— Ela não me dá um abraço há dias... - Fungou e o olhou. - Eu amo você muito. - Beijou ele na boca e Paty sentiu uma dor no estômago e tocou a barriga com os olhos cheios de lágrimas. Empurrou a porta e os viu.

— Paty... - ele se assustou e a olhou parada ali ele nem tinha como justificar.

Ela respirava alto.

— Então, era ela a vagabunda? - Se alterou na mesma hora.

Lola pulou do colo dele com receio e eles se encararam...

— Paty, não fale assim de Lola, eu sei que você esta com ódio. – ele a colocou atrás dele e se aproximou de Paty. – Você pode me odiar, eu fui um canalha, mas Lola não é isso, Paty, nós nos amamos! Foi apenas isso, amor. – Ela sentou o tapa na cara dele dois bem fortes.

Ele a olhou e segurou ela com cuidado.

— Eu odeio vocês dois, traidores! – Se soltou dele empurrando.

Ele a olhou com raiva.

— Eu sei que vai nos odiar, mas não nos ofenda! Você está na nossa casa.

— Fizeram pior que ele, mas você vai me pagar, vai me paga! – Empurrou mais ele gritando.

Ele a olhou nos olhos.

— Você está gravida, não fica nervosa desse jeito!

— Você pouco se importa com isso, me trai a anos com essa piranha que só entrou na sua casa pra abrir as pernas pra você, me diz desde quando... – Bateu mais no peito dele e Lola tinha os olhos cheios de lágrimas, mas nada falou só se afastou deixando eles falarem.

— Eu não vou dizer coisas que você só vai sofrer! – ele a segurou firme e a levou do quarto para o corredor e a olhou nos olhos. – Eu te amei, mas acabou Paty e eu amo Lola.

— Você é um fracassado, um maldito que me usou... Eu te amei e confiei em você, confiei a minha vida e você pagou me traindo.

— Eu te amei, te cuidei e nos momentos mais difíceis de sua vida, eu estive com você, não fale comigo como se eu fosse alguém que ficou te assistindo seu sofrimento.

— Mais vai me pagar porque eu não te quero mais perto de mim ou do meu filho.

— Eu estava lá e cuidei de você!

Ela o empurrou saindo correndo dali e foi para o quarto pegando uma mala para guardar suas coisas colocou na cama e começou a juntar suas poucas coisas tudo com tanta pressa que se esqueceu de sua condição de não se alterar. Ele foi até ela e se sentou na cama a olhando.

— Paty, eu sei que você está com ódio de mim, mas pense no bebê, onde você vai? Onde? Não pode correr por ai no meio da noite, eu nem vou voltar para essa casa e Lola vai embora também, você é bem vinda por meus pais!

Ela fechou a mala o desprezando e colocou no chão chorando pegou sua bolsa e saiu do quarto sem dar ouvidos a ele ou iria para cima dele e não podia arriscar seu bebê e saiu apressada descendo as escadas, deixou sua mala no canto secou o rosto para não arruinar o momento de Melissa e chamou por Heriberto que veio até ela de imediato.

— Você pode me levar daqui? – As mãos tremiam.

— Se acalma, minha filha, você não pode ficar nervosa. – ele a abraçou com amor. – Posso sim, tem certeza que quer ir? – ele disse com amor... adorava ela.

— Sim... Eu não posso mais ficar aqui. – Chorou abraçada nele.

— Então eu vou! – ele caminhou com ela depois de pegar a chave do carro e a mala dela caminhou com ela e abraçada a ele a colocou no carro pegou o celular e disse para Victória. – Amor, estou levando Paty embora não vamos estragar o momento de nossa filha, não diga nada! – ele disse antes de entrar no carro para Paty não ouvir.

Victória de dentro de casa apenas concordou e desligou o celular olhando para a filha e dando um meio sorriso de que estava tudo bem. Heriberto entrou no carro e dirigiu para a casa que tinha dado a ela.

— Você quer ir para sua casa ou para o apartamento? – perguntou carinhoso. – Você falou com ele?

— Qualquer lugar que ninguém me encontre, nem ele, nem ninguém. – Ela chorava de soluçar.

— Se acalma, minha filha, eu vou ligar para sua mãe!

— A minha mãe não está na cidade.

— Eu não posso te deixar sozinha, Patrícia! – ele disse preocupado.

— Eu sobrevivo! – Disse com tristeza tocando a barriga.

— Eu ficarei com você até que durma! – ele falou com amor porque ele a adorava. – Você quer a companhia do seu pai postiço? – puxou ela para ele com amor.

— Não quero problemas com Vick! – Estava arrasada e a cena dos dois se beijando ainda passava por sua mente.

— Eu vou ficar com você, Vick sabe que estou te levando!

— Tudo bem. – ele sorriu e dirigiu até a linda casa que tinha dado a ela e ela nem ia lá.

Quando chegaram ele abriu a porta e ligou para duas de suas enfermeiras e pediu que fossem para la entrou com ela e deu um calmante a colocando no sofá pegou ela nos pés e massageou com ela deitada.

— Eu não preciso de babá.

— Mas você terá e nem adianta reclamar, eu sou uma mula não mudarei de ideia! – ele riu e massageou os pés dela. – Agora me diga o que houve. – ele sabia que o remédio faria efeito em breve estava tão triste por ela.

Ela suspirou entristecida colocando a mão na barriga ele continuou a massagem e a olhava.

— Você é uma jovem maravilhosa, vai achar alguém que te ame, alguém especial. – massageava os pés dela com carinho. – Pedro não merece você...

— Eles estavam se beijando... – As lágrimas escorriam sem ela controlar. – Eles estavam juntos todo esse tempo e vocês sabiam.

Ele suspirou e a olhou com tristeza, ele sabia que era doloroso demais.

— Eu sinto muito, Paty, não sabíamos não, eu e Victória soubemos recentemente foi no dia que você sofreu seu ataque que ficamos sabendo.

Ela soluçou tirando os pés dele.

— Eu quero ficar sozinha!

— Eu não quero te deixar sozinha, Patrícia, eu me preocupo com você!

— E não conte a ele onde estou porque ele não tem mais direitos aqui! Ninguém se preocupou em me contar a verdade mesmo sendo dolorida.

— Ele é o pai do seu filho, você não vai impedi-lo de ver o bebê, mas vou respeitar sua vontade e você está certa, mas cabia a ele contar, não a nós! Nos não estávamos namorando você, era ele, meu filho errou.

— Mentiram por todos esses dias e eu sendo idiota achando que ela era minha amiga. – Se levantou. – Me deixa sozinha, não quero mais ver vocês!

Heriberto se levantou, sabia que ela estava nervosa, ele tinha socorrido ela todas as vezes que tinha precisado, sabia o tipo de menina que ela era.

— Como você quiser, Patrícia, mas me ligue se precisar. – ele ficou de pé. – As enfermeiras já estão chegando e não adianta mandar embora, elas não irão.

— Com tanto que não conte a ele onde estou, eu as deixo ficar!

— Elas não dirão nada e nem eu! – Ele chegou perto dela e a beijou na cabeça e depois disse com calma. – Quero te examinar antes de ir, posso?

— Eu estou bem... – Falou com calma.

— Tudo bem, minha filha, fique com Deus. – ele disse cheio de tristeza e beijou os cabelos dela. – Eu sinto muito. – ele disse com calma e saiu deixando ela lá depois de ligar para um segurança e confirmar a chegada das enfermeiras.

Paty o olhou ir pela janela e chorou segurando sua barriga sentindo que tudo estava errado e que a felicidade não era para ela. Heriberto saiu de carro e quando estava no meio do caminho ele ligou para um amigo e pediu que ele fosse examinar Patrícia, era um médico jovem Doutor Arthur e ele prontamente se dirigiu ao local.

Heriberto seguiu para casa entrou sorrindo com flores para a filha e disfarçou entregando as flores a ela com amor estavam reunidos na sala conversando.

— Para minha princesa que está noivando. – ele a beijou e entregou.

— Obrigada pai, é linda! – Beijou ele e o abraçou.

Lola estava ali sentava tentando ser normal, mas não dava.

— Pai, só estávamos esperando o senhor chegar pra gente sair. – Sorriu mais ainda.

— Sim, filha podem ir. Aonde vocês vão? – ele disse todo cuidadoso se sentando ao lado de Vick.

— Vamos pegar a última sessão pra ver um filme que eu quero muito. – Beijou os dois e os irmãos e esperou o namorado se despedir.

— Juízo, Melissa Sandoval Rios Bernal. – Melissa riu pela mãe a chamar assim.

— Mãe, é só um um filme.

— Acho bom.

— Tudo bem e não cheguem de madrugada e pode dormir aqui! É melhor que você durma aqui. – ele disse carinhoso.

— Não vamos. – Mandou beijo já com a bolsa na mão. – Sim, quando terminar a gente vem direto pra cá! Amo vocês!

— E nós a vocês, minha filha, parabéns!

Melissa deu tchau mais uma vez e saiu dada de mão com Denis depois dele se despedir de novo sorrindo. Lola suspirou sabendo que agora era a vez deles tomarem bronca. Victória que nada entendeu esperou para saber o que estava acontecendo.

— Ela já foi e só vou dizer uma coisa a vocês dois, eu tenho vontade de colocar os dois aqui nus e dar uma coça até a bunda de vocês ficar lanhada, mas não adianta, então, eu só vou dizer uma vez, você seja decente, ajoelhe, peça perdão implore, é problema seu, se teve peito pra meter esse piru na sua irmã... – ele suspirou. – Vai ter para pedir perdão a Patrícia, eu quero ela bem e meu neto também, você vai consertar isso e ela não vai voltar a essa casa!

— O que vocês fizeram?

— E você, Lola espero que tenha certeza, minha filha, que ama Pedro porque senão eu acabarei com a raça dele se ele também magoar você!

Vick encarava eles dois e Lola abaixou a cabeça.

— Eles estava juntos conversando e Paty viu os dois se beijando, já passou da hora dela saber, mas não assim, Pedro, não assim, está pondo seu filho em risco.

— Vocês dois são irresponsáveis, não sei como pensam em casar se nem maturidade pra isso vocês dois tem. Eu estou deixando de entender vocês dois. – Vick suspirou.

— Eu o amo sim, papai. – Lola respondeu o olhando no olho.

— Tudo bem, minha filha, mas isso foi complicado ela estava sofrendo e quero você longe dela, Pedro vai resolver o que fez, mas você Lola eu quero longe.

— Eu não vou chegar perto dela quero ela e o bebê tranquilos!

— Eu acho muito bom! Você está tomando anticoncepcionais? Ou vai deixar esse idiota engravidar você também?

— Eu tomo, Luciano me receitou. – Revelou naquele momento.

— Que?

— Não quero bebê agora não!

Heriberto a olhou com atenção.

— Pelo menos nisso tem juízo. – Vick retrucou.

— Eu nem sei se essa palavra é algo que eles conheçam!

— Eu... Como a mamãe não estava querendo falar comigo, eu fui e implorei pra ele me atender e ele me receitou e eu pedi pra ele não te contar pai.

— Como sempre fazendo as coisas escondidas. – Victória levantou naquele momento.

— Minha filha, por que não me pediu, eu acompanhava você, Victória, por deus, vamos conversar.

— Conversar o que? Eles sabem o que querem e não precisam de mim pra nada.

— Não é verdade, mãe. – Lola também te se levantou indo até ela.

Pedro olhou e teve medo do que a mãe faria.

— Mãe, precisamos sim e eu te disse hoje!

— Você é minha mãe, a única mãe que eu conheço e te peço perdão de joelhos por ter dito aquela bobagem. – Se ajoelhou frente a ela. – Eu só queria defender o meu amor e não magoar você, mamãe.

— Levanta, Elisa.

Heriberto suspirou e a olhou, sabia que Victória estava ferida.

— Levanta filha, não faz isso!

Ela agarrou as pernas de Victória chorando.

— Me perdoa, mãe, você é a minha mãe a única que eu tenho não me afasta de você.

Vick a fez se levantar e a segurou pelo rosto com as duas mãos. Heriberto esperava a esposa reagir estava com medo pelas duas.

— Uma vez que abrimos a boca para ferir alguém é um pedaço de nos mesmo que é atingindo e envenenado. Você me feriu mais ou igual a esse seu relacionamento com seu irmão, mas contra o coração a gente não se luta e eu quero que você pare e pense em suas atitudes e principalmente com suas palavras porque nossa língua tem poder. – Secou o rosto dela. – Um dia, você vai ser mãe e vai me entender.

Pedro ficou olhando a mãe e nada disse apenas esperou para ver Elisa reagir aquele momento. Lola a abraçou forte e Vick se deixou levar por aquele momento abraçando sua menina Heriberto sorriu, ele estava esperando isso a tanto tempo.

— Vamos levar vocês embora. – Falou firme. – E que Deus abençoe essa união.

— Vamos, mãe, vamos agora, eu vou pegar as coisas dela lá em cima. – ele ficou de pé e beijou a mãe com amor. – Te amo mãe. – ele subiu para pegar as coisas de Lola.

Victória segurava lola em seus braços que ainda chorava muito.

— Eu te amo, mãe.

— Fica calma ou vai passar mal. – Se preocupou com o modo como tremia e olhou o marido. Heriberto estava atento mas deixou que as duas se acertassem. – Amor olha ela, por favor.

Heriberto pegou a filha e colocou no sofá examinando.

— Senta aqui do lado dela, Victória.

Vick sentou ao lado dela e segurou sua mão ele examinou a filha e sorriu depois a beijou carinhoso.

— Ela está emocionada e só precisa da mãe dela só isso. – Ele sorriu e alisou o rosto de Lola. – Filha sua mãe te ama só esta magoada e um dia você vai entender porque vai ser mãe...

— Eu estou aqui, minha filha... – Tocou os cabelos dela beijando seus cabelos que se agarrou a ela chorando e sofrendo.

Heriberto abraçou as duas e deixou Lola chorar e logo em Pedro desceu a escada e disse todo feliz.

— Pai, você e mamãe podem tomar um drink lá em casa? – estava com as malas de Lola nas mãos.

Heriberto o olhou, sabia que o filho estava feliz, ia passar a primeira noite com a mulher que amava sem se preocupar com nada e nem ninguém.

— Eu quero ficar com você, mãe, por favor.

— Tudo bem, vamos, mas voltamos logo que suas irmãs a noite querem dormi grudadas em mim e em seu pai assim como Max.

— Vamos, então... – Heriberto sorriu e se levantou indo falar com as babás e deixando as ordens de sempre.

Depois pegou a chave do carro e saiu com o celular no bolso sorrindo ao ver Victória sair agarrada com a filha e Pedro carregando as malas como um desesperado, todos sabiam a ansiedade dele para aquele dia. Heriberto olhou os dois...

— Tem certeza que quer mesmo ir hoje, Patrícia não está mais aqui, você pode voltar para casa, meu filho, essa casa é sua... – Pedro sorriu e colocou as malas no carro.

— Não quero, pai, ela quer ir, quer viver comigo... Vamos nos casar, eu vou fazer tudo e aviso a data, queremos vocês lá... Vamos fazer algo simples, algo que eu posso pagar... – ele estava sendo homem, não ia pedir nada ao pai e nem a mãe, agora era ele e ela.

Heriberto fechou a mala e o olhou nos olhos.

— Ela não vai parar de estudar, então, não a engravide, filho, por favor...

Lola segurava a mãe sem falar nada e a fez sentar ao seu lado no banco de trás do carro. Victória a segurou com todo amor que tinha sempre por seus filhos e suspirou sabendo que ela não estava pronta para ser mulher e dona de um lar era somente uma criança ainda, mas tudo que dissesse seria usado contra ela e se calou apenas dando apoio com seus gestos e não com suas palavras.

— Não vou, pai, eu não, estamos nos cuidando! – ele sorriu, tinha menos juizo que ela e Heriberto entrou no carro e foi com eles.

Quando chegaram ele desceu e ajudou Victória assim que parou o carro a olhando nos olhos.

— Como está seu pé, amor? Você está bem? – ele disse carinhoso quando viu o filho abraçar Lola e a pegar no colo para entrar no apartamento, uma mala na mão e Lola no colo dele na outra.

Heriberto carregava a outra do lado de Vick e quando os filhos se beijaram, Heriberto e ela sentiram uma coisa estranha eram seus filhos, os filhos que tinham criado para serem irmãos.

— Eu não quero ver isso. – Falou só pra marido e virou o rosto.

Lola se soltou dele na mesma hora e Heriberto a abraçou, entendia ela, ele também se chocava.

— Não piora as coisas, Pedro! – Lola falou só pra ele.

Pedro entendeu e suspirou descendo seu amor do colo e entregou a chave a ela.

— Vamos, amor, é nosso começo... Eu te amo! – falou baixinho e esperou ela abrir a porta.

Ela abriu a porta sabia que o apartamento não estava totalmente pronto, mas deu espaço para eles entrarem e Vick ficou horrorizada com aquele apartamento que parecia uma casa de solteiro e não um lar e olhou o marido.

Não estava todo mobilhado não, tinha teve apenas o sofá e imaginou o que mais não tinha ali. Heriberto suspirou cansado ele e a esposa já sabiam que ia ter que ser feito era inacreditável que Pedro quisesse que Elisa morasse ali com ele naquele estado.

Mas ele preferiu não falar nada naquela hora e deixou que a esposa expressasse sua opinião...

— É nisso aqui que você quer que ela more? Pegue suas coisas e vamos embora, vocês definitivamente não estão prontos para morar juntos achei que tinha mobilhado isso aqui descentemente!

— Mãe... – ele a olhou assustado. – Nós vamos fazer isso juntos amanhã... Eu não... – Pedro nem sabia o que dizer.

— Você não tem dinheiro pra isso, Pedro. – Ela o encarou.

— Mãe, estou trabalhando! Nós vamos viver com o que eu tenho, eu não sou um bom filho, não quero que você e meu pai me deem nada não! Dá a filha perfeita ok? E eu vou me virar, Lola sabe que não vai ser como na nossa casa.

— Acha mesmo que vai conseguir mobilhar essa casa ganhando um salário de três mil reais?

Heriberto olhou com expressão de raiva.

— Para de palhaçada e vamos embora, vocês dois que não vivi para ver meus filhos passarem fome num apartamento sujo e Não responde sua mãe, senão eu te sento a mão aqui mesmo, moleque! – ele ficou com raiva e olhou a filha.

— Ele não vai, Heriberto. – Vick foi firme

— Vamos para casa, minha filha, você e esse bosta vão para casa! – Ele olhou Victória falar.

Lola sentiu o corpo todo tremer e ficou branca.

— Ele tem que aprender que se fizesse as coisas certas ele estava lá junto com a irmã perfeita. Teria tudo que a irmã perfeita tem, mas o que você fez com esse lugar? Um abate? – Estava revoltada com a forma como aquele apartamento estava.

— Pai, isso não é justo! Não é. – ele disse com raiva, estava chateado foi até Lola e olhou nos olhos. – Amor, o que você quer fazer? Você quer ir?

Heriberto olhou para ele disse firme.

— É claro que ela vai com a gente. – Vick falou logo.

— Ela vai, Pedro, eu e sua mãe estamos lá fora esperando ela. – saiu com raiva, estava revido com a palhaçada do filho depois eles teriam uma conversa.

A cabeça dela girava com tudo aquilo que todo mundo falava e ela tinha os olhos cheios de lágrimas e olhava para ele.

— Eu não quero ir. – Ela se agarrou a ele.

— Mãe, me deixa ir para casa então? – ele pediu sabendo que Lola estava dividida. – Eu volto até acertar isso aqui e eu vou conseguir sim, mobiliar! – ele apertou ela em seu peito, amava sua namorada.

— Você não vai e não pense que isso é por capricho, mas porque você tem que aprender que as coisas se fazem bem e não pelo modo errado, você tem que aprender que cada ação tem uma reação e eu quero que você aprenda a ser um homem de verdade como sempre te criamos pra ser e se você quer ficar Elisa tudo bem não vou te forçar a ir, eu sei como é amar alguém e se quer ficar fique.

— Ela vai, mãe... – ele disse sério estava com o coração magoado. – Amor, vamos nos ver, mas se mamãe acha que não sou homem para você ainda, então você vai com ela, eu vou resolver e você vem!

— Não vou não Pedro.

— Mas eu vou te ver todos os dias!– ele estava com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu não vou mãe, não vou.

Heriberto voltou e estava zangado.

— Você vai sim, Elisa, isso aqui é um chiqueiro você não fica aqui! – ele pegou as malas e disse com raiva.

Vick assentiu e depois de beijar os dois e os olhar ela olhou marido ela foi até ele.

— Vamos agora! Sua mãe não vai te obrigar, mas eu vou!

— Heriberto, por favor, deixa eles.

— Eu não vou pai e se me obrigar eu fujo e volto pra cá.

— Ela vai sim, eu vou obrigar e vamos logo antes que eu dê uma coça em Pedro!

— Pai, por favor, não precisa ser assim...

— É ASSIM, PORRA! VOCÊS TIRAM A MINHA PAZ E DE SUA MÃE, DESGRAÇA! – Ele gritou furioso pela primeira vez. – Você não vai fugir coisa nenhuma, vai para casa e vai esperar isso aqui não ser um chiqueiro de putas! Você não é uma puta, é minha filha!

— EU NÃO VOU. – gritou como ele.

Heriberto a pegou pelo braço e saiu arrastando para fora do apartamento.

— Pai, não faz isso, solta ela! – Pedro gritou e foi atrás do pai.

— Não vai me obrigar a ir, vocês já não deixam a gente ser feliz junto e não é a falta de coisas que vai fazer eu desistir de ficar com ele. Me solta! – Gritou se debatendo.

Victória nem do apartamento saiu e foi cômodo por cômodo vendo como aquele lugar estava e apenas suspirava.

— Me larga, eu não vou. Me solta! Está me machucando!

— Não vai não, filha, e eu nunca te impedi de ser feliz, mas isso aqui não é para você, se acalma, Elisa! – ele abraçou para não machucar. – Confia no seu pai, eu mesmo vou te trazer de volta a esse lugar, mas não assim! NÃO ASSIM, MINHA FILHA! – ele foi firme.

— Não vou, é aqui que eu quero ficar com o homem que eu amo. Poderia ser debaixo da ponte que eu ia ficar. Eu não quero saber de coisa eu quero ele e o que ele dá pra mim, se não podemos ficar lá onde tem tudo vamos ficar aqui onde não tem nada. – Puxava o braço para que ele a soltasse.

Heriberto sentiu aquilo com uma facada e a soltou.

— Você quer ficar neste lugar? Assim, do jeito que está? – Estava com raiva.

Pedro olhou o pai e abriu os braços recebendo Lola ela foi e ele a beijou nos cabelos.

— Calma, amor, não precisa gritar com papai! Pai, por que está sendo tão duro com a gente?

— Por que você foi um idiota, meu filho, você não podia ter me pedido ajuda? Ou a sua mãe? Acha que eu e Victória nos sentimos como, com nossos filhos morando juntos numa casa que parece um mendigário? Pedro, Elisa tem 18 anos, só dezoito anos! Você parece que não pensa.

— Eu quero e vou, eu já vou ser de maior então não podem me impedir!

Vick saiu do apartamento e foi até eles.

— Vamos embora, Heriberto!

Heriberto estava vermelho e segurou na parede...

— Victória... – Foi a última coisa que ele disse antes de cair no chão com a mão no peito...