Pov Tom

Depois da vergonha que eu passei indo chorar no colo da Nikke por ter brigado com a minha banda eu fui pra casa, tive uma conversa muito séria com os garotos e tudo ficou resolvido. Percebi que eles ainda tinham certas duvidas mais quem sabe o tempo pode convencê-los.

A noite saímos pra comer uma pizza e qual foi a minha surpresa ao ver a Nikke entra na mesma vestida como se tivesse acabado de sair de um baile de princesa. Mais vi seus olhos triste e fui até lá conversar com ela.

Chamei ela e Tânia pra sentar com a gente. Ela sorria vendo nossas brincadeiras, seus olhos adquiriram um brilho de vida e felicidade. Quando fui levar ela em casa vi ela olhando para o prédio dela e um pouco desse brilho se apagou. Então a convidei pra dormir na minha casa, foi um pouco estranho ter uma garota no meu quarto, nenhuma garota nunca tinha nem botado os pés na minha casa, isso por que na minha opinião levar uma delas na minha casa é uma coisa muito intima pra mim, além disso Bill me mataria.

Acordei no meio da noite com ela pulando em cima de mim, estava chovendo e ela tinha medo de trovões. Senti seu corpo tão próximo ao meu comigo só de cueca me fez sentir um corrente de desejo passar pelo meu corpo mais que eu tratei logo de esmaga - lá, eu não podia, não com a Nikke.

Quando começou a chover de novo eu fui até o quarto e vi ela roda enrolada no lençol com o travesseiro sobre a cabeça. Respirei fundo e fui até ela a abraçando fazendo-a se acalmar.

Quando ela dormiu fiquei um bom tempo olhando seu rosto calmo, relaxado, sem tristeza. Eu acariciava sua face com as pontas dos dedos, mais quando cheguei os seus lábios rosados e cheio senti a mesma corrente de desejo passar pelo meu corpo e consegui esmaga - lá mais uma vez. Mais isso me fez pesar por quando tempo eu iria conseguir mante-lá por controle¿ Quando tempo até eu começar a demonstrar as reações que ela me causa¿ E o mais importante será que ela me corresponderia¿ Foi pensando nisso que eu adormeci.

Na manhã seguinte foi bem diferente das outra, tomamos um café da manhã normal feito por ela, depois eu a ajudei a fazer o dever de casa e isso me fez lembrar de mais um motivo para parar meu desejo por ela. Nikke era só uma criança.

Depois do almoço maravilhoso que a Nikke fez voltamos todos pra sala satisfeitos.

- Nikke se você fosse alguns anos mais velha eu casava com você – disse Georg esparramado no sofá.

- Como se ela fosse querer alguma coisa com você¿ - falei brincando pra disfarçar, por que vi Bill me analisando e a minha resposta pareceu convencê-lo.

- Por que ela não iria¿ - perguntou ele – Eu sou bonito, gostoso, famoso e rico.

- Esqueceu de dizer que tem o cabelo mais lindo que eu já – disse Nikke sorrindo.

- É isso ai – disse ele jogando o cabelo.

- Nossa isso foi gay – disse Bill fazendo todos rirem.

- Nossa deu sono agora – disse David bocejando – Eu vou pra casa e não esqueçam que amanhã vocês têm gravação as nove.

- Tchau David – disseram todos.

- Eu também vou me retirar aos meus aposentos – disse Bill todo educadinho. Gay.

- Eu também – disseram Georg e Gustav.

- Nossa vocês só sabem dormir – falou Nikke.

- E comer – falou Bill subindo as escadas.

- Você também vai dormir¿ - perguntou ela pra mim.

- Eu tó com um pouco de sono – falei me espichando – Só que não vou deixar você sozinha.

- Vai dormir Tom – disse ela sorrindo – Eu arranjo alguma coisa pra fazer.

- Não, vou ficar com você – disse teimoso.

- Tudo bem – disse ela – Que tal um filme?

Saquei a jogada dela mais concordei. Nikke colocou Aliens x Predador, era um filme legal mais eu não consegui ficar acordado para assistir até o final.

Acordei ouvindo som de violão e uma voz de mulher cantando.

Percebi que era Nikke, a porta da sala de música estava entre aberta e eu fui até lá. Não sei qual era a música mais era muita bonita e na voz da Nikke ficava mais linda ainda.

http://www.youtube.com/watch?v=lkRyuzfZ1iw – Eu pensei na voz da Nikke como dessa garota. O nome dela é Kasia Popowska é uma cantora polonesa que manda super bem como vocês podem ver.

- Nossa ela canta bem – disse Bill chegando do meu lado.

- Ela disse que cantava um pouquinho – falei abrindo a porta devagar. Ela estava sentada numa poltrona que dava de frente pra rua tocando meu violão.

- Isso não é um pouquinho – disse Bill.

- Não mesmo – disse.

Quando acabou Nikke ficou sentada segurando o violão e não se mexeu por um bom tempo. Até que ela levantou deixou o violão na poltrona e se virou dando de cara com eu e o Bill.

- Estão me espionando¿ - perguntou ela fingindo está brava.

- Sua voz é linda – disse Bill.

- Valeu – falou ela sorrindo.

- Pensei que você cantasse só um pouquinho¿ - perguntei.

- Isso foi só um pouquinho – disse ela.

- Eu queria ter um pouco do seu pouquinho – disse Bill.

- Concerteza – concordei.

Ela corou um pouco e sorriu triste.

- Eu tenho que arrumar minhas coisas – disse ela passando por nós.

- O que¿ - Perguntei surpreso.

- Eu tenho que ir pra casa – disse pegando o laptop do sofá – Amanhã é segunda e eu tenho aula.

- Há ... é mesmo – falei me lembrando que ela não mora aqui. Sua presença aqui parecia certa, como se nós sempre tivéssemos vivido juntos.

- Quem é que vai cozinhar pra nós agora¿ - disse Bill desesperado.

- Deixa de ser abusado – falei dando um peteleco nele.

- Já pensaram em contratar uma empregada¿ - perguntou ela.

- Não confiamos de deixar nossa casa nas mãos de uma estranha – falei me jogando no sofá.

- Você pode pelo menos fazer o jantar¿ - implorou Bill de mãos juntas com carinha de cachorro pidão e tudo.

- Claro – disse ela sorrindo e subindo as escadas.

- Cara por que você não conheceu ela antes – disse Bill se jogando ao meu lado.

Você é muito folgado Bill – falei ligando a TV em um canal de fofoca.

... Doou 1 milhão de dólares para os Hospital Saint Pain, que atende várias pessoas de baixa renda com câncer de todos os tipos. O novo prédio terá o nome Macpherson”.

- Nossa essa cara deve nadar no dinheiro – disse Bill.

- Ele é podre de rico – falei.

- Você o conhece¿ - perguntou ele espantado.

- Não – falei mudando de canal – mais nós conhecemos a filha dele.

- O quê¿ - disse ele surpreso.

- Alexandra Dominique Macpherson – falei.

- Tó aqui – disse ela do alto da escada respondendo a pergunta do Bill.

- O quê¿ Você é uma Macpherson¿ - disse Bill exaltado.

- Sou por que¿ - disse ela descendo as escadas.

- Então você é neta da Victória Macpherson¿ - perguntou Bill.

- Ai – gritei quando Bill me deu um tapa na nuca – Tá doido Bill.

- Por que você não me contou¿ - disse ele com raiva.

- O quê¿ - perguntei passando a mão na minha nuca que estava ardendo.

- Que ela é neta da minha idola – disse ele sonhador.

- Pra você não agir exatamente assim – respondi – Como uma fã maluca.

- Eu não tó agindo como um fã maluca – rebateu ele ofendido.

- Tá sim – disse.

- Tô não.

- Tá sim

- Tô não

- Tá sim

- CHEGA – gritou Nikke – Nossa vocês são mais crianças que eu. Vou fazer o jantar e espero não ouvir mais um pio sobre essa história.

- Fiquei com medo dela agora – disse Bill olhando ela ira pra cozinha.

- Deixa de ser marica – falei pra ele.

- Eu não sou marica – falou ele.

É sim.

Sou não.

É sim.

Sou não.

- EU DISSE NEM UM PIO – gritou ela da cozinha.

Bill fechou a boca e se encolheu no sofá.

- Marica – falei baixinho voltando a assistir TV.

- Não sou não – respondeu ele.

- TOM – gritou ela.

- Tá parei parei – falei rindo.