Noite Artificial

Melhores amigas


Paramos em frente à uma janela que eu reconheceria de olhos fechados. Era a casa da Giu, tudo estava calmo e silencioso. Pelo menos para as pessoas normais, eu conseguia ouvir cada batida do coração de cada pessoa dentro e fora da casa. O cheiro praticamente me chamava para dentro da casa, mas u precisava resistir. Entrei na casa para ver a Giu e junto dela estavam Bella e Bia. Todas estavam com olhos inchados.

Me virei para Anne e ela voltou para sua forma normal;

_Poderei contar a verdade para elas algum dia?-perguntei a ela.

_Carl não proíbe que tenhamos contato com os humanos, mas eu não sei o que ele contou para sua família e amigos. Se ele falou que você está morta, seria um choque que você aparecesse do nada.

_Tudo bem, mas é que eu sinto tanta falta delas.

Sentei perto delas e lembrei das nossas festas do pijama.

_Queria que você as conhecesse. Todas são muito engraçadas e amigáveis. Mas vamos logo, tenho um pressentimento que elas vão acordar logo.

Menos de um minuto depois Bella acordou, com medo comecei a sussurrar:

_Bella, você está dormindo, tranquilamente. Está sonhando que está em um campo. Então deite novamente e feche os olhos.

Ela cumpriu tudo o que eu falei, olhei para Anne e ela me olhou:

_Como você fez isso? Até eu senti vontade de deitar e estava quase visualizando o campo. O modo que vocês se olhavam era quase como se você a tivesse hipnotizando. Impressionante; temos que falar sobre isso com o Carl. Vamos embora.

Ela se transformou em uma coruja branca novamente e voltamos silenciosamente para a A.N. , quando chegamos olhamos para o quarto não tinha ninguém no escuro, mas o cheiro denunciava que era só uma aparência, um cheiro de menta, flores e sangue. Ligamos a luz e Drake voltou a sua forma normal em cima da cadeira do meu quarto.

_Muito bem, hein, senhoritas? Vocês saem, sem ninguém ver, para dar um passeio pela noite sem darem satisfações , e nem me chamam?-essa última parte eu ouvi com alívio, achava que Drake poderia contar algo a Carl e todas as nossas chances de sair da A.N. Iriam por ralo abaixo.

_Ok. Quer sair conosco amanhã?-perguntei.

_Nós vamos sair amanhã?- perguntou Anne.

_Sabe eu não conheço muito do mundo, então seria bom conhecê-lo agora que eu tenho chance.

_Mas nós vamos quebrar as regras mais uma vez.

_ Claro que não, eu sou uma adolescente com passe livre e vocês dois podem mudar de forma, posso pedir para o Carl, mas nunca seremos pegos. Vou conversar com ele amanhã.

_Gostei do jeito que ela pensa e eu topo sair com vocês amanhã- falou Drake apontando para mim.

No dia seguinte fui falar com Carl sobre o que aconteceu na casa de Giu de um modo delicado sobre o que aconteceu, foi assim:

No escritório dele, ele estava estudando algumas amostras no microscópio, bati na porta e pedi licença para entrar na sala.

_Carl, preciso conversar algumas coisas com você.

_Pode falar, Mirella, minha atenção é toda sua.

_Primeiro, eu preciso que você me prometa que não vai me interromper. Escute primeiro, depois julgue as minhas ações.

_Tudo bem, comece, está me deixando ansioso.

_Ontem, eu e Anne saímos da A.N. À noite , para eu rever minhas amigas, calma, calma, elas não nos viram. Uma acordou, enquanto nós estávamos dentro da casa, mas aí aconteceu uma coisa estranha, eu consegui acalmá-la e a fiz dormir, somente dando ordens. Anne disse que parecia que eu tinha hipnotizado a minha amiga e Anne sentiu vontade de obedecer as minhas ordens também.

_Curioso.

Uma única palavra depoisdo meu discurso, foi isso que Carl falou: curioso. Não é curioso é bizarro.

_Venha, vamos tentar recriar a situação. Chame Anne e me encontrem na sala de treinamento.

_Carl, eu só preciso que você me faça um favor. Não conte para o Drake que eu sou uma vampira, fale apenas que eu sou sua sobrinha, ok?

Tudo bem, você que sabe.