A noite do outro dia levamos a senhora Macpherson até o aeroporto. Nikke chorou um pouco e dona Victória me disse para cuidar bem dela, que ela precisava muito de mim. Assim como eu preciso dela.

Na volta do aeroporto passamos no flat dela, pegamos uma mala pequena mala de roupa e fomos para a minha casa.

- Nikke por que você não se muda pra cá de vez logo¿ - perguntou Bill durante o jantar.

- Isso é só pra você não ter que comer comida de lanchonete todo dia¿ - falei sorrindo.

- É claro que não – disse ele se fazendo de ofendido.

- Sei – falei desconfiada.

- Então¿ - insistiu ele.

- Acho melhor não – falei – Isso poderia criar problemas pra vocês.

- Que tipo de problemas¿ - perguntou Tom confuso.

- Você ser acusado de pedofilia – falei calma.

- O quê¿ - disse ele chocado.

- É claro Tom. Assim que a informação de eu está morando aqui e de nós estamos juntos vazar vai ser a primeira coisa que todos vão publicar. “ Tom Kaulitz pedófilo” – falei.

- Bom eu não tinha pensado nessa parte – disse Bill culpado.

- Esse era um dos motivos do por que eu deixar nossa amizade em segredo. Assim como seus próprios amigos e irmão não acreditaram de primeira na nossa amizade muitos também não vão acreditar – Bill assentiu concordando – mesmo que eles tivessem um pouco de razão. Mais eles acompanharam nossa história desde o começo e os outros não.

- E quando é que eu vou poder sair para um lugar público com você¿ - indagou ele.

- Me dá 2 meses – falei pra ele.

- Por quê 2 meses¿ - perguntou ele.

- Meu aniversário é dia 7 de agosto – falei.

- E você vai fazer 15 anos certo¿ - falou Bill.

- Certo – assenti.

- Quem vai organizar¿ - perguntou Tom.

- Minha mãe é claro – falei suspirando – Vai ser uma festa daquelas que toda garota queria ter, mais se dependesse de mim não iria ser assim. Mais estamos falando da minha mãe e ela nunca da mínima pro que eu quero ou deixo de querer.

- E como seria a festa ao seu gosto¿ - perguntou Tom.

- Seria só uma festa intima sabe¿ Vocês, minha avô, alguns amigos dela que praticamente me viram crescer – falei sorrindo - Seria ótimo.

Pena que ela teria que ficar só na minha imaginação. Joanna macpherson jamais perderia a chance de esbanjar o dinheiro do meu pai.

Quando deu 10 hrs eu fui dormir, amanhã era segunda e eu ainda estudo.

***

Um mês passou depressa pareceu que tinha sido a poucos dias que eu tinha me reconciliado com o Tom, larguei alguns cursos já que agora eu passava mais tempo na casa dele do que na minha. Ia na minha casa pelo menos uma vez por semana só pra dizer que eu ainda morava lá. A nossa relação estava começando a esquentar, nossos beijos estavam mais cheios de paixão, as vezes tínhamos uns amassos tão arrasadores que quando eu ia ver eu estava sem blusa e então ele parava. Eu estava praticamente subindo pelas paredes, como disse a minha avô quando contei a situação. Eu não tinha medo de me entregar a ele, mais acho que ele é que tinha medo de se entregar a mim, as vezes Tom dava a impressão de que ele me via como uma criança.

Vôvô ligava todo dia pra saber como eu estava. Meus pais como sempre nem notavam minha ausência ou só não ligavam mesmo. A escola continuava do mesmo jeito, Stacy e Paola tocando o terror, mais parecia que a diretora adivinhava quando ela iriam aprontar que chegava bem na hora e pegava elas no flagra sem tempo para desculpas.

Quando o despertador, desliguei o mais rapidamente para não acordar o Tom que só fez virar pro lado gemendo e voltou a dormir.

Quando cheguei na escola, foi tudo normal. Ninguém falou comigo, ninguém sentou comigo na hora do intervalo. Quer dizer as vezes é ruim ver algumas garotas que tem amigas de verdade, coisa rara mais acontece, contar quando estão afim de gatinho do time de futebol, contar sua felicidade, suas angustias ...

- Com licença – disse uma garota muito corada parando na minha frente – Posso me sentar aqui ... é que não tem mais nenhuma mesa vazia.

- Claro – falei. Ela devia ser nova por que eu nunca tinha visto ela por aqui e pelo jeito ela não era igual as outras. O cabelo precisava de uma hidratação, as unhas estavam com o esmalte desgastado e ela não parecia à vontade. Ela me lembrava a mim mesma, muitas vezes eu me sinto perdida no mundo que vivo fora as vezes que eu estou com o Tom ai eu sinto que estou no lugar certo.

Ela sentou, colocou uma sacola em cima da mesa e de lá tirou dois sanduiches embrulhados em sacos plásticos e uma garrafinha de suco.

- Ounw olha só gente – disse Stacy parando ao lado da nossa mesa chamando a atenção de todos no refeitório – A novata nerd não tem dinheiro pra compra nem o que comer. Então como é que você acabou estudando aqui¿ - disse ela fazendo uma cara de pensativa e respondendo a própria pergunta – Há é ela ganhou uma bolsa por que a mãe dela é faxineira no colégio.

Algumas pessoas riram e a garota na minha frente baixou a cabeça.

- Ainda humilhando os mais fracos pra se sentir importante Stacy¿ - falei dando uma mordida na minha maçã e o refeitório caiu em silêncio total. Stacy estreitou os olhos em minha direção e a garota levantou a cabeça espantada.

- E você virou defensora dos pobres agora Macpherson¿ - rebateu ela com desdém.

- Não – falei despreocupada – É que você acha que ser faxineira é tão decadente mais eu acho que nem isso você poderia ser já que você é tão inútil.

O refeitório inteiro caiu na gargalhada e Stacy parecia que iria voar em cima de mim a qualquer momento.

- Senhorita Nate – disse a diretora Brummer entrando no refeitório – Na minha sala agora.

Stacy deu um olhar fulminante pra mim e seguiu a diretora pra fora do refeitório.

- Obrigada – disse a garota a minha frente. Ela estava um pouco pálida mais já estava voltando a sua cor normal.

- De nada – falei pegando minha bandeja, joguei o lixo fora e depois fui pra minha sala.

As alfinetadas entre eu e Stacy ou Paola era uma coisa cotidiana, ninguém comentava mais. Soube que Stacy tinha pegado uma detenção e ficaria na escola depois da aula para ajudar em trabalho doméstico, não era nada pesado ou nojento, pelo o que eu ouvi ela só iria arrumar as cadeiras e limpar os quadros. Mais para a Stacy isso era com lavar banheiros públicos e concerteza ela iria fazer o maior barraco quando chegasse em casa. Coisa que não daria em nada por que o pais não interferem nos castigos que acontecem dentro da escola, por que se se interessassem isso daria manchete e se os repórteres aprofundassem na noticia todos iriam saber que a elite de Los Angeles é tão suja quanto um mendigo na rua. Acho que os mendigos são mais limpos.

A manhã passou devagar, conhecemos o novo professor de Física, Profº Jonas, as garotas de toda a escola praticamente babavam em cima dele e ele parecia gostar disso. Pelos corredores da escola só se ouvia falar que ele era muito gato, muito gostoso ... um verdadeiro deus grego. Pra mim ele era só um homem normal, afinal eu já tinha o meu deus grego.

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Eu estava no carro indo embora pra casa, vi o carro da Paola virar entrando numa rua quase deserta e vi a garota do refeitório andando um pouco na frente. Concerteza ela iria dar uma lição na garota pela irmã.

- Sérgio entra na outra rua e depois volta pela a que agente passou – falei pra ele.

Me senti culpada pela garota, afinal foi eu que chateie a Stacy, mais como uma Macpherson vale mais que uma Nate a corda ia arrebentar pro lado mais fraco.

Quando o carro virou pegando a rua deserta vi Paola parar o carro ao lado da garota na calçada e desceram Britanny e Livia, as puxa saco das Nate.

O pai da Livia era sócio na empresa do pai da Stacy, eles se davam bem já que eram da mesma laia assim como a filha.

http://2.bp.blogspot.com/_FdSeYZNtoaU/Sst3ZdrjZOI/AAAAAAAADC0/FV2k8I2v6aw/s400/morena2.jpg - Livia.

Britanny era a nerd do grupo que fazia os trabalhos de todas. A mãe era arquiteta e o pai ela nunca conheceu. Não sei como ela acabou amiga da Stacy, ela é inteligente, bonita mais pelo o que eu percebi nenhum pingo de caráter.

http://2.bp.blogspot.com/-Tp4CcV1DUYQ/TmCCb1-hXWI/AAAAAAAAAMA/rnyGJMxG4Tw/s1600/mulheres+inteligentes+e+sexys.jpg - Britanny

- Típico – falei debochada – 3 contra uma. Vai mais rápido Sérgio.

Paola agarrou a garota pelo cabelo e a jogou no chão. Quando elas viram o carro parar olharam assustadas, mais o medo se transformou em deboche quando viram que era eu.

- Fica Longe dela Paola – falei saindo do carro. Minhas mãos estavam coçando a muito tempo pra dar uns bons tapas nessas vadias.

- Bem que a Stacy falou que você virou defensores dos pobres agora – disse ela debochada.

- Levanta e entra no carro – falei pra garota. Ela pegou a mochila velha e correu pra dentro carro.

- Já que você atrapalhou a lição que íamos dar nela – disse Paola vindo pra cima de mim – Vai ser em você mesmo.

Ela levantou a mão pra me dar um tapa na cara mais eu bloqueie. Eu já fiz aula de tudo quanto é tipo de luta e uma patricinha metida a valentona não chega nem a ser uma briga de verdade.

Quando eu acabei com elas, Livia estava com o lábio sagrando, Britanny sangrava pelo nariz e Paola fazia caretas por causa do do pulsoo torcido.

- Se metam com ela de novo e ai vocês vão ver o que é apanhar de verdade – falei friamente e entrei no carro.

- Você podia ter se machucado Dominique – disse Sérgio. E isso me surpreendeu já que ele quase não falava diretamente comigo.

- Quem se importa¿ - falei olhando pela janela.

- Imagino que o Tom deva se importa – disse ele misterioso.

- Eu sei me cuidar – falei bufando.

- Deu de perceber – falou ele e depois não disse mais nada.

- Obrigada mais uma vez – disse a garota ao meu lado. Já tinha até esquecido dela.

- De nada – falei ainda olhando pela janela – Onde você mora¿

Ela deu um endereço da parte pobre da cidade. Era um bairro humilde, onde só viviam pessoas com trabalhos como o da mãe dela e outros mais.

- Eu sou Anne – disse ela.

- Dominique – alei me virando para olhar pra ela. Até que ela não era nada feinha, olhos azuis, cabelos escuros, pele branquinha.

http://img.filmous.com/static/people/67953/photo.jpg - Anne

- Prazer - disse ela estendendo a mão. Olhei a mão dela por alguns segundos até eu esticar a minha tocar a sua.

O resto do caminho foi em silêncio, quando chegamos até o lugar onde ela morava vi várias vizinhas bisbilhoteiras espiando através das janelas de sua casa.

- Obrigada de novo – disse ela abrindo a porta.

- De nada – falei dando um sorriso pequeno. Até que ela era legal, não ficou tentando puxar assunto e não demonstrou nenhum interesse pelo meu sobrenome iguais as outra pessoas.