Eu poderia ter tido uma vida de verdade. Com amigos com quem brincar e pais que me amam acima de tudo. Eu poderia ser feliz ao lado deles e amá-los de volta, acima de qualquer egoísmo, de qualquer medo. Mas esse amor foi tirado de mim, como uma tempestade que engole o mundo inteiro, não deixando nada para trás. Aqueles criminosos assassinaram todos, roubaram seus olhos. E tudo isso por quê? Eu tinha doze anos quando conheci a perversidade. Eles eram o caos, a dor, o pânico. Inimigos vis de ambição insaciável. E eu era silêncio. O silêncio da perda.