Never Alone
Capítulo 7
Acordei despreocupada no outro dia, era sábado, não tinha escola, nem qualquer outro curso em que eu tenha me inscrito. Fui até a sala e Tom ainda estava dormindo tranqüilo. Resolvi fazer o café para quando ele acordasse.
Fiz algumas panquecas, torradas, suco e tinha ido até a padaria da esquina e comprei uns pães quentinhos.
- Nossa tudo isso é pra mim¿ - perguntou Tom aparecendo na cozinha dando um grande bocejo.
- Sim senhor – falei colocando as panquecas na mesa – Você não comeu quase nada ontem.
- Agora que você me lembrou de ontem estou um pouco envergonhado – olhei pra ele surpresa e ele estava muito corado.
- Por quê¿ - perguntei.
- Bom é ... eu ... é ... sou homem e não devemos fazer ... esse tipo de ... drama – disse ele encabulado.
- Que isso Tom¿ - falei rodeando a mesa a parando na sua frente. Nunca tinha percebido como ele era alto – Eu sou sua amiga.
- Eu sei – disse ele me abraçando de repente – Obrigado por ser minha amiga.
- Obrigado por ser meu amigo também – falei respirando fundo.
- Eu queria poder tomar um banho – disse ele me soltando – Agora que eu me lembrei que não tomei banho ontem, devo está fedendo.
- Não, não está – falei rindo – Tem um sacola com o que você vai precisar ao lado do sofá onde você tava dormindo, eu comprei quando fui comprar pão. Pode usar o banheiro, é a segunda porta a direita seguindo o corredor.
- Obrigado Nikke – disse ele dando um beijinho na minha bochecha e saiu da cozinha.
Senti minha bochecha formigar onde ele me beijou e fiquei parada no meio da cozinha com uma cara de pateta com certeza, até ser despertada pelo barulho da cafeteira indicando que o café tava pronto.
- Obrigada pelas roupas – disse Tom voltando para a cozinha.
- De nada – falei.
Ainda era um pouco estranho ter a presença do Tom na minha vida, eu estava acostumada a solidão, tomar café sozinha, almoçar sozinha, jantar sozinha, viver sempre sozinha, fora os dias que eu passava com a minha avô.
- O que você vai fazer hoje¿ - perguntei sentando na cadeira e começando a tomar meu café.
- Eu não sei – disse desanimado – Não quero falar com o Bill agora.
- Tom você deveria conversar com ele – falei e quando ele abriu a boca para falar eu completei rapidamente – Ele provavelmente está confuso assim como eu.
- O que tem de confuso em alguém ter uma amiga¿ - disse ele.
- A questão não é alguém ter uma amiga, é você ter uma amiga – disse devagar.
- O quê¿ - perguntou ele chocado.
- Me diz como alguém que tem a fama de SexyGott poderia aparecer dizendo que tem amiga – falei frustrada – É claro que todos vão pensar exatamente como a sua banda.
- Eu ... é ... bom – disse ele e suspirou – Só que ele podia ter acreditado em mim.
- Bom ele deve acreditar em você – disse – mais vamos combinar que é um pouco difícil de aceitar.
- Tá bom você tem razão – disse ele sorrindo.
Depois de tomarmos café Tom resolveu ir falar com o Bill, fiquei muito feliz e disse que assim que eles se acertarem é pra ele me avisar.
Eu estava deitada no sofá assistindo televisão quando ouvi meu celular tocar, era Tânia assistente pessoal do meu pai.
- Alô – atendi.
- Dominique seu pai pediu para você representá-lo no baile beneficente dos Carrows, é uma evento de extrema importância para a corporação Macpherson – disse ela profissional como sempre.
- O que eu devo vestir¿ - perguntei.
Eu só aceitei ir por causa daquela única palavrinha, pediu. John Macpherson não pedi nada, ele manda. Então eu faço tudo o que ele me pedi para não ter que ser mandada. E isso acontece muito raramente, então não vejo razão para negar um pedido do meu pai.
- Não precisa se preocupar eu já arrumei tudo, também reservei uma hora no salão Palmer para você tiver que fazer tudo o que tiver que fazer e um carro está esperando por você em frente ao seu flat – disse.
- Salão Palmer é – falei espantada – Que chique.
- Seu pai sempre dar o melhor pra você – disse ela.
- As vezes o melhor não é o bastante – falei seca – Tudo bem Tânia, mande Sérgio vir me pegar aqui pra me levar até o salão.
- Tudo bem quando você chegar seu vestido já vai está ai, assim como a equipe para fazer seu cabelo e sua maquiagem – disse ela.
- Ok! – disse e desliguei.
Suspirei e fui até o quarto trocar de roupa. Odeio esses eventos, é sempre cheio de puxa-saquismos, gente me apresentando seus filhos, netos, sobrinhos, para ver se não conseguem viram os próximos sócios da corporação Macpherson.
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