamou para entrar no quarto depois do médico ter estancado o sangramento e dito a ele que ficasse 1 mês sem sexo e voltasse para novos exames.

— Ela é a minha namorada doutor. - Douglas apontou para mim. - Se eu passar por isso, você passará também Paola. - Ele responde, me aproximo da cadeira de rodas que ele está sentado e vejo a cara de surpresa do doutor Richard.

— Corre para contar a sua médica quem sou eu, porque ela e a amiga estão loucas para saber. - Brinco.

Jilian...

Quando terminou o episódio do documentário de Mark, ele olhou para mim e sorriu, disse a ele que precisava escovar os dentes, me levantei e quando voltei o observei jogando todo o frango no lixo. Se virou para mim e chupou os dedos pelo gosto do frango.

— Nunca mais irei trazer frango, me desculpe. - Ele me diz, eu dou um sorriso novamente agradecendo a ele. Caminho até a sala para limpar e trazer os copos, quando me viro novamente ele está parado a minha frente.

— O que foi? - Pergunto, Mark me puxa para mais perto e nossos lábios se encontraram.

Paulina...

Me virei na cama para olhar Carlos Daniel sorri e joguei minha cabeça para trás, ele me abraçou e começou a me apertar enquanto ainda me abraçava, nos cobrimos com o lençol e depois de ficarmos quietos novamente no quarto, adormecemos.

"Mas no fim, continua sendo uma hora. Uma de várias. Várias que virão. 60 minutos. 3.600 segundos. Apenas isso. E tudo recomeça. E quem sabe o que a próxima hora pode trazer?”

No dia seguinte...

Senti Carlos Daniel beijar minha nuca, dei um sorriso e olhei para ele - tentei - ele me beijou e eu continuei com os olhos fechados.

— Você realmente não gosta do meu gosto musical?