Noites em Toscana

Capítulo 18 - Ela e Ele!


Era madrugada, Sofia estava em sua casa nova, ela adorava a varanda de cima, ali ficava seu escritório, ela passava horas ali quando estava em casa.

Henrique e Chloé estava no vinhedo então as luzes da casa principal ainda estava acesa, Sofia desceu e foi para casa de Paolo, quando chegou, Sofia viu que Henrique estava sentado na cozinha.

Sofia: Oi, está tudo bem?

Hen: Sim, Chloé está com calor, e por isso o quarto está gelado, não consigo dormir de frio, vim tomar um chá, você quer?

Sofia: Ela sempre fala que aqui é mais quente que na cidade. Não, chá é coisa de velhinhas.

Hen: Eu sou velhinho! – eles soltaram uma gostosa risada. – Amanhã é o aniversário dele.

Sofia: Sim eu sei. Ele vai passar sozinho?

Hen: Trabalhando como sempre. Corina, lembra dela? A minha secretaria ou melhor minha ex-secretária?

Sofia: Sim, me lembro dela, a que veio aqui com suas coisas do escritório?

Hen: Ela ainda trabalha com Marcello, e me disse que a agenda dele está cheia para amanhã, não sai da empresa antes das 21h.

Sofia: Viciado em trabalho, quando ele vai aprender a ter vida ou invés de só viver para o trabalho.

Hen: Quando ele reconquistar o amor da vida dele!

Sofia: Acho que está na minha hora, amanhã vou a uma audiência. Boa noite Henrique, de um beijo nas meninas por mim.

Ela sai antes que a conversa tome outro rumo, caminhando até a colina onde ficava sua casa, ela parou e olhou a janela do seu antigo quarto, ali ela foi feliz, na infância e quando ela se tornou mulher, a mulher de Marcello.

Sofia caminhou e entrou em sua casa, tomou um banho se deitou, mas o sono não veio, seu passamento vagava pelo passado...

Lembranças de Sofia

Marcello olhou e viu Sofia linda, ela sorriu e começou a descer, todos olhavam os Re e Regina, nem precisava de nada, ali estavam os novos eleitos do festival.

Cello: Sembripiù bella della meravigliosanotte della regina.

Sofia: Grazie e penso che l'aspetto delle ragazze sia per te Re.- falou pegando a mão dele, que se inclinou saudando a rainha da noite.

Marcello e Sofia como magica foram para o centro do salão e a música conduzia seus corpos. Quando ela sorriu ela por impulso que conteve desde que ele tirou a joaninha dos cabelos dela, a beijou apaixonado e foi correspondido.

Sofia: Não foi sua culpa Sofia, ele quem escolhei o lado negro da força, agora que fique sozinho! – falou se levantando da cama e indo em direção a janela. – A noite será longa, como será que ele está? Ou melhor com quem está?

Ela buscou uma taça de vinho, e assim ela terminou sua noite, com as lembranças de um amor não vivido, de um amor que ficou pela metade.

Em San Sebastian, Vanessa saia do banheiro de seu quarto, olhou para a cama ele não estava mais, caminhou em direção a sala vestindo o robe, olhou para a sala e nada quando o viu abrindo a porta.

Van: Marcello, vai sair sem ao menos um tchau, ou um boa noite? – falou batendo os dedos no pilar que ela tinha entra a sala e o corredor.

Cello: Estava demorando a sair do banho, eu tenho coisas para fazer amanhã cedo, tenho que ir. – ele voltou até ela e deu-lhe um beijo simples sem vontade ou amor. – Boa noite!

Van: jantamos juntos amanhã? – ela abriu o robe se exibindo para ele. – Amanhã é seu aniversário temos que comemorar!

Cello: Tenho a última reunião as 21h se for depois pode ser, mas só vamos jantar e só, estarei exausto.

Van: Caramba homem, pare um pouco, é seu aniversário, vamos sair, comemorar, fazer uma festa!

Cello: Não sou homem de festa e sabe bem disso!- falou dando as costas para ela, quando ouviu o que não queria.

Van: Para o rei do festival da Toscana, está pior que o rei morto! – ele fechou o punho e socou a mesa e saiu dali batendo a porta. – Pazza falou demais. Agora vamos consertar isso! Pensa Vanessa, pensa antes de falar! Ela caminhou de volta para o quarto.

Marcello dirigia para sua casa, estava com raiva pelo que Vanessa tinha lhe dito, socava o volante do carro, passou um sinal fechado sem se dar conta e parou perto da praia, saiu de seu carro, tirou o paletó, sapatos e as meias, e foi caminhar na praia, ficou ali com seus pensamentos.

Cello: Ela deve estar casada, com filhos, esse era o que teríamos feitos, deve ter me esquecido, e por que ainda sinto essa dor no meu coração. Porque é burro Marcello, orgulhoso e egoísta, tudo que ela mais detesta, é o que se tornou. – ela falava chutando as ondas que batiam em seus pés. – Amanhã ficarei sozinho mais uma vez!- ele suspirou, passou a mão no rosto, depois caminhou por mais um pouco.

Marcello parou olhou para a noite que se fazia clara por conta da lua cheia que brilhava no mar, e pensou nela.

Lembranças de Marcello...

Cello: "Tirami"! – falou sorrindo.

Sofia: Che stronzo, ragazzo! – falou se levantando e colocando as mãos na cintura. – Essa sobremesa minha mãe só faz para mim. Ma no, non non. – ela saiu batendo os pés, aquilo tinha sido a gota para seu ciúmes.

Cello: O que eu fiz? – falou sorrindo.

***

Ele caminhou, olhando tudo, foi até a janela e a viu sentada na varando, deu um sorriso torto e desceu, ela estava linda, a luz da luz fazia com que seus cabelos brilhassem ainda mais, ela sorria, e tinha algo especial em seu sorriso.

Sofia: O que deseja? A sobremesa não estava de seu agrado?

Cello: Divina, igual a da nona Pietra! E você o que faz aqui?

Sofia: Elas vêm quando estou aqui, o padrinho dizia que elas só apareciam quando eu estava aqui. – ela abriu a mão e mostrou joaninhas. – Mas elas vêm quando a terra está fértil, e quando a colheita esta chegando.

Marcello sentou ao lado de Sofia, a lua estava crescente, a luz não era tão intensa, mas fazia iluminar ainda mais, os olhos e cabelos dela, quando ele notou que tinha uma joaninha, entrelaçada nos cabelos dela.

Ele delicadamente tentou tirar, quando suas mãos tocaram a dela, o gesto foi involuntário, seus olhares se cruzaram mais uma vez, Marcello queria tocar o rosto dela, mas excitou e ela percebeu.

Sofia: Bonnasera, amanhã levanto cedo para o trabalho. – falou apressada saindo de perto dele.

Cello: Ainda te amo bela mia!