first thirty days of my nolife

Não sei porque eu estou colocando esses acontecimentos em uma folha de papel, provavelmente é algum tipo de ação de autopreservação que meu subconsciente criou para me preservar de alguma maneira na memória das pessoas… Bem isso não importa muito no momento, então vamos começar logo com isso:

No começo… Eu só via escuridão, me sentia...Fazia. Como se um pedaço de mim tivesse sumido de dentro do meu corpo, algo muito importante, mas não sabia oque era…

Eu fique andando pelos corredores daquele lugar, os imensos corredores brancos foram minha companhia naquele momento, talvez pra sempre, estava sozinha.

Depois de um tempo caminhando pelos corredores, eu encontrei uma sala com trono no meio dela, ao me aproximar do imenso trono de cor branca, como tudo naquele lugar, avisto um rapaz de cabelos espetados loiros dormindo ali alheio de tudo, do vazio, do desconhecido...da solidão, pela primeira vez eu senti o que era curiosidade, quem era aquele menino? O que ele estava fazendo ali? Foram essas e mais outras perguntas que ficaram rodeando a minha cabeça pelo restante daquele dia.

Ao se passarem os dias, continuei caminhando pelo lugar e, em meio a essas caminhadas, eu encontro uma porta cinza fechada e ao abri-la eu vejo varias estantes com números livros de vários tamanhos e capas, e pela segunda vez eu senti novamente o sentimento de querer descobrir mais coisas me veio a tona e quando me dei conta, eu já estava na companhia daqueles pedaços de papel banhados de informações que talvez me ajudassem a descobrir o porque eu ter acordado lá… Sozinha. Não sei por quantas horas, ou até mesmo dias, eu fiquei lendo aqueles livros, mas me lembro que em meio aos livros sobre a historia das tais “keyblades’’, espadas em formato de chaves cujo o poder principal é a habilidade de selar ou abrir as barreiras entre mundos, depois de varias leituras, descobri que era possível usar como um tipo de “chave universal”, por assim dizer, e como o próprio termo que usei já diz, as keyblades tinham o poder de abrir e fechar qualquer fechadura, coração e etc. Ao terminar de ler sobre elas, fiquei imaginando como seriam esses outros mundos, será que eles eram tão grandes quanto aquele castelo? Ou será que eles eram tão pequenos como aquela biblioteca? de qualquer modo, de que adiantaria pensar nisso agora? Eu não tinha outra opção a não ser ficar vagando por aquele lugar, talvez isso seja algum tipo de punição por algo que eu tenha feito na minha vida passada, se é que eu tive uma vida antes dessa, mas o que é a vida em si se não um conjunto de memorias das quais os humanos se tornam altamente dependentes ao ponto de guardarem essas memorias em seu coração para viver? E o que é coração? Se focemos responder essa pergunta de maneira cientifica poderíamos dizer que o coração é um órgão vital para a circulação do sangue pelo corpo, mas pelo sentido espiritual podemos dizer que o coração é a parte de sua alma encarregada de guarda seus sentimentos, memorias e suas emoções,mas o que são sentimentos? O que significa dor ou tristeza? Alegria ou amor? Porque as pessoas se acham tão dependentes desses sentimentos?.... E foi com esse pensamento que eu terminei o trigésimo dia de minha vida desde que acordei naquele castelo.