Depois que Victoria fez seu exame, ela foi pra casa se alimentou, trocou de roupas e depois voltou para o hospital, dormindo assim nele.

E Heriberto, também fez plantão aquela noite e ficou atento em Fernanda que acordou algumas vezes, e em Victoria, que pra ele, ela merecia mais cuidado dele estando grávida.

E assim amanheceu. Era 10 da manhã. E no quarto de Fernanda, estava, Cruz, Osvaldo, Max, Heriberto e Victoria, que estava na porta observando aqueles homens. Heriberto como médico, tirava Fernanda da cama, e os demais serviam de apoio para a jovem que enfim, pisaria com seus dois pés no chão completamente em pé.

E Fernanda já fora da cama com o apoio de Heriberto, sorria . Finalmente ela se via em pé e quase sozinha, depois de meses em uma cadeira de rodas.

E Heriberto a segurando, disse .

— Heriberto: Está tudo bem, Fernanda. Agora vou te soltar. Hum.

Heriberto começou soltar Fernanda devagar, Victoria da porta tinha os olhos molhados de lágrimas . Mas quando Heriberto soltou completamente, Fernanda, ela viu sua filha quase cair ao chão, vendo que as pernas dela fraquejaram sem apoio .

Fernanda agarrou em Heriberto aos berros, Osvaldo foi do outro lado da filha ajuda-la . E o sorriso que todos tinham se desfez, quando viu que Fernanda sozinha não pôde ficar de pé.

Alguma coisa tinha dado errado. E Heriberto, momentos depois estava no seu consultório pensando no que tinha acontecido. Ele se sentia frustrado, procurava o erro na cirurgia de Fernanda, que não a fez andar e não achava. Ele estava todo vermelho, de cabelo bagunçado de tanto passar a mão... Tinha prometido a Victoria que daria tudo certo, tinha dado esperança a ela e a jovem . Ele esteve confiante que aquele momento era o ideal para operar Fernanda, e que o resultado seria um sucesso assim como na cirurgia foi. Pois ele tinha feito tudo certo, era para ela estar andando. Mas não tinha acontecido aquilo. E em troca, ele viu os olhos de Victoria triste e os de Fernanda, também. Deixando assim a jovem na estaca zero outra vez.

E com raiva, ele dizia.

— Heriberto: Droga, Heriberto. Aonde errou? Onde?

Ele então ouviu batidas na porta, e depois ela abrir. E então ele viu Victoria com um semblante cabisbaixo entrar no consultório dele. E logo ele disse.

— Heriberto: Me perdoe, Victoria. Confiei demais e ...

E Victoria não deixando que ele seguisse, disse.

— Victoria: Fez o que pôde como médico, Heriberto...

Ela suspirou e desviou o olhar de Heriberto. E ele buscou um braço dela e tocou. Não aceitava o erro, não aceitava ver Victoria como estava quando ele havia garantido o sucesso da operação de Fernanda, da filha dela.

E assim ele voltou a dizer.

— Heriberto: Talvez eu poderia ter feito mais . Jurava que a operação tinha sido um sucesso e pra mim foi! Tanto que não estou entendendo por que sua filha não está andando, Victoria.

Victoria então tocou na mão dele que tocava o braço dela, e o olhou nos olhos. E sem querer que Heriberto seguisse ser martirizando como parecia estar, ela disse já conformada com o que tinha acontecido.

— Victoria: Eu só queria pedir que liberasse ela hoje mesmo para ir pra casa, Heriberto. Osvaldo e eu queremos levá-la. E em minha casa terá enfermeiras que cuide da recuperação dela, então não se preocupe em não deixa-la ir.

Heriberto então suspirou e tirou a mão dela . E depois disse baixo .

— Heriberto: Farei como quiser...

Victoria observou ele se afastando, lhe dando a costa enquanto tocava a mesa. E assim, ela disse com pesar por vê-lo ainda como estava.

— Victoria: E por favor Heriberto, não se cobre mais como vejo que está fazendo.

E Heriberto depois de puxar o ar do peito e soltar, se virou pra Victoria e disse expondo como se sentia.

— Heriberto: Prometi que Fernanda estaria andando hoje, Victoria. Me sinto frustrado. Falhei com uma promessa que fiz a você e também a ela.

E Victoria não querendo vê-lo como estava, voltou a dizer.

— Victoria: Não é sua culpa, você tentou. Fez tudo que podia como médico, eu já disse!

Victoria então, se aproximou de Heriberto e tocou no rosto dele com carinho. E depois lhe deu um simples beijo de despedida e deixou o consultório, sem ter mais nada a dizer sobre aquele assunto. E Heriberto quando se viu sozinho, bateu com força na mesa.

Pois não entrava na cabeça dele, não ver Fernanda andando.

E assim o dia seguiu. Victoria não entrou em contato o resto do dia com Heriberto. E no fim do dia, com ele já deixando o hospital, ele pegou o resultado do exame dela com a enfermeira, abriu e o fechou novamente...

E uma hora depois que ele já estava em seu apartamento. Heriberto se sentou relaxadamente no sofá. Ele bebia uma taça de vinho sozinho, depois de tomado um banho fresco enquanto lia novamente o resultado do exame de Victoria.

Tinha dado positivo. O que ele sabia. Mas ele não sabia mais se o resultado cairia nela como uma boa notícia naquele momento, que ele sabia que ela iria voltar enfrentar com Fernanda, que ele viu quando a jovem viu que não andaria se revelou agressiva outra vez com todos que estiveram no quarto na expectativa de vê-la andar.

E ele olhou de lado seu telefone em silêncio na mesinha ao lado do sofá, e seu celular ao lado dele no assento do sofá também. Nenhum dos dois tocavam, e ele sofria um conflito em tentar adivinhar que momento seria oportuno para ligar pra Victoria e contar que seriam pais.

E ele pensando assim, riu. O normal seria a mulher contar para o homem que estava grávida. Nas duas experiências de Heriberto foram assim. Mas com Victoria, estava sendo diferente. Desde do início com ele dormindo com ela ainda casada, tinha sido diferente.

E assim as horas passou. Heriberto não ligou para Victoria e nem ela para ele.

E a noite passou e era mais um dia.

E ainda em seu apartamento, se arrumando para o trabalho Heriberto ouviu alguém chegar . Ele não precisava nem perguntar quem era, pois sabia que a única pessoa que podia entrar no apartamento dele como entrava, era Victoria, por ela ter a chave dele e ter feito aquilo antes.

E assim, com ele diante do espelho no quarto arrumando a gravata, ele a viu. O cheiro do perfume caro de Victoria, havia invadido imediatamente o ambiente. E ele logo depois se virou para olha-la.

E Victoria antes de dizer alguma coisa, o abraçou e quando já estava no peito dele. Disse.

— Victoria: Bom dia, meu amor. Me desculpe por ontem, não ter ligado. Não sabe como a noite foi difícil, com Fernanda de volta para casa sem andar.

Heriberto suspirou abraçando ela, e disse o que havia previsto .

— Heriberto: Imaginei como ela estaria, como você estaria e por isso não liguei para não te incomodar, querida.

Victoria então ergueu a cabeça e disse, com amor depois de ouvi-lo.

— Victoria: Nunca me incomoda, Heriberto. Se me ligasse com certeza eu atenderia.

Ela o beijou em um beijo castro e depois se afastou . E Heriberto olhando a cama dele que estava no meio o envelope do exame de Victoria, disse.

— Heriberto: Antes de deixar o hospital, peguei seu exame, Victoria.

Victoria então olhou para onde ele olhava, e rapidamente quando viu que o envelope era seu exame o pegou apressada para abri-lo. Mas então, ela parou e olhou Heriberto e disse baixo. Por novamente estar pensando besteiras.

— Victoria: Não estou grávida, não é? Não me ligou. Se eu tivesse grávida me ligaria para contar. Claro que não estou. Estou pedindo demais da vida, depois de tudo que já fiz e passei.

Heriberto então riu das palavras de Victoria. Ela seguia com os mesmos pensamentos que ele viu que ela tinha quando realizaram o exame. E assim ele disse .

— Heriberto: Não te liguei, porque não sabia se seria bom te dar uma notícia tão boa, no momento que está passando. Porque para mim ela é boa, Victoria. É maravilhosa. E por isso desejei muito te ligar . Mas como disse, meu amor, não queria incomodar.

Victoria sorria nervosa. Heriberto não ter ligado para ela, tinha sido uma besteira mas no momento ela só pensava nas palavras dele, que com elas ele dizia que ela estava realmente grávida . E assim ela disse emocionada.

— Victoria: Então... Então eu... Eu estou realmente grávida.

Heriberto assentiu sorrindo e Victoria mais rápida abriu o envelope e quando leu, levou a mão na boca e lágrimas desceram dos olhos dela. E Heriberto vendo ela o chorar foi abraça-la. E com ela nos braços dele, ele disse.

— Heriberto: Não, Victoria. Não chore meu amor. Essa é uma notícia maravilhosa.

E Victoria ainda em lágrimas, disse o olhando nos olhos.

— Victoria: Eu choro, Heriberto. Choro, porque a vida está me dando a oportunidade de ser feliz com você de novo e eu não sei se mereço isso. Teremos um filho.

Heriberto pegou no rosto de Victoria depois de ouvi-lá. Ele tinha que tirar de uma vez aquele pensamento dela, de que ela não merecia ser feliz. E assim, ele disse com amor nas palavras.

— Heriberto : Claro que merece, meu bem. Merece tudo que nosso amor possa te dar e a vida, para retribuir todo sofrimento que já passou. Merece ser feliz. Não pense mais que não.

Victoria então piscou deixando mais lágrimas caírem mas que no meio delas, se formou um sorriso. E assim, ela disse.

— Victoria: Eu estou tão feliz. Ainda que de início com minhas suspeitas, tive dúvidas e medo. Mas agora estou feliz meu amor. Serei mãe outra vez e de um filho seu.

Heriberto sorriu limpando as lágrimas de Victoria. Era ouvir ela falar daquele modo que ele precisava ouvir. Ela estava feliz, assim como ele com a notícia que seriam pais e aquilo bastava. E assim ele disse.

— Heriberto: Eu fico mais feliz ainda de te ver feliz, Victoria e saber que essa notícia te alegra tanto quanto a mim. Teremos um filho, meu amor.

Heriberto então tomou os lábios de Victoria em um beijo e quando ele cessou, de testas coladas enquanto respiravam o mesmo ar, Victoria, disse lembrando outra vez de como podia ser mais feliz.

— Victoria: Pra ficar mais feliz do que já estou, vai ser quando finalmente nos casarmos, meu amor. Além de ver minha filha Fernanda, outra vez feliz. Eu não posso ser feliz, sem pelo menos saber que ela é feliz. Que Fernanda, pelo menos é feliz. Pelo menos uma das minhas filhas, porque Maria, não saberei nunca se é. E Fernanda que está comigo está infeliz, e ela tem que ser feliz para que eu possa ser completamente feliz ao seu lado e vivermos uma nova vida.

Victoria fechou os olhos. Era seu desejo de mãe exposto em suas palavras. E Heriberto entendeu a mulher que amava, que era uma mãe que sofria quando via seus filhos infelizes. E então ele a abraçou forte e apenas disse.

— Heriberto: E ela vai ser meu amor. Vai ser. Todos nós vamos. Hum?

E depois de suas palavras, Heriberto limpou as lágrimas de Victoria outra vez e a beijou com ternura.

Grávida... Essa palavrinha pequena, que levaria nove meses no ventre dela pela terceira vez, não saia da mente da rainha da moda.

E ela estava realmente feliz, mas ficaria mais se as filhas que tanto ela amava, uma fosse encontrada e Fernanda fosse feliz como não estava.

E assim, o dia passou.

Na casa de moda, Victoria só tinha confirmado sua gravidez para Antonieta, desejando assim guardar segredo dela por enquanto de sua família. E Heriberto já no hospital, tinha concordado, que por enquanto Victoria não contaria aos filhos que estava grávida.

E assim, no consultório dele .

Roberto estava com ele. O amigo dele sabia da novidade, sabia que Heriberto seria pai e sabia também que mesmo que no início ele não acreditou que Victoria realmente era uma mulher em processo de separação, agora eles iam se casar.

Mas a questão da conversa deles, era a cirurgia de Fernanda não ter sido todo o sucesso que achariam que seria . E ainda que, Roberto fosse um cardiologista que não participou da cirurgia da filha de Victoria, ele dizia.

— Roberto : Acho que a cirurgia foi um sucesso sim, Heriberto. O problema deve estar no psicológico de sua paciente. Disse que ela está sendo acompanhada por um psicólogo, não ?

Heriberto de braços cruzados, olhou Roberto falar . Ele não havia pensado naquela hipótese. E assim, ele disse.

— Heriberto: Será que o que não fez, Fernanda, caminhar outra vez foi sua mente?

Roberto então deu de ombros e respondeu o que seguia achando.

— Roberto: Se não houve erros, pode ser que sim, Heriberto. Agora ela andar, só depende dela.

Heriberto então suspirou cruzando os braços, enquanto sua mente ia no momento que esteve com Victoria ainda de manhã. E lembrando das palavras dele, ele disse certo.

— Heriberto : E sinto que não só Fernanda andar depende dela, mas também a felicidade completa de Victoria ao meu lado, depende em ver sua filha andando.

Heriberto, preocupado depois de suas palavras, olhou para janela do seu consultório. Pois sentia de verdade que a felicidade dele com Victoria, dependia também da felicidade dela como mãe.

E era fim de tarde, e Victoria havia voltado cedo pra casa.

Fernanda estava com Cruz no quarto dela, ele lhe deu uma rosa e ela cheirava ela. Quando Victoria apareceu na porta. Ela lutava em uma luta interior, para não se opor aquela relação que Fernanda parecia começar ter com Cruz, que era um homem que não era do mesmo mundo que ela, mas que ainda assim fazia bem a sua filha Fernanda.

E quando Cruz a viu, ele beijou a testa de Fernanda e disse.

— Cruz: Eu já vou minha linda.

— Fernanda: Tchau, Cruz.

E assim, ele saiu e Victoria adentrou mais no quarto. E disse.

—Victoria: Como está, meu amor?

Fernanda baixou a cabeça e tocou os dedos. E depois disse.

— Fernanda: Mal, mamãe. Nunca mais vou voltar andar.

E Victoria sentada na cama. Tocou na perna da filha e disse depois de ouvi-la.

— Victoria: Não diga isso, filha. Vamos voltar com as fisioterapias. Faremos o que for preciso para que volte andar.

— Fernanda: Eu não entendo, mamãe. Heriberto disse que eu voltaria andar. Eu confiei nele.

Victoria pegou na mão de Fernanda. E depois disse, se lembrando de Heriberto e como ela o viu quando viu que Fernanda não andou como esperavam.

— Victoria: Eu também, filha. Mas Heriberto não é Deus meu amor, temos que entender que a ciência pode falhar. Mas não vamos desistir querida.

Fernanda então chorou e resmungou.

— Fernanda: Eu sou tão infeliz .

E Victoria sentindo que já chorava, disse.

— Victoria: Não fale assim, não fale assim que me parte a alma, filha.

Victoria abraçou Fernanda e chorou com ela . E momentos depois, ela descia as escadas e viu Max entrar com seu filho com Maria Desamparada. E assim, ela sorriu olhando eles. E quando desceu ela pediu o bebê, jogando os braços para o lado dele.

— Victoria: Como ele está cada dia maior, Max.

Victoria já tinha João Paulo nos braços e sorria mais feliz de como deixou o quarto de Fernanda, por ter seu neto com ela. E assim Max sorrindo também disse, a respondendo.

— Max : O tempo está passando mãe. E como está, a Fer?

Victoria suspirou e aninhando o neto, ela disse.

— Victoria: Mal. Ela está depressiva filho.

Max passou a mão no cabelo pensativo.

— Max : As vezes tenho saudades da minha irmã cheia de vida que fazia loucuras atrás de loucuras . Muito melhor do que essa que estamos tendo agora.

Victoria então depois de ouvir Max, o respondeu com pesar nas palavras.

— Victoria: Mas foi essa Fernanda, que sempre fez loucuras que a colocou aonde está Max. E eu como mãe, não pude evitar. Eu falhei com ela.

Max então abraçou Victoria com o filho dele no meio dos dois e disse.

— Max: Não falhou mãe. Não falhou.

Alguns dias passou.

E Victoria na sua mansão, penteava os cabelos.

A barriga dela já começava marcar por cima da roupa e por isso ela usava looks mais largos que não apertava a barriga e não a marcava, pois ela não tinha dado a notícia que estava grávida de Heriberto a ninguém de sua família ainda.

E quando tentou fazer, Osvaldo em um momento que esteve com ela e Max na sala da casa, fez ela pensar como daria a notícia com as palavras dele. E como se fosse recente, ela podia ouvir a voz dele, martelando em sua mente.

“ Eu acho que devia adiar seu casamento com Heriberto, Victoria. Nossa filha precisa de você, precisa de nós nesse momento mais do que antes. Ela precisa de nossa força. “

Ela deixou a escova na penteadeira, olhando para o espelho e tocou sua barriga. O filho que esperava de Heriberto, já tinha quase quatro meses. E ela seguia desfrutando daquela notícia só com ele.

E em pensar nele ela sorriu e sentiu saudades. Os dias estavam passando, e estavam se vendo pouco e se falando pouco também. E ela suspirou. Estava acontecendo tantas coisas, ela tinha pendências na casa de moda, pendências mais importante na casa dela e ela via ele trabalhando muito também o que dificultava estarem mais juntos como no começo que começaram se relacionar.

Agora que não eram mais amantes, pareciam que tinham menos tempo para se verem.

E ela tinha que resolver essa questão. E pegando sua bolsa, Victoria deixou sua mansão com um caminho em mente.

E uma hora depois, ela abria o apartamento de Heriberto. Era fim de tarde, e o apartamento dele parecia que estava vazio. Ela então, jogou a bolsa no sofá e as chaves e caminhou em direção ao quarto, quando o viu no meio dele de toalha enrolada na cintura, cabelos úmidos e celular na mão.

Ele quando a viu parou no lugar. E ela riu dando um riso irônico e disse, em um tom claro de cobrança.

— Victoria:Espero que estava pensando em me ligar Heriberto. Não nos falamos ainda hoje, ontem a noite também não. O que está acontecendo?

Heriberto então suspirou. Para ele estava acontecendo muitas coisas. Muitas coisas que ele até então estava sendo paciente, para não cobrar Victoria de nada. Como ele entendeu que acabava de fazer . Mas ele já estava se cansando. Eram noivos, não mais amantes e ainda teriam um filho juntos. Mas a relação deles parecia que tinha empacado no lugar. Victoria andava pra cima e pra baixo com a aliança que dizia que eram noivos, mas de casamento não falavam mais. Tinham planos para o casamento, tinham que planejar onde iam morar. Heriberto tinha em mente uma bonita e grande casa para eles, mas Victoria parecia não se importar mais com aquele tema e até esquecer que estava grávida e que por isso, tinham que ver logo os detalhes do casamento e onde iriam morar. Pois Heriberto, queria já estar casado com Victoria e em um novo lar com ela antes que o filho deles nascesse.

Mas os planos dele, de nada valia se Victoria não estivesse disposta mais a realiza-los. Pois se viam tão pouco, se falavam ainda mais pouco que ele não sabia mais o que pensar. Algo estava acontecendo e ele também queria saber.

E assim ele disse sério, descarregando tudo que pensava de uma vez.

— Heriberto: É o que pergunto, Victoria. O que está acontecendo? Vamos nos casar, teremos um filho. Mas parece que esqueceu dessas duas coisas esses dias. Sei que tem problemas em sua casa, em sua família. Mas e eu o que sou pra você? E nós? O que somos, nesse momento?

Victoria então arregalou os olhos. Heriberto fazendo aquelas perguntas em meio as cobranças que fazia, fez com que ela temesse que a falta que ela estava sentindo dele, fosse mais sentida por ele e como ele falava, estava distorcida também. E assim ela foi mais a frente dele. E disse, nervosa para concertar qualquer coisa que ele estivesse pensando.

— Victoria: Como assim o que somos? O que é, Heriberto ? Você é o amor da minha vida meu futuro marido!

Heriberto depois de ouvi-lá, a respondeu sem se quer desviar do olhar dela assim como ela fazia com ele.

— Heriberto: Como está agindo, prevejo que esse futuro esteja cada vez distante, Victoria. Teremos um filho! Não quero te apressar, mas temos menos de 9 meses para darmos um lar para ele, uma família de verdade que quero que seus filhos também faça parte dela. Mas nem contou que está grávida a eles. Esconde essa gravidez como se fosse um pecado!

Victoria abriu a boca com final das palavras de Heriberto. Havia sentindo o impacto dela, exatamente no ponto que ele falava da gravidez. E assim, ela disse aflita.

— Victoria: Heriberto, está com paranóias. Eu expliquei porque não queria contar da minha gravidez ainda. E você me apoiou. Porque essas cobranças agora ? Eu não entendo meu amor. Ainda vamos nos casar, eu quero ser sua esposa. Mas por favor, vamos esperar um pouco mais pra isso, Fernanda. Ela.

Heriberto então se exaltou e rápido ele a respondeu.

— Heriberto : Sempre, Fernanda, Victoria. Mas e você? E sua felicidade?

Victoria o olhou nos olhos, torceu os lábios aborrecida com o que acabava de ouvir. E assim ela o respondeu.

— Victoria: Está sendo egoísta Heriberto. Ela é minha filha, sou mãe. Fernanda é a única filha que posso ter nos braços e não posso não consigo, comemorar minha nova vida ao seu lado, a minha felicidade sabendo que ela está infeliz.

Heriberto, bufou mas depois respirou fundo. Ele queria dizer tantas coisas mas tinha medo, das palavras dele afastar mais Victoria dele do que ela parecía que já estava afastada. Pois ele não podia ir contra o amor dela de mãe e não iria. Não iria se por no meio daquele amor, entrar naquela briga que poderia facilmente perder. Não podia feri-la daquela forma e não queria também sair ferido.

E assim ele disse, desejando encerrar o assunto.

— Heriberto: É melhor ir. Hoje tenho plantão, estava me arrumando para ir.

E foi a vez de Victoria bufar. Heriberto tinha falado tanto e exigido esclarecimentos do porque estavam daquele modo, mas ele mesmo não tinha tempo para ela não tinha tempo nem para encerrar o assunto da briga deles. E assim ela disse brava.

— Victoria: Não está tendo tempo para nós, Heriberto. Está se queixando de mim. Mas não está tendo tempo para nosso amor, nem me liga mais como antes . Se pode me questionar apontando meus erros. Também posso fazer isso com você. Já não é o mesmo comigo. Algo está acontecendo!

E assim vendo Victoria, passar um lado do seu cabelo pra trás da orelha irritada depois de suas palavras, Heriberto debateu elas.

— Heriberto: Sua distância está acontecendo, Victoria. Se não te ligo como antes é porque espero que faça primeiro . Porque ultimamente, estou sentindo que estou em um lugar na sua vida muito distante pra ser o mesmo lugar que te ponho na minha.

Heriberto riu magoado e andou, dando as costas para Victoria. Nas relações que ele tentou ter no passado antes dela, ele estava sentindo exatamente como começava sentir com ela. E ele não queria que ela fosse mais uma ilusão. Não queria porque com ela já era amor. Antes ele se julgava sem sorte com as mulheres, até ela aparecer. Ele não podia ter errado em ama-lá.

E com a mente cheia do que pensava, Heriberto entrou no closet dele. E Victoria o seguiu. E observadora como ela era, ela via que aquele espaço masculino que era o closet de Heriberto, era pequeno demais que só com alguns passos ele terminava, diferente do dela que era imenso.

Mas voltando para a questão que discutiam e que ela sentiu as palavras dele, claramente a acusando de não ama-lo como ele a amava, ela disse brava.

— Victoria: Não me dê as costas, Heriberto. Vamos terminar o que começamos!

Ele então voltou com roupas nas mãos, parou a frente dela e disse sem mais freios na língua.

— Heriberto: Me fez te amar, Victoria. Me fez te amar como pensei que não voltaria mais. Quando já não estava mais ilusionado com isso . Você apareceu! E agora sinto, que estou te perdendo e não sei exatamente o porque. Então por que, hum? Porque me fez te amar? Se seu plano, foi me ilusionar outra vez. Te felicito, porque conseguiu!

Heriberto então depois de suas palavras doloridas mas também cuspida com raiva, andou desviando de Victoria e largando suas roupas limpas sobre a cama. Mas ela passou a frente dele o tocando no peito, já desesperada e com lágrimas formando em seus olhos.

E já chorando pelas besteiras que ela achava que Heriberto estava pensando dela, e do amor que ela sentia por ele. Ela agora consciente que aquela distância deles, tinha o afetado mais. E reconhecendo que estava agindo errado . Pois reconhecia, que já não falava de casamento com ele, reconhecia agora que ela escondendo ainda a gravidez o estava magoando. O que era de esperar, pois Heriberto desde do início havia dito como ele era, e ela notava naquele momento que ele podia ser mais sensível que ela podia imaginar. Porque, ele não era o antiquado que dizia era apenas um homem romântico que desejava que seu amor dado a uma mulher fosse aceito e dado de volta a ele na mesma proporção, que Victoria parecia mostrar não dar.

E assim, ela com medo de perde-lo, ainda tocando no peito dele, disse para se defender das palavras dele sem deixar de olha-lo nos olhos.

— Victoria : Não pense que estou te ilusionando, Heriberto. Você é a melhor coisa que me aconteceu nesses meses todos! Eu te amo. Não duvide desse amor. Por favor não duvide do amor que sinto por você. Não desista de mim . Sei que estou errando. Mas não pense que não te amo. Não pense que te engano. Não desista do nosso amor. Eu não posso te perder!

Heriberto fechou os olhos puxando os ar do seu peito e depois, baixo ele respondeu Victoria o que temia.

— Heriberto: Me parece que é você que está desistindo de nós. Que pode a qualquer momento desistir do nosso amor, Victoria.

E Victoria com voz de choro tendo ele a olhando como ela estava, o respondeu.

— Victoria: Mas não estou e não vou! Me perdoe, me perdoe se parece isso. Me perdoe. Eu te amo, Heriberto. Te amo tanto que me assusta o tamanho desse amor.

Heriberto então pegou com as duas mãos o rosto de Victoria, depois de ouvi-lá. Ele olhava aquele belo rosto que ela tinha com suas bochechas molhadas de lágrimas e seus olhos cristalinos delas. E com o mesmo medo que ele podia sentir que ela tinha de perde-lo, com o mesmo amor que ela passava com seus gestos e palavras. Ele disse, quase implorando para que ele não tivesse mais motivo de temer perde-la.

— Heriberto: Então demonstre mais seu amor, Victoria. Não peço muito. Te compreendo, como mãe e como mulher . Mas me compreenda também. Sou um homem que te ama e pai do filho que espera. E quero dar a vocês o amor e o cuidado que merecem junto a mim. Está me dando uma família outra vez. Então me perdoe se tenho medo de perde-lá como uma vez perdi a que um dia tive.

Victoria suspirou fechando os olhos e deixando lágrimas cairem. Heriberto era o melhor que tinha acontecido com ela aquele tempo que estavam juntos, ele e agora o filho que esperavam. E por isso ela não podia perde-lo e não iria. E assim, voltando olha-lo, ela disse desejando que ele não pensasse mais que os perderiam.

— Victoria : Não vai me perder Heriberto, não vai nos perder. Porque você é o melhor homem com quem já estive, e sei que será o melhor pai também. Eu não posso te perder, meu amor . Nós vamos se casar, vamos juntos cuidar e amar nosso filho, como quer e como quero. Não vou deixar que você me escape. Eu já disse que te amo.

Depois de falar, Victoria não deixou de olhar Heriberto. Juntos como estavam se olhando, buscavam a verdade do amor que sentiam um nos olhos do outro. Como estavam, com o coração a mil, corpos tensos com a discussão e o medo recíproco daquilo que viviam se acabar de repente, dizia a eles sem mais precisar de palavras o quanto se amavam e se necessitavam.

E Heriberto então com a mão por trás da cabeça de Victoria, aproximou as bocas deles e se beijaram. Se beijaram até o fôlego acabar e voltaram a se beijar até os dois estarem nus sobre a cama.

Heriberto acariciava o corpo de Victoria com as mãos, tocava as curvas dela já mudando pela gravidez, com desejo e com amor.

Beijando o corpo dela, ele sussurrava palavras de amor.

— Heriberto : Eu... Eu te amo, Victoria... Te necessito.

Victoria ouvia, Heriberto falar enquanto ele beijava o peito dela, beijava descendo os beijos enquanto uma mão dela acariciava os cabelos dele .

E então precisando responder as suas doces declarações, ela disse.

— Victoria: Eu também te amo, Heriberto. Te amo e te necessito.

Heriberto mais nada disse, ele apenas abriu as pernas nuas de Victoria. Ele só sentia que não podia perder a mulher que despertou o amor nele outra vez. Não podia perder Victoria, muito menos se fosse por culpa dela mesmo. Por seus receios ou qualquer dúvida que ela tinha de poder voltar a ser feliz.

E assim, ele beijou o centro do sexo dela. Victoria com as mãos do lado do corpo, segurou nos lençóis da cama. Ela sentia a língua de Heriberto, começar deslizar em toda região da vagina dela. Ela mordeu o lábio, sabendo como ele era bom naquela arte de dar prazer a ela daquela forma.

E Heriberto gemeu, saboreando ela com uma lentidão que a enlouquecia. Passeava sua língua sem pressa, em um deslizar lento de cima para baixo e depois invertia, usando só sua língua, sem dedos e sem pressa nela.

De olhos fechados enquanto fazia Victoria estremecer, Heriberto pensava que por muito tempo, pensou que não voltaria amar e agora estava ele fazendo amor com a mulher que amava e que no meio deles estava também o fruto daquele amor. E ele lutaria até com ela mesma, se fosse preciso para que aquele amor que sentiam triunfasse para que juntos tivessem um final feliz e merecido.

E então, ele segurou firme entre as coxas dela, segurou para ela não sair e seus lábios que só brincaram com o clitóris dela, o abocanhou o sugando de uma maneira que fez Victoria gritar de prazer naquele quarto. Ele como preveu sentido ela se mexer enlouquecida de prazer, a agarrou mais entre as pernas e seguiu fazendo o que fazia, até que seus dedos se juntou a penetrando e Victoria gozou aos berros.

E quando Heriberto subiu para olha-lá nos olhos, Victoria tocou no rosto dele com as mãos e disse.

— Victoria: Faz amor comigo, Heriberto. Faz amor comigo e veja como te amo, como também te necessito, meu amor.

Ela então fez os lábios deles se encontrarem, e Heriberto no meio dela a penetrou lento. Victoria agarrou os ombros dele e gemeu ainda com os lábios colado com o dele. E juntos gemeram um na boca do outro e de olhos fechados.

Mas logo depois, Heriberto aumentou seus movimentos olhando Victoria nos olhos, enquanto seus corpos se encontravam em uma perfeita sintonia de amor.

Victoria, o olhava nos olhos com a boca levemente aberta, suas mãos agora repousava no peito dele. E ela gemia daquela formava sendo tomada por Heriberto, sentindo ele mais rápido entrar e sair de dentro dela. Era maravilhoso pra ela fazer amor com ele de qualquer forma que ele podia fazer ela dele.

E assim, ela gozou com as sensações que Heriberto lhe dava. E quando seu corpo ainda buscava forças, ele a girou mudando as posições. Victoria então por cima começou se movimentar em Heriberto. Suas mãos espalmadas sobre o peito dele, lhe dava impulso nos seus movimentos, enquanto ela gemia ouvindo ele gemer com ela também.

Heriberto, tomou os seios dela nas mãos e fechou elas os segurando dando mais prazer pra Victoria, tendo as mãos dele tocando ela . E ele via ela arquear as costas jogando a cabeça para trás, agora rebolando devagar.

E ele constatava pela milésima vez, que Victoria era uma reina até fazendo amor. E logo depois, ele sentiu ela gozar novamente.

E quando o corpo de Victoria deitou sobre o dele, ele buscou a boca dela a agarrou, abraçando suas costas nuas e tomou conta das penetrações que foram rápidas. E então foi a vez dele gozar gemendo e apertando todo o corpo dela.

E momentos depois.

Victoria estava com a cabeça sobre o peito de Heriberto e ele a abraçava entre seus braços.

E então assim, ela disse depois do momento que acabaram de viver.

— Victoria: Não duvide mais do meu amor por você, Heriberto.


E Heriberto suspirou, alisando o braço dela mas nada disse, apenas a beijou na cabeça.