New Age

A verdade sobre Petúnia Evans


— Tu só podes ser maluca, Potter. – Snape suspirou. Não conseguia acreditar que iria fazer aquilo, mas ao que pareia esta era a sua única saída. – Qual é o plano?

Severus pegou no corpo inconsciente de Regulus e começou a andar em direção à saída daquele inferno. A probabilidade de estar alguém nos corredores àquela hora era praticamente zero. Os poucos Devoradores da Morte que estavam na mansão estariam reunidos com o próprio Lord das Trevas para poderem ver com os seus próprios olhos Potter a aceitar ou não o pedido de Lord das Trevas.

Assim que acabou de subir as escadas, olhou para a direita e depois para a esquerda. Apesar de ter quase a certeza que não haveria ali ninguém a esta hora, não podia confiar a 100% nos seus instintos. Sabia que as consequências, caso eles fossem apanhados, seriam devastadoras. Não apenas para ele, Black e Potter, mas também para Evans.

Uma das razões, e provavelmente a mais importante, de não ter tentado fazer nada para escapar ao longo dos anos era que eles tinham Evans debaixo de mira e qualquer erro ou deslize que ele cometesse, seria ela a pagar as consequências. De início ele achava que era apenas uma ameaça vazia, mas depois eles explicaram o porque de muitas perguntas que ele tinha em relação a ela e também ao motivo de ele ser procurado por eles.

A família materna tinha grande fama por ter grandes mestres de poções e Severus, como todos os seus antepassados, também as tinha herdado. Mas para desespero de Lord das Trevas, os seus avós maternos eram bruxos da luz e se recusaram em ajuda-lo. A mãe foi afastada das ideias de Lord das Trevas por se ter casado com um muggle, Lord das Trevas virou a sua atenção para ele. Mas ele tinha que eliminar os obstáculos que existiam entre ele ser um Devorador da Morte ou não. Primeiro pediu a um bruxo de confiança que tirasse o poder de Evans, que esquecesse todos os momento que tinha passado com ele e que passasse a odiar a magia com todas as suas forças. Depois pediu que o filho deles tornasse amigo dela, para alimentar mais o ódio que ela tinha por magia e por bruxos. Assim quando foi apanhado nas férias do 5º ano e lhe contaram tudo, Severus parou de tentar fugir e começou a pensar numa maneira de se manter neutro até que alguém suficientemente poderoso ou louco enfrentasse Lord das Trevas.

Olhou rapidamente para os dois lados e começou a andar em direção à porta. Ao atravessar a porta, permitiu-se parar e observar a paisagem da mansão. Pode sentir a brisa suave no rosto e poder ouvir o barulho do trânsito em Londres. Quase poderia dizer que estava apenas a observar a paisagem do jardim, como se fosse um simples turista.

— Snape, eu não tenho a vida. Portanto aconselho-te a acordar e iremos. – De tão concentrado que estava a olhar a paisagem à sua volta e a ouvir os barulhos do trânsito não separou que a sua boleia tinha chegado. Quando perguntou a Potter quem era a sua boleia, ela apenas respondeu: “ Alguém que queres muito ver”. Virou a cabeça e viu que era a sua boleia.

Petúnia Evans …. – Sussurrou. Parecia quase um sonho. Pelo que ouvia Lilian dizer a irmã ainda continua a odiar a magia e todo o que estava relacionado com ela. O que por outras palavras queria dizer que também o odiava. Mas ela estava na sua frente, vestindo roupas muggles. Olhou para os olhos azuis de Evans. Aqueles olhos pareciam exatamente os mesmos de antes. Antes que a memória dela fosse alterada. Iguais ao tempo que eram melhores amigos.

De repente ouviu uma sirene. Parecia aquelas que a sua mãe contava para o assustar. Se se lembrava bem, quando estas sirenes foram usadas durante a Segunda Guerra Mundial e quando começavam a tocar, as pessoas escondiam-se nas caves. Porque quando elas tocavam só significava uma coisa: o inimigo, os alemães, estavam a chegar e iriam bombardear a cidade, sem dó nem piedade.

Petúnia pegou no braço de Black e colocou por cima dos seus ombros. Se demorasse muito mais, iriam ser apanhados, Severus e Black iriam voltar a estar presos e sofreriam com as consequências. Quanto a ela, apagariam a sua memória, tirariam o seu poder e aumentariam o ódio que ela tinha pela mágica e qualquer coisa que se relacionasse com ela.

Petúnia teria cerca de 10 anos quando descobriu que poderia se teletransportar de um sítio para o outro, se estivesse a imaginar o lugar que estivesse. Se a memória não lhe traia a primeira viagem que fez foi a uma escola. Na altura, aquilo pareceu-lhe um castelo dos contos de fadas que apareciam nos filmes da Disney que ela costumava assistir quando era mais nova. Mas ao reparar que estava longe de casa e num sítio que não conhecia, Petúnia entrou em pânico e começou a pensar desesperadamente em casa. Dois segundos depois estava sentada na sua cama. Só tinha contado a Severus, mas nunca tinha realmente o levado a algum sítio com seu novo poder. Anos mais tarde, e através e relatos e descrições feitas pela sua irmã mais nova, Petúnia descobriu que tinha-se teletransportado para Hogwarts.

Quando tinha onze anos, um homem apareceu no parque onde ela estava sozinha. Ela nunca soube o que realmente o estranho e desconhecido homem lhe fizera, mas o amor fraternal que tinha pela sua irmã e a amizade que tinha pelo Severus se transformaram em ódio. Quando Lilian recebeu a carta para a estranha escola de magia, ódio que sentia por eles aumentou ao ponto de não conseguir estar na mesma divisão onde eles estavam.

Depois da irmã ir para a escola de magia, ela aproximou-se de um tal Valter Dursley, que lhe parecia um pequeno porco com uma peruca loura. Apesar de inicialmente não gostar dele, ao longo do tempo foi-se aproximando dele, talvez porque ele era o seu único amigo na escola ou mesmo porque compartilhava o mesmo ódio que ela tinha pelos bruxos e pela magia. Hoje, Petúnia sentia nojo de pensar que ela tinha namorado aquela mistura de baleia azul e porco com uma peruca loira na cabeça. Depois que soube que Válter lhe tinha enganado, restringindo o seu poder durante anos e alimentado um ódio inútil, Petúnia foi a casa dele e mandou para a Ucrânia, e com a ajuda de Alexis Potter, fez com que ninguém o conseguisse entender nenhuma palavra que ele dizia, quer fosse através de fala - em qualquer língua -, escrita, sinais ou charadas, ou qualquer outras tentativa para ele realizasse para ser percebido. Felizmente, ele iria ter um sitio para comer e dormir e ninguém lhe iria fazer mal. Isse feitiço duraria até ele pensar nas suas ações e se arrepender. Pela cara que ele tinha feito ao ser deixado na Ucrânia, com certeza que duraria anos para que isso acontecesse.

Saindo dos seus pensamentos, começou a imaginar a Potter Manor e dois segundos depois estavam à porta da casa da mansão. Começaram a andar em direção da porta. Ao chegar à porta, começaram a bater feitos doidos. Ao fim de alguns minutos a bater na porta, uma pessoa abriu a porta. Pelo que sabiam de descrições feitas por terceiros, a pessoa que estava à sua frente era a matriarca da família Potter, Dorea Black Potter.

— Mrs. Potter, por favor ajude-nos. – Começou a falar Evans.

— E vocês são quem? – Disse Mrs. Potter.

— Eu chamo-me Severus Snape, ela é a Petúnia Evans e ele é Regulus Black.- Falou Snape. – Olhe Mrs. Potter, eu sei que nunca me dei bem com o seu filho, mas se não fizer por mim ou pela Evans, faça pelo Regulus. Ele só ficou neste estado porque a mãe dele o apanhou a tentar fugir para a sua casa.

Dorea olhou novamente para o rosto dos três jovens que estavam à sua frente. Se olha-se atentamente para a rapariga loira, poderia encontrar algumas semelhanças com a Lilian. E pelas histórias que o seu filho e o seu sobrinho contavam que o Severus era um potencial Devorador da Morte ou mesmo era um. Mas ao olhar para a cara do seu sobrinho mais novo, lembrou-se da sua filha. Sabia que a sua filha tinha sido torturada durante dias e quem sabe o estado dela conseguia ser pior do que o estado de Regulus. Nunca se iria perdoar por não ter ajudado o seu sobrinho.

— Entrem. – Disse por fim.

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Chiswick House, Londres

Isso cara Devoradora da Morte é o inimigo a aproximar-se. Isto é o vosso inimigo. – Falou soltando uma gargalhada. James e a Força Área tinham chegado mesmo a tempo.

Os Devoradores da Morte olharam-se uns para outros, sem entender verdadeiramente o verdadeiro sentido daquelas palavras. Lord das Trevas recordou-se que nos tempos que estava no orfanato, deves em quanto ouvia-se essas sirenes. As responsáveis pelo orfanato de cada vez que ouviam a sirene mandavam todos para a cave. Houve uma vez que uma menina que deveria ter cerca de dez anos perguntou o que significava essas sirenes. “ Significam que o inimigo se aproxima. Os alemães aproximam-se para nos matar a todos” foi a única coisa que a funcionária respondeu e ninguém nunca mais voltou a perguntar. Uns quatro anos mais tarde, recorda-se ver as funcionárias a festejar um fim de uma guerra qualquer. Como nunca se interessou pela história dos imundos muggles, nunca soube o porque dos alemães estarem a atacar a Inglaterra ou o porque delas terem festejado o fim da guerra, que nunca soube exatamente qual era.

— Pessoal, eu amararia ficar aqui, mas infelizmente estou me a chamar noutro lado do mundo. – Falou Freya – Eu prometo-vos que vos encontro algum dia. Rendez-vous, Mesdames et Messieurs.

Antes que eles pudessem fazer alguma coisa, Freya começou a correr, passando pelos Devoradores da Morte, que ainda não estavam recuperados do choque de ouvir as sirenes. Assim que saiu da casa, aparatou em Londres.

Cinco minutos depois, a Força Área Inglesa bombardeavam a mansão, onde se podia ouvir os gritos das pessoas que estavam lá pressas, seguidos de barulhos típicos de apartação. Enquanto o ataque ocorria, os londrinos continuavam a sua vida, sem imaginar o que estava a acontecer naquela mansão em Londres.