O corpo infantil, horas atrás pândego como uma criança da sua idade, estava estirado no chão de mármore, enquanto algo parecia escorrer do topo de sua cabeça. Não havia dúvida: a pancada havia sido forte o suficiente para ele sangrar. Sua mão trêmula se ergueu em direção ao horizonte do outro lado da catedral e sua visão se tornava turva e úmida. Não queria perecer ali, tinha que encontrá-lo. Tinha que protegê-lo, por isso tinha feito aquilo. Seus lábios moveram-se sem som algum, como um desesperado pedido de socorro. Mas sabia que não adiantaria, afinal a sombra esguia se aproximava com o ostensório ensanguentado na mão.