Pov. Tom

As coisas iam bem, eu conseguia disfarça o meu desejo pela Nikke que só fazia crescer ainda mais, só que de uns tempos pra cá eu estava começando a duvidar que seja só isso mesmo. Sinto coisas estranhas quando chego perto dela, meu coração bate rápido, sinto uma coisa estranha no estomago quando olho nos seus olhos, fico arrepiado com o seu toque e uma vez eu fui com uma garota pra cama só por que ela tinha os olhos parecidos com os da Nikke. Agora nem isso eu consigo mais.

O rosto dela toma conta da minha mente e é como se eu a tivesse ... traindo.

As vezes eu conseguia me controlar e as vezes não. Então eu dava um jeito de sair de perto dela e ia direto tomar um a banho frio.

Principalmente quando ela dormia na minha casa. As vezes ela usava uns pijamas muito curtos que me faziam ter pensamentos nada puros.

Eu gostava de ter ela ao meu lado, eu confiava nela e principalmente Bill aceitava ela. Ele sempre dizia que eu só namorava ou pegava vagabundas.

Eu tinha medo de perde-lá e acho que ela sentia a mesma coisa.

Às vezes eu a pegava com o mesmo olhar triste de antes de eu a conhecer. Quando perguntava o porquê ela dizia que era problemas em casa, mais eu sentia que havia mais alguma coisa.

- Senhor Kaulitz – disse o doutor chamando minha atenção – Acabou.

- Está bem agora¿ - perguntei olhando a Nikke ainda dormindo.

- Sim – disse ele me tranqüilizando – Vamos transferi-la para um quarto agora.

Depois de trocar de roupa, liguei pra avó dela e disse que já estava tudo bem.

- Obrigada querido – agradeceu.

- De nada senhora Macpherson – falei e desliguei. Apesar de nunca termos nos visto ela é legal comigo.

Sentei na cadeira e me lembrei do dia do seu acidente. Quando sai do banheiro e vi Nikke deitada na minha cama com aquela coisa no joelho fiquei alguns segundos sem respirar, passou tanta coisa pela minha cabeça. Que alguém tinha descoberto agente e uma fã a atacou, com um carro, sei lá. Faltou pouco pra mim entrar em pânico, então quando olhei em seu rosto, ela estava calma, relaxada e tinha um sorriso pequeno nos lábios. Fiquei alguns segundos apreciando aquela visão até me lembrar de que eu estava só de toalha, não iria correr o risco de chegar perto dela só com isso.

As vezes nós ficamos olhando um pro outro como se conseguíssemos ver a alma um do outro, então ela corava e baixava a cabeça sorrindo.

Teve uma vez que eu cheguei a me inclinar na direção dela, e parecia que ela fazia a mesma coisa, até que ouvimos baterem na porta e nós afastamos rápido.

Quando acontece coisas que nós deixam envergonhados não falamos sobre o assunto. Simplesmente agimos como se nada tivesse acontecido para não ter mos momentos constrangedores ou escutar algo que não queremos ouvir, eu acho.

Nikke acordou alguns minutos depois de a colocarem no quarto, ela estava sonolenta confusa, mais o doutor disse que era normal.

- Eu volto mais tarde pra ver como ela está – disse ele e saiu.

Puxei a cadeira até ficar ao lado dela e segurei sua mão.

- Oi – disse ela com a voz fraca.

- Oi – falei sorrindo – Como se sente¿

- Enjoada – falou ela dengosa.

- Não se preocupe amanhã você sai daqui – falei sorrindo.

A noite eu fui pra casa e no outro dia eu iria buscar ela. Nikke ficaria aqui em casa, já que lá na casa dela ninguém dava a mínima pra ela e ela ainda precisava de cuidados. O doutor disse que ela deveria ficar sem fazer esforço, andar, carregar coisa por pelo menos duas semanas até os pontos se curarem.

- Aff ... não agüentava mais aquele lugar – disse Nikke quando chegamos em casa. Eu a carregava no colo e o motorista dela vinha atrás carregando sua pequena mala e as muletas que ela ainda teria que usar.

- Pode deixar a mala lá em cima – falei a ele - É a ultima porta no fim do corredor a esquerda.

- Sim senhor – disse ele subindo as escadas.

- Seja bem vinda Nikke – disse Bill. Os rapazes estavam na sala e fizeram uma pequena recepção pra ela.

- Obrigada gente – agradeceu ela enquanto eu a colocava sentada no sofá com a perna esticada encima da mesinha de centro.

- Nós compramos uma coisa pra você – disse Georg e foi até a cozinha voltando com um bolo todo melecado de chocolate.

- Corta logo um pedaço pra mim Tom – disse quase pulando do sofá.

- Calma – falei pegando a faca – Não fica pulando ai que nem uma doida que os seus pontos podem abrir.

Dei o pedaço de bolo a ela que começou a comer igual uma desesperada, como se nunca tivesse provado chocolate na vida.

- Aquela comida de hospital é mais ruim do que parece – disse ela quando Georg perguntou o por que do desespero.

Depois da segunda fatia de bolo Nikke disse que já estava satisfeita. Ficamos na sala conversando e brincando. Os rapazes já estavam acostumados a presença dela e também aceitaram o fato de que nosso relacionamento era só amizade mesmo.

Só que agora quem tem duvida disso era eu.