Noites em Toscana

Capítulo 19 - Convite e viagem


Marcello, ficou algum tempo ali na praia, quando era um pouco depois da meia noite, veio a primeira mensagem de aniversário, era de sua mãe, o saudando e avisando que no final de semana, estaria no país e poderiam jantar juntos.

Cello: Poderia ter esquecido! – ele falou com uma mágoa na voz e no peito. Caminhou até o carro e viu o celular vibrar novamente, era seu pai, Henrique mandou uma foto com todos, todos incluindo Sofia, para desejar um feliz aniversário ao filho.

Quando ele olhou a foto, sentiu as lágrimas descerem sem permissão de seus olhos, colocou o carro em movimento e foi para casa.

***

Sofia deitava depois de algumas taças, está levemente tonta, sorria fácil de lembrar dos beijos dele.

Sofia: Tonta, pazza, su sornione, deixa de pensar em quem nem lembra que você existe, Toca sua vida, assim como tocaram você da vida dele.

Ela adormeceu, o sono foi agitando, algumas lembranças não eram da melhores, a morte de sua Tia Vivien, ela se lembrava não nunca via a tia, e sim ela mesma, a briga que deu origem a morte, Pietra chorando, e Paolo dando tchau a família, eram coisas sem sentido para Sofia.

Era 8h quando ela chegou para tomar café com os demais. A menina Pietra estava sentada no colo de Carmella, estava com sono, e queira a mãe.

Carmella: Calma bambina, sua mãe está bem, é só um mal estar normal de grávida.

Sofia: Buondiorno! Oi princesa, ou mama. Que caras são essas?

Pietra: Não pude dar bom dia pros meus pais, minha mama está com dores! – falou chorosa nos braços de Carmella.

Paolo e Henrique que chegava para tomar café, viram a bambina choramingando, se olharam.

Paolo: Ih tem gente chorando logo cedo, acho que não vai para a colheita comigo hoje?

Pietra: Eu vou ficar aqui hoje nono?

Hen: Só se eu ganhar muitos beijos! – a menina correu para o colo do pai e o encheu de beijos. – Isso que eu chamo de recuperação rápida. Manhã logo cedo bambina.

Pietra: eu queria ver a minha mama.

Paolo: Ela está indisposta, logo está bem. Carmella pode levar o café de Chloé, por favor?

Carmella: Sim claro, o de sempre Henrique? – ele afirma que sim e a senhora sai.

Sofia: Foram dormir tarde ontem?

Hen: Sim, acho que você também, eu vi a hora que as luzes se apagaram, noite turbulenta de pensamentos. – Sofia olha para ele, reprovando suas palavras.

Sofia: Sono una ragazza, da controllare nel momento in cui dormo? – falou brava olhando para Henrique, mas aos olhares de Paolo.

Paolo: Le donne di questa casa si sono svegliate con nuovi ferraduts. – falou rindo e sentando ao lado de Pietra.

Sofia: Troquei sim, e troquei tomando vinho. – ela pegou uma maça e saiu dando bom dia.

Hen: Acho que sei o motivo papa!

Paolo: Eu sei qual o motivo, ele faz aniversário hoje. Acho que estamos na hora de acabar com essa separação de família. – ele se levantou e foi para seus escritório e se trancou lá.

***

Vanessa que chegou linda na empresa, perguntou logo por Marcello, e foi informada que estava em reunião fora, e que não voltaria para a empresa. Ela caminhou até a sala dela, colocou a bolsa no sofá e sentou em sua cadeira, pegou o celular e ligou para a Cobra, ou melhor sogra.

Van: Olá Antônia! Como está indo de viagem, por onde mesmo? Vai vir mesmo para o jantar no sábado?

Ant: Sim, estou a caminho da Espanha, estou voltando do Caribe. Agora me atualize sobre tudo, e não me omita detalhes como da outra vez sim Vanessa.

A moça virou os olhos, pois da ultima vez que falaram, ela não contou para Antônia que Henrique havia tentado falar com Marcello, mas a ligação caiu na mesa de Vanessa que claro, não passou o recado e não contou para Antônia, as a cobra havia descoberto. As duas conversaram por alguns minutos.

Sofia chegava a empresa na cidade, eles tinham além do escritório no vinhedo, tinham um na cidade e outro na Secretária do Comércio, ela como associação, onde todos tinha uma sala.

Ela caminhou pelo estacionamento com um uma roupa colada nude, deixando os marmanjos babando por ela, as curvas dela naquela roupara ficavam mais sinuosas.

XX: Nossa isso tudo para um dia de trabalho? – falou o rapaz ficando ao lado dela.

Sofia: Para com isso Patrício, não começa, como diz o padrinho, eu troquei as ferraduras cedo.

Pat: Calma ai onça, estava brincando, sei que dai não vem nada pra mim. – ela se vira e dá um tapa na cabeça dele. – ai Sofia isso doeu!

Sofia: Era essa o objetivo, agora para de falar bobeiras e vamos trabalhar! – ela entra e todos a olha, Patrício queria fazer bonito ao lado dela, ainda era apaixonado por Sofia desde a adolescência. Mesmo depois que Marcello deixou a Toscana ele tentou, mas não conseguiu nada.

Na Espanha e na Itália o dia de trabalho foi corrido, Marcello passou o dia entrando e saindo de reuniões, Sofia passou por uma reunião de conselho, depois foi para um almoço de negócios, e mais uma reunião na associação no final do dia. Sofia passou novamente no escritório onde sua secretária a esperava.

Bruna: Senhora que bom que voltou, aqui está os documentos para sua viagem, as passagens e o hotel, tem um carro a sua espera caso necessite.

Sofia: Henrique cuidou de tudo e bem rápido!

Bruna: Sim senhora. Deixo aqui, e caso precise de algo mais é só avisar! – ela saiu sorrindo e deixou Sofia sozinha.

Em San Sebastian, Marcello chegava em casa de mais um dia de trabalho, as reuniões tinham sugado sua vitalidade, o que mais ele queria era um banho, comer algo rápido e se jogar na cama.

Ele entrou e viu que sua secretária tinha deixado tudo pronto para a viagem de negócios dele na quinta-feira. Ele sorriu ao olhar a nota da senhora, sempre cuidando dele, tanto no trabalho quando em casa.

E assim a semana para ambos correu, era quinta feira a noite, na Itália, Sofia entrava no avião rumo a Lisboa – Portugal, ela parecia feliz, encontraria um amigo na capital portuguesa, Benicio passaria por ela, já que vinha da Espanha, e na capital espanhola Marcello esperava agora do seu embarque para Lisboa, ambos iriam para o mesmo evento, na mesma cidade e com dois dias de antecedência.

E que conforme a música:"Di quellastrana melodia,che alcunichiamano destino e altripreferisconochiamare il caso"