Antes que ele começa-se com a tortura eu tomei um banho e me entreguei a ele, por maior que fosse meu nojo e minha vontade de vomitar eu me segurei. Tinha que fazer a imagem da esposa perfeita.

Ele no inicio estranhou, mas depois achou que eu estava começando a entender o porquê das coisas que ele fazia comigo. Enfim preferi passar exatamente essa imagem para ele.

Fui para a cozinha preparar o jantar. Um jantar especial.

Quando fui preparar o suco joguei um remédio que eu comprei na farmácia depois de tomada a minha decisão. Um remédio que tomado em alta dose provocava infarto.

E como ele nunca desconfiou que eu pudesse fazer algo dessa maneira, bebeu todo o suco e depois disse:

— Que suco bom amor... Fazendo de tudo para agradar seu maridinho? – perguntou ele meio a leves sorrisinhos.

— Tudo para meu maridinho ficar feliz. E tudo feito de maneira muito especial. – eu disse com muito prazer à palavra especial. Fui tão convincente que deveria ganhar o Oscar.

Eu coloquei uma quantidade de remédio, preciso. Queria que ele morresse, mas antes eu queria torturá-lo. Se eu o matasse e deixasse por si só eu estaria traindo a mim mesma. Eu precisava ter o gostinho de mostrá-lo que eu poderia ser bem mais cruel que ele.

Então simplesmente puxe o gatilho

O sonífero que eu havia colocado junto com o remédio, já tinha dado efeito e Julian dormia feito uma pedra. Puxei o corpo dele até uma cadeira e lá eu o amarrei e colei a boca dele com fita isolante.

Fui ate o porão da casa e abri um baú. Lá eu encontrei o revolver do meu pai. Ele era velho, mas estava em bom estado. Para saber se ele ainda funcionava, eu peguei um travesseiro coloquei na frente do cano e atirei no ar.

Para a minha felicidade ele funcionava. Funcionava muito bem. Fucei mais ainda o baú e encontrei uma caixinha lotada de munição.

Desci para a sala, onde Julian se encontrava sentado na cadeira, preso e parecendo um animal caçado. Sorri admirando a imagem. O dia da caça e o outro do caçador.

Peguei água bem gelada e joguei na cara dele. Ele parecia um drogado perdido em meio à multidão. Depois com força arranquei a fita isolante.

Faça uma oração para você mesmo

Ele piscou os olhos para ver melhor já que seus olhos estavam encharcados. Quando meu viu achou estranho. Depois me analisou friamente e viu a arma.

— Kate que brincadeira é essa? Você por acaso está ficando louca? – disse ele em plena ira.

— Não meu querido maridinho. Estou muito consciente do que eu estou fazendo... E do que eu ainda vou fazer. – eu disse irônica.

Vingança é um prato que se come frio... Mas é muito doce.

Dizia o ditado mais perfeito para o meu caso mesmo que o fim eu tenha inventado. Ele percebendo que eu não estava brincando gritou.

— Kate me solte agora! Você acha que me assusta pegando uma arma velha, me amarrando na cadeira e fazendo essa cara feia? Ta enganada. – seu desespero era uma verdadeira comédia para mim.

— Se eu não estou te assustando... Por que você está berrando? – sussurrei em tom de brincadeira. Torturá-lo estava me dando tanto prazer quanto comer chocolate.

Ele diz para fechar os olhos

— Estou nervoso com a sua ousadia. Eu não acredito que me casei com uma louca. – disse ele ferozmente. Suas palavras de nada me afetaram, eu sabia que quem era o louco ou no mínimo o sádico era ele. Somente ele.

Imersa em meus pensamentos nem percebi que o desgraçado estava tentando se soltar. Irritada com suas palavras idiotas, dei um tiro no pé dele.

Ele gritou feito uma criança.

— SUA VAGABUNDA... QUANDO ESSA BRINCADEIRA ACABAR EU VOU MATAR VOCÊ. – gritava, esperneava e se acalmava. Assim ele era.

— Faz o seguinte. Fecha os olhos e prende a respiração. A dor passara mais rápido.

Às vezes ajuda

Fiz um lanche saboroso e comi na frente dele. Torturá-lo estava sendo uma diversão completa. De repente ele me perguntou em meio a gemidos e arfadas.

Continua...