Pov Nikke

Eu nunca pensei que eu encontraria um amigo de verdade. Tom era atencioso, carinhoso, cuidadoso, não me pressionava quando eu hesitava em falar de alguns assuntos, me fazia sorrir e gostava de mim de verdade.

O mês que passou eu quase não pensei nele. Eu sempre tentei me manter ocupada principalmente com coisas que me mantinham fora de casa, algumas pessoas queriam nunca poder se afastar da sua família, já eu fazia o possível para ficar longe dos meus pais. Por que perto ou não era como se eu não existisse pra eles.

Mais quando eu o encontrei no restaurante e depois no parque eu percebi que senti sua falta. Até hoje não atendendo por que.

Afinal só nós falamos uma vez e só nós vimos uma vez. Então como eu posso sentir falta de uma pessoa que eu nem conheço direito¿

Então quando ele não foi ao encontro no outro dia eu fiquei devastada. Eu pensei que finalmente tinha encontrado alguém que gostasse de mim.

Eu só pensava que ele tinha tentando se aproveitar de mim como os outros, que ele tinha encontrado uma garota que daria o que ele realmente queria, ou que ele estava só dando uma de Tom Kaulitz bonzinho que brincava de ser sensível.

Então um dia eu tinha saído cedo da escola e fui caminhando até o parque onde ele não foi me encontrar, eu tinha esperanças de ver ele. Foi quando nós nos encontramos de novo. No momento em que percebi que era ele eu tinha pensando em me fazer de boba, fingir que eu nem me lembra dele e seguir meu caminho.

Mais ele parecia nervoso, cansando, tenso, triste e eu fiquei preocupada. No momento em que ele me reconheceu eu fiquei confusa por ele parecia feliz, quando ele me convidou para dar uma volta eu estava preste a recusar quando ele disse que explicaria o motivo do bolo que ele de em mim.

Eu fiquei tão feliz que nem me incomodei em faltar a minha aula de caratê, se ele queria me dar explicações significava que ele se importava comigo, com o que eu iria pensar das suas atitudes e aquele foi um dos melhores passeios da minha vida. Houve explicações, risadas, comida, um momento tristeza que passou logo, mais somos humanos e temos uma vida para viver.

Quando ele me deixou na minha casa, as malas já estavam na portaria e Sergio já me esperava para me levar até o meu flat.

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Vôvô comprou esse flat pra mim para quando eu não agüentasse freqüentar o mesmo teto que os meus pais, então era só eu vir pra cá e tirar uma folga deles.

Ela mesma escolheu o lugar e decorou. Eu nunca duvidava dos gostos da minha por que nossos gostos eram iguais em qualquer quesito.

Levei as malas para o meu quarto e sentei na cama olhando ao redor. Meu quarto era branco com detalhes preto e vermelho.

http://artezanalnet.com.br/blog/Fotos3/quartoinspirador.jpg - quarto

http://construirseular.com/wp-content/uploads/2010/10/Box-vidro-para-banheiro-abrir.jpg - banheiro

Primeiro eu iria tomar um banho, depois eu iria convidar o Tom para jantar e assistir um filme quem sabe.

Depois de tomar banho, mandei uma mensagem pro Tom e fui fazer nosso jantar.

Eu fiz aulas de culinária quando eu tinha 12 anos, era a aluna mais nova da minha classe e aprendi várias coisas com os professores e até mesmo os alunos. Apesar de eu gostar muito de todos que me ajudavam eu sempre percebia suas segundas intenções nas ações deles e por isso que quando completei o curso procurei não manter contato com ninguém.

Eu estava passando pela sala quando e telefone tocou, era o porteiro dizendo que um garoto chamando Tom Kaulitz queria subir, disse a ele que deixasse ele subir e esperei.

Quando abri a porta e vi Tom as lágrimas na minha frente, senti um aperto no peito e o abracei.

Ele começou a chorar nos meus braços e falava alguma coisa sobre ninguém acreditar nele sobre amigos. Eu fui nos guiando até o sofá e coloquei ele deitado no meu colo fazendo um cafuné nele até que ele se acalmou e contou o que tinha acontecido.

Fiquei surpresa com o que ele contou, por que a briga também envolvia a mim e eu ainda nem conhecia a banda dele. Fiquei com muita raiva do Bill por não ter dado apoio ao Tom e quando ele ligou Tom só fez desligar o celular e jogar longe.

O convenci a comer alguma coisa e depois fomos assistir um filme, ainda estava no meio do filme quando Tom dormiu. Arrumei-o máximo que consegui, peguei um coberto e o embrulhei.

Seu rosto estava suave, tranqüilo. Parecia que ele não dormia a algum tempo, tinha olheiras ao redor dos seus olhos, linhas de cansaço e ele estava um pouco pálido.

Quando levantei para ir pro quarto vi o celular do Tom no chão e me senti um pouco culpada. Bill deveria está preocupado com o irmão, se ele estava bem, onde ele estava e se estava machucado.

Peguei o celular e só o liguei quando já estava dentro quarto.

- Alô – atendi quando o celular tocou imediatamente.

- TOM ONDE VOCÊ TÁ¿ TÁ TUDO BEM¿ - falava Bill desesperado – DESCULPA PELO LANÇE DA GAROTA TÁ BOM ...

- Não é o Tom – falei cortando suas desculpas.

- O quê¿ Quem tá falando¿ - perguntou ele surpreso.

- É a Nikke – disse.

- Nikke¿ A piralha que ele anda se encontrando¿ - disse ele chocado.

- Eu não sou piralha seu idiota – falei com raiva – Uma piralha não ligaria pra dizer que seu irmão está bem, que ele está dormindo e que amanhã eu peço pra ele ligar pra você. Tenha uma boa noite - e desliguei.

Piralha¿ Ele acha o que¿ Só por que ele tem mais de vinte anos já se considera um adulto. Eu concerteza sou mais adulta que ele, concerteza eu não teria agido como ele agiu com o Tom.

Depois de ir checar o Tom pra ver se ele estava confortável eu voltei pro meu quarto e cai na cama. Eu estava cansada, minha aula de educação física hoje acabou comigo, eu sentia as minhas pernas doloridas, os músculos do meu corpo pareciam que tinha sido triturados e assim que deitei na cama cai o sono.