Cheguei em casa, ou na casa do Tom, subi direto pro quarto, tirei toda a roupa e tomei um susto ao ver a minha virilha toda vermelha e ardia muito. Peguei o celular e liguei rapidamente pra doutora Sullivan.

Ela disse que provavelmente eu esteja assada. Nossa ainda bem que eu não estava tendo essa conversa cara a cara, pensei, enquanto ela receitava uma pomada que me deixaria nova em folha em poucos dias. Assim que encerrei a ligação liguei pro Tom.

- Oi amor – disse atendendo no segundo toque.

- Você vai demorar muito pra chegar¿ - perguntei.

- Não! Por que aconteceu alguma coisa¿ - disse ele agitado.

- Bom na verdade aconteceu – falei com um pouco de vergonha – Será que você poderia passar na farmácia e compra uma pomada pra ... assadura¿

- Ok! – disse normal – Nos vemos daqui a pouco. Tchau.

- Tchau – falei desligando o celular e tentando não pensar na vergonha de pedir isso pro Tom.

Tomei um banho e vesti um vestido. Só um vestido mesmo por que estava fora de questão eu vesti uma calcinha, eu não agüentaria.

Deitei na cama contemplando a caixinha com a rosa dentro e me lembrando da Anne. Ela é legal, tímida, simples e cada palavra que saia de sua boca parecia ser sincera. Ela daria uma boa amiga! Mais será que estava pronta pra baixar minhas defesas¿

Eu estava tão perdida em pensamento que não ouvi Tom entrar no quarto, só fui notar sua presença quando senti a cama afunda ao meu lado e seus braços fortes me puxarem contra seu corpo.

- Oi – disse ele dando um beijo no meu pescoço.

- Oi – falei sorrindo me virando de frente pra ele e lhe dei um beijo.

- Como você está¿ - perguntou ele assim que nos separamos.

- A coisa tá feia – falei baixando a cabeça corando.

- Não precisa ter vergonha amor – disse ele beijando minha testa – Isso é normal, nas mulheres pelo menos.

- Eu sei a doutora disse – falei suspirando – Só que não deixa de ser constrangedor.

- Trouxe sua pomada – disse ele balançando um saquinho.

- Valeu – falei pegando o saquinho da sua mão e fui até o banheiro.

À medida que eu passava a pomada pela pele sensível eu já sentia certo alivio. Sai do quarto e Tom continuava na mesma posição só que agora estava segurando o presente da mãe da Anne, então fui deitar ao lado dele.

- Tá melhor¿ - perguntou ele acariciando minha coxa que eu tinha colocado sobre o seu quadril.

- Aliviou um pouco – falei.

- O que é isso¿ - perguntou ele mostrando a caixinha.

- Foi um presente da mãe da Anne, ela disse que contou o que eu tinha feito por ela, então ela fez isso como forma de agradecimento – respondi.

- É muito bonito – disse ele admirado - Tá com fome¿

- Sim – respondi – Só que eu não fiz o almoço hoje.

- Eu sei – disse ele sorrindo beijando minha testa e nós levantou da cama – Pedi comida num restaurante e já deve ter chegado.

- É Tom ... eu não posso ir lá pra baixo – falei me soltando do seu agarre.

- Por que¿ - perguntou ele confuso.

- Eu tô sem calcinha – falei sussurrando.

- E o quê que tem¿ - perguntou ele como se não fosse grande coisa.

- Eu não vou ficar andando por ai sem calcinha – falei revoltada.

- Mais você tá de vestido – disse ele.

- Mais ainda continuo sem calcinha – falei cruzando os braços – Eu vou comer no quarto.

- Arg ... deixa eu ir lá embaixo ai eu trago pra você – disse ele saindo do quarto resmungando sobre não entender a cabeça das mulheres.

Eu é que não entendo a cabeça dos homens. Onde já se viu andar sem calcinha numa casa cheia de homens¿

Tom voltou alguns minutos depois com uma bandeja com o meu almoço, me deu um selinho e desceu de novo pra comer o seu almoço. Enquanto comia liguei a TV e comecei a assistir um filme qualquer.