POV Ally

Já se passou uma semana. Uma semana desde que o Austin voltou. Esta tem sido a melhor semana em toda a minha vida. Mas não posso dizer o mesmo do Matt ou do Ashton. Eles estão devastados, tristes e o Austin não está muito melhor.

O Matt, bem ele passa a maior parte do tempo no trabalho a procurar sobre o Austin ou investigar sobre o Jason. Quando vem para casa de noite ou fica no quarto ou no escritório. Mal fala, mal dorme ou descansa. Ele está de rastos, mas não para.

O Ashton. O Ashton está a fazer o seu melhor para procurar e encontrar o que lhe pedi para ajudar a encontrar o Austin e não está muito melhor que o tio. Ele era o que mais sorria na casa e agora mal abre a boca e quando o faz é só quando a Mia está com ele ou por perto. Ela tem se esforçado muito para ele não ficar tão em baixo!

O Austin...O Austin por um lado está feliz. Eu percebo nos seus sorrisos, mas por outro lado não está muito melhor que o tio e o irmão. Talvez até pior. Mas eu entendo porque ele não quer contar. Ele só os quer proteger, mesmo que isso lhe custe a felicidade.

Quanto ao Sam. Ele vem aqui quase todos os dias e ele também está a procurar sobre os "pais" como o Austin lhe pediu. Ele também tem sido um bom irmão mais velho. É estranho dizer isto, mas ao mesmo tempo é bom! Ele disse que contou à Lucy o que está a acontecer, menos sobre o Austin estar bem e aqui, e que ela nos vai ajudar em tudo o que puder.

—Posso? - Ouvi ao baterem à porta.

—Claro! - Digo e o Austin entra.

—O que fazes aqui?

—Bom, ninguém está em casa e queria saber se o Sam vem cá hoje.

—Não sei. Acho que sim, mas porquê?

—Queria saber se ele encontrou alguma coisa.

—Não sei. Mas ele disse que contou à Lucy o que está a acontecer.

—E ele o quê?

—Calma, ele não contou sobre estares aqui. - Suspirou de alívio. - Ele disse que ela nos vai ajudar e fazer tudo o que puder!

—E essa é a Lucy. Sempre a ajudar mesmo não sabendo como! - Sorri. - Já tenho saudades dela e da comida deliciosa que ela faz! Mas e o Ashton? Ele encontrou alguma coisa?

—Ainda não e quase foi apanhado pelo teu tio?

—Mas ele não percebeu pois não?

—Não e a Mia estava lá para o ajudar! - Ele assentiu e olhou para mim. Esperei que dissesse algo, mas ficou calado. - Vem, preciso da tua ajuda!

—A fazer o quê?

—O almoço e já que ninguém está em casa podes vir comigo para a cozinha. - Nos levantámos da cama e fomos para a cozinha. - E o que vamos almoçar?

—Qualquer coisa!

—Então vou fazer salada que é mais fácil!

—Salada não!

—E porque não?

—Porque eu estou em fase de crescimento e preciso me alimentar!

—Em fase de crescimento? Você quer o quê? Se tornar a pessoa mais lata do mundo?

—Não preciso. Para você eu já sou! - Diz e eu joguei uma maça para ele que a segurou. - Obrigada! - Dá uma dentada na maça e eu revirei os olhos. Comecei a preparar as coisas para arranjar o almoço.

—Vamos fazer lasanha. Você pode fazer o molho?

—Claro! - Diz e começa a fazer o molho. Me afastei da mesa e comecei a preparar o resto. Alguns minutos depois quando já tinha tudo pronto me virei para o Austin.

—Você já fez o molho?

—Sim... O que você tem aí? - Diz olhando para mim.

—Onde?

—Aqui! - Diz rindo ao passar a sua mão cheia de molho sobre o meu rosto.

—Não acredito que você fez isso!

—Podes acreditar e estou muito satisfeito pelo ótimo trabalho! Você fica bem melhor assim! - Diz ainda rindo.

—Fico? - Pergunto me aproximando dele. - É melhor você pedir desculpa por me sujar! - Digo ficando na sua frente e ele nega com a cabeça. - Muito bem então! - Peguei a taça com o molho e despejei sobre ele. Olhei o seu rosto, a sua boca estava aberta pelo choque e tentava limpar o molho dos olhos com as mãos.

—Você não fez isto! - Diz dando um passo para mais perto de mim e eu recuei até a bancada. - Sabes o que eu preciso agora? ...Um abraço! - Diz abrindo os braços e vindo até mim. Apenas me afastei e fui para o outro lado da cozinha. - Não fujas, eu só quero um abraço! - Diz vindo atrás de mim e eu corri para fora da cozinha indo para a sala. - Sabes que sou mais rápido certo? - Apenas ignorei e fiquei atrás do sofá.

—Fique longe de mim! - Digo, mas ele ignora e passa por cima do sofá. Estava prestes a correr para longe quando as suas mãos seguraram a minha cintura e puxaram o meu corpo para o seu.

—Eww! - Digo ao sentir o meu rosto e roupa ficarem cheios de molho. - Que nojo! Me solta! - Digo tentando me soltar, mas só me segura mais forte.

—Agora vem a minha vingança!

—E o que poderá ser? - Pergunto. Ele solta a minha cintura e quando pensei que estava livre ele começou a me fazer cócegas. - P-por favor...eu não..consigo...parar...de rir. - Digo entre gargalhadas. Ele estava prestes a dizer algo quando alguém toca à campainha e nunca fiquei tão feliz por isso!

O Austin se separa rapidamente de mim e olha para a porta.

—Quem será?

—Não sei. Mas só há uma maneira de descobrir. - Digo me levantando. - É melhor você subir! - Ele assente e sobe as escadas. Respiro fundo tentando controlar a minha respiração e fui até a porta a abrindo. - Ah, é você! - Digo ao ver o Sam na porta. Ele entra. - AUSTIN! - Grito e ele desce as escadas enquanto fecho a porta.

—Ah, é só você!

—Oi para você também. Sim estou ótimo e vocês como estão?

—Estamos ótimos.

—O que raio se passou aqui? - Pergunta olhando para a sala e para mim e o Austin.

—Longa história. O que você faz aqui?

—Vim só trazer uns documentos que encontrei. Interrompi alguma coisa?

—Não. Claro que não!

—De certeza é que pelo que estava a ouvir não parece!

—Não estávamos a fazer nada. Você não interrompeu nada.

—Ótimo, mas também não ficava nada chateado se o tivesse feito. - Revirei os olhos. - Lemos os documentos?

—Claro.

—Nem pensar! Primeiro limpamos isto tudo Austin!

—Está bem. Vamos lá! - Fomos até a cozinha e o Sam veio atrás de nós.

—Você limpa a cozinha e eu limpo a sala! - Digo pegando os panos e vou para a sala. Limpei o chão e felizmente o sofá não ficou sujo. Voltei para a cozinha e o Austin estava a terminar de limpar a mesa. - Agora terei de fazer outro molho.

—A culpa não é minha!

—É sim. Foi você que começou!

—Mas foi você que despejou o molho todo em mim e sujou tudo.

—Você é que sujou a sala!

—Porque você me sujou!

—Não interessa. Vocês leiam o que está nos papeis e eu faço o molho e termino a lasanha! - Digo começando a fazer o molho novamente. Alguns minutos depois terminei e coloquei a lasanha no forno.

Me sentei em frente ao Austin e ao Sam e os observei ler os documentos. Espero que encontrem o que queremos, mas ao mesmo tempo isso seria mau! Os "pais" do Sam seriam as pessoas que pediram ao Jason para levar o Austin e isso seria mau para ele e até para o Sam.

—Não posso acreditar!

—O que foi? - Pergunto não sabendo do que se tratava.

—Os meus pais estão faz quase dois anos a desviar o dinheiro da empresa para eles.

—Achas que eles são o casal que o Matt falou?

—Não sei. Pelo menos nunca me lembro de ter viajado e esse casal esteve sempre a trocar de identidade e tudo isso.

—Achas que eles podem ter pedido ao Jason para me apanhar e fazer aquelas coisas?

—Não sei - Ele suspira. - Acho melhor te contar uma coisa!

—O que é?

—Ninguém sabe sobre isto e é algo sério!

—Fala Sam!

—Os meus pais estão relacionados ao Jason!

—Eles o quê? Como?

—Eles me fizeram prometer que não contava a ninguém... Eles meio que são... tios do Jason.

—O QUÊ?

—É verdade!

—E porque você nunca me contou?

—Como disse, eles me fizeram prometer que não contava a ninguém e apesar de sermos amigos éramos os mais afastados. Eu não gostava de falar sobre esse assunto!

—Isso quer dizer que os teus pais, pode sim, ter pedido ao Jason para me apanhar! Por isso é que ele me fez perguntas sobre a empresa! Só não entendo porquê!

—Eu também não! E peço desculpa por nunca te ter contado!

—Tudo bem! Peço desculpa por eles serem assim!

—Não importa! Eles também nunca se mostraram verdadeiros pais para mim. Estavam sempre fora!

Me levantei a tirei a lasanha do forno. Isto era algo demais para assimilar até porque o Jason levou o meu pai porque lhe pediram para o fazer e se forem mesmo os pais do Sam, porque o fariam?

—Tudo bem Ally?

—Sim. Almoçamos? - Ele assente e olha para o Sam.

—Muito obrigado, mas não. A Lucy está me esperando. Ela já preparou o almoço. Eu só vim aqui trazer os documentos. Fica para a próxima!

—Você está fazendo de propósito não está? - O Sam olha para ele confuso. - Dizer que a Lucy preparou o almoço. Você sabe muito bem que eu tenho saudades da comida dela.

—Na verdade não foi, mas agora, o almoço que ela fez é mesmo deliciosa! - Diz e eu ri terminando de colocar a mesa. - Bom, eu vou andando. Vejam lá o que vão fazer!

—Não quero nem saber o porquê de você dizer isso!

—É para terem cuidado com o que vão fazer. A Ally é minha irmã e não quero que nada lhe aconteça!

—E nós somos amigos! Você me conhece. Sabe que não lhe faria nada!

—Mesmo assim! - Ri ao ver como chocado o Austin ficou.

—Obrigada pela consideração!

—Não tens de agradecer! Só tomar cuidado. Não abusem e nada além de beijos! - Diz e eu senti as minhas bochechas aquecerem! - Tchau! - Diz saindo e eu me sentei em frente do Austin.

—Que belo amigo eu fui arranjar! - Apenas ri. - Vejo que a relação entre vocês está boa!

—Melhor impossível, mas eu gosto. Ele é a única pessoa que me resta da minha família e é bom ter um irmão mais velho!

—Para você! - Apenas ri. - A que horas é que a Trish vem cá hoje?

—Não sei. Provavelmente antes do Ashton e o teu tio chegarem. Em algumas horas! Mas porque queres saber?

—Porque eu queria ir até à casa da árvore. Já faz algum tempo que não vou lá e já que estou a dormir no quarto dos meus pais, porque não voltar lá por um tempo?

—Tudo bem, só não podemos ficar lá muito tempo e eu tenho de tomar banho primeiro!

—Tudo bem. Eu também tenho de fazer o mesmo!

Comemos e ao terminarmos arrumámos a cozinha e fomos tomar banho. As coisas estão a ficar cada vez mais confusas e difíceis. Porque os pais do Sam querem o Austin e porque o Jason ainda não deu sinal de vida? Isso não é bom, pois ele deve estar a planear algo e tenho um pressentimento que não é bom!

Termino o meu banho e me visto. Termino de me arranjar e desço até à sala esperando pelo Austin.

—Vamos? - Ouvi atrás de mim e assenti me levantando e olhando para ele.

Fomos para a casa da árvore e nos sentámos à beira, assim como no primeiro dia que aqui estive, um ao lado do outro a balançar os pés.

—Porque viemos exatamente para aqui?

—Porque eu preciso dizer algo importante.

—Aqui?

—Sim! Eu quero que você saiba que é muito importante para mim...

—Austin eu...

—Me deixa terminar! - Assenti e ele continuou. - Quero que saiba que me preocupo. Você conseguiu fazer com que o meu sorriso fosse verdadeiro. Conseguiu falar comigo e me fez sentir melhor, o que tentavam fazer neste último ano. Fez com que eu deixasse de ser aquela pessoa fria e arrogante. Você foi uma ótima amiga que não desistiu de mim e me ajudou quando mais precisei e preciso. Desde o primeiro dia que senti algo especial por você e não sei o que deu em mim, mas não me consigo afastar. Nunca me senti assim. Eu gosto de você Ally. - Diz segurando as minhas mãos. - Para ser sincero. Estou completamente apaixonado por você baixinha! - Sorri sem saber o que dizer. Estava chocada por tudo o que ouvi, mas também super feliz pois os meus sentimentos correspondem com os dele. - Você não vai dizer nada? - Pergunta olhando nos meus olhos e eu neguei. Não sabia o que dizer, então fiz o que achei ser o mais correto. Juntei os nossos lábios.

Sem dúvida que foi a melhor decisão que já fiz! Um beijo com emoções mútuas. Os mesmo sentimentos. A mesma paixão. A mesma urgência. A mesma densidade. Sem dúvida o melhor beijo de sempre. Senti as mãos dos Austin soltarem as minhas e logo depois segurarem a minha cintura, puxando o meu corpo para o seu e as minhas mãos foram até o seu pescoço. Ao fim de longos minutos o ar começou a faltar e, infelizmente, tivemos de nos separar.

Os nossas narizes roçavam, eu continuava com os olhos fechados e o Austin tentava juntar mais, impossívelmente, os nossos corpos. Sorri e abri os olhos encontrando os do loiro que mudou completamente a minha vida.

—Eu também estou completamente apaixonada por você. - Ele sorri e eu também. - Desde o primeiro dia que nos conhecemos que você me ajudou. Me salvou mesmo mal me conhecendo e desde o primeiro momento que os nossos olhares se cruzaram eu senti algo que nem sei explicar! ...Depois todo este tempo juntos. Mais de um mês, para ser exata, consegui descobrir o que senti e sinto realmente. E você me faz a pessoa mais feliz, como nunca ninguém me fez sentir. Seu loiro chato e teimoso!

—Nem assim você deixa de me insultar! - Rimos e em segundos os nossos lábios estavam novamente colados. Tenho de admitir, os melhores beijos em toda a minha vida! - Que barulho é este? - Pergunta o Austin se afastando. Ficámos em silêncio e a campainha tocou. - Porque têm sempre de estragar o momento?

—Não sei, mas já começa a ficar chato. É melhor eu ir abrir! - Ele me ajudou a descer e respirei fundo algumas vezes tentando recuperar a minha respiração. Entrei em casa e fui em direção à porta a abrindo.

—Oi Trish! - Digo a deixando entrar.

—Oi Ally. - Diz e eu fecho a porta. Fomos até a sala e ela pousou a bolsa no sofá e os livros sobre a mesa. - Trouxe os apontamentos que me pediste!

—Vem, vamos lá para cima. - Digo pois assim o Austin conseguirá ir para o quarto. A Trish pegou os livros e subimos até o meu quarto. - Podes colocar ali na secretária! - Digo e ela deixa lá os livros. - E então? Como vão as coisas?

—Honestamente, não sei!

—E quanto ao Dez e ao Jake?

—O Jake vai bem. Não está a pessoa mais feliz do mundo, mas tenta ser positivo. Já o Dez. Mal fala, não sorri. Não presta atenção nenhuma às aulas. Ele só vai porque tem de ir, pois quando a escola acaba ele vai diretamente para casa! Ele está de rastos.

—Ele e o Austin eram muito chegados?

—Bastante. Eram quase como cúmplices um do outro! Eram os melhor amigos. Eram mais próximos que o Austin com o Sam e eles se conhecem desde pequenos!

—Wow. São mesmo chegados! ...Tens falado com a Mia?

—Sim e ela tem ajudado bastante. Pelo menos a mim e ao Jake, pois pela primeira vez ela não conseguiu ajudar o Dez. - O Dez deve estar mesmo mal para nem a Mia o conseguir ajudar. - Acho que isto é o meu celular. - Diz e saiu do quarto indo para a sala onde deixou a bolsa.

E eu a pensar que as coisas aqui em casa não estavam bem. Não posso contar ao Austin sobre o Dez. Se eles eram, são ou seja lá o que for, melhores amigos, ele vai se sentir mal por como está o estado do Dez e eu não quero isso! De repente ouvi um grito e desci rapidamente até à sala.

—Está tudo bem Trish? - Perguntei a olhando e a vi com o celular na mão e a olhar, bastante chocada devo dizer, para a figura loira na sua frente. Austin! Oh não!

—N-não pode ser! Ally por favor diz que não sou a única que o está a ver!

—Não és!

—Como? O que fazes aqui? O que ...O que aconteceu?

—Trish...

—Isto não é possível!

—Calma Trish!

—Como queres que tenha calma Austin. Você está desaparecido há uma semana e agora do nada te vejo na minha frente como se nada tivesse acontecido! - Ela olhou para mim. - Sabias que ele estava aqui? O que aconteceu?

—Eu conto, mas tens de me prometer que não vais contar a ninguém!

—Porque queres que faça isso? Estão todos preocupados com você!

—Eu sei Trish. Achas que isso é alguma novidade para mim? Não é. Mas só te contou alguma coisa depois de me prometeres que não vais contar a ninguém que estou aqui. nem que estou bem! ...Promete Trish!

—Está bem! Está bem! Eu prometo!

—Obrigada!

—Não agradeças. Conta o que aconteceu!

—Naquele dia que o Jason me levou, aconteceram muitas coisas que não quero voltar a falar e felizmente na noite seguinte eu consegui fugir e vim para aqui! Desde então que me escondo aqui em casa para ninguém saber onde estou, pois que se o Jason descobrir onde estou vem atrás de mim ou até mesmo daqueles que amo e não posso deixar isso acontecer!

—Ok en ...espera o quê? Estás aqui há uma semana?

—Sim.

—Não posso acreditar! Sei que já não somos amigos, mas eu estava preocupada. Estamos todos preocupados. Quem mais sabe?

—Só a Ally e o Sam. Bom e agora você! - Ela suspirou. - Eu entendo ue estejas chateada, mas eu não podia contar!

—Tudo bem Austin. Já percebi. O Jason iria atrás de vocês se descobrisse que estás aqui.

—Não só atrás de nós como também do meu irmão e o meu tio. Não os posso perder!

—Eu entendo e queria muito ficar aqui, mas tenho de ir pois a minha mãe ligou para mim a pedir para que eu fosse para casa.

—Mas está tudo bem? - Perguntei preocupada.

—Sim. Eu acho. Ela só disse que era importante.

—Então é melhor você ir! Amanhã falamos melhor pode ser?

—Pode sim. E olha que temos muito que falar! - Diz olhando para mim e desviando o olhar para o Austin antes de voltar para mim. - Tchau!

—Tchau e por favor não contes a ninguém!

—Eu não vou! - A levai à porta.

—Tchau Trish!- Fechei a porta, voltei para a sala e me sentei no sofá ao lado do Austin.

—Mais uma pessoa descobriu que estou aqui e a Trish não sabe guardar segredos por muito tempo!

—Só confia nela! - Ele assente e se aproxima de mim.

—Onde íamos?

—Não sei. Acho melhor me mostrar! - Digo aproximando lentamente o meu rosto do seu. - Eu acho que esqueci!

—Então é melhor te fazer lembrar! - Diz segurando a minha cintura e como sempre colando o meu corpo ao seu. As suas mão deslizaram pelas minhas costas até o meu pescoço puxando o meu rosto até o seu, colando por fim os seus lábios nos meus.

Nunca vou esquecer este dia. Está, sem dúvida, a ser o melhor em toda a minha vida! De repente a campainha tocou, estragando o momento mais uma vez. Já devia estar à espera. É sempre assim! Me separei do Austin e ele bufou. Apenas ri e fui até a porta a abrindo.

Olhei a pessoa na minha frente e não me era estranha. Tenho a certeza que já vi o seu rosto em algum lugar, só não me lembro onde.

—Olivia? - Pergunta a pessoa na minha frente.