P.O.V. Cléo.

A lua cheia está chegando e isso é extremamente preocupante. Quer dizer quando estamos em casa não tem problema, mas aqui é outra história.

Não temos equipamento necessário para sobreviver a essa lua cheia e estamos hospedadas em um hotel.

—O que foi? Qual o problema?

—A lua cheia está chegando e não estamos preparadas!

—Relaxa vai dar tudo certo.

—Se quando estamos preparadas e o Léo está junto pra nos ajudar acaba mal imagine se não estivermos!

—Relaxa, Cléo vamos nos sair bem.

—Ela meio que tem razão Drica. Não estamos preparadas e tem grandes chances das coisas saírem do controle.

—Desta vez temos vampiros indestrutíveis e super bruxas pra nos ajudar.

—Eles vão se ferir! Machucamos o Léo em Mako naquele dia.

—Eu me lembro tá. Acho que nunca vou esquecer, mas o Léo é só um reles mortal eles não são.

—Posso saber qual o motivo da gritaria?

—É que a lua cheia está chegando senhor Mikaelson e estamos totalmente despreparadas. Temos medo de acabar matando alguém.

—Por favor, me chame de Klaus.

—Certo. Estamos ferradas Klaus, não temos sacos de dormir e nem cortinas escuras.

—Podemos arrumar sacos de dormir.

—E quanto ás cortinas?

—Vamos dar um jeito Cléo. Sempre sobrevivemos a lua cheia e nunca matamos ninguém.

—Ainda.

—Ai, vira essa boca pra lá Cléo! Posso ser muitas coisas, mas não sou assassina.

Enquanto isso no quarto do Elijah...

P.O.V. Cassie.

Estamos os dois deitados na cama e ele está fazendo um cafuné delicioso no meu cabelo.

—Acho que daqui a pouco vou acabar dormindo.

—Então durma meu amor. Eu prometo que vou estar aqui quando acordar.

—Tá bem. Não vá embora.

—E pra onde mais eu poderia ir?

Deixei o sono me levar e em segundos estava no reino de Morfeu.

Tudo estava bem até os sonhos começarem. Era como estar dentro de um livro de histórias só que era real.

Muito real. No último sonho ele estava lá, com a taça de vinho envenenada nas mãos e ao contrário do que aconteceu de verdade, desta vez ele estava com um sorriso macabro no rosto.

—Beba, meu bem. Ajuda a dormir.

—Obrigado senhor Ramsley.

—Disponha Milady.

Por mais que eu gritasse para que ela não bebesse o vinho, por mais que eu gritasse:

—Não! É veneno!

Ela não me escutava e quando finalmente ela morreu o mordomo olhou diretamente nos meus olhos e disse:

—Eu vou voltar pra te buscar. Milady.

Acordei gritando, meu rosto estava encharcado de suor. A face maligna daquele homem ainda rondava minha mente.

—Cassie? Cassie o que aconteceu?

—Ele está vindo. Ele vai me pegar, vai me pegar de novo.

—Ele? Ele quem?

—Ramsley.

—Ele está morto. Morto mortinho.

—E daí? Ele pode tipo, ser uma alma penada ou um zumbi.

—Eu o enterrei Cassie.

—Onde?

—Porque quer saber?

—Eu preciso saber.

—Entre dois carvalhos aqui mesmo nessa propriedade.

—Ótimo. Eu vou sair preciso comprar querosene.

—Querosene?

—Isso. E sal, vamos precisar de sal.

—Pra que?

—Temos fósforos?

—Sim.

—Muito bom. Eu vou sair e volto logo.

P.O.V. Elijah.

Cassie saiu pra comprar querosene. Pra que diabos ela iria querer querosene?

Quando voltou estava com um galão de querosene em mãos e um enorme pacote de sal grosso.

—O que vai fazer com isso?

—Onde está a pá?

—Uma pá? Pra quer uma pá?

—Ora, pra cavar. Pra que mais eu iria querer uma pá.

—Atrás da porta dos fundos.

—Obrigado.

—Cassie o que vai fazer?

—Impedir que aquele miserável volte.

Ela prendeu o cabelo, vestiu um macacão jeans velho e botas de borracha.

Levou tudo o que comprou e a pá para fora e procurou pela propriedade até encontrar o pequeno crucifixo que marcava o lugar onde enterrei Ramsley.

—Te achei, seu filho da mãe.

Cassie meteu a pá na terra e a fincou bem fundo empurrando-a com o pé. E cavou durante horas até chegar ao caixão. Depois, pulou dentro da cova, arrancou a tampa e jogou-a longe.

—Hora de ir pro inferno.

Ela salgou o corpo, com o saco de sal inteirinho e mais um pouco de sal fino, depois jogou todo o querosene do galão sobre o monte de sal, riscou um fósforo e disse:

—Saionará otário.

Infelizmente o fósforo apagou antes de chegar ao corpo.

—Filho de uma hiena engasgada! Phasmathos Incendea!

Finalmente o corpo pegou fogo. As chamas foram tão altas que explodiu.

—Corre! Vai explodir!

Então, bum!

—Agora sim. Não vai mais voltar.

—Como pode saber?

—Para se manter nesse plano, os espíritos precisam de algo para ancorá-los.

—Interessante. Uma âncora para um espírito.

—Isso mesmo. Aprendi isso assistindo Supernatural.

—Um programa que ensina sobre espíritos?

—Isso, e demônios, wendigos e outras coisas mais. Os irmãos Winchester me ensinaram a salgar e queimar os ossos que geralmente são usados como âncora pelos fantasmas.

—Sério, ele sempre me deu medo. Parecia assombração, eu olhava para o lado dois minutos e quando eu voltava a olhar para o outro lado ele estava lá.

—Eu posso imaginar. Você era demasiado distraída.

—Isso não quer dizer nada. Ele nunca batia na porta, simplesmente aparecia do nada.

—Bom, imagino que depois de ser assassinada por ele deva ter ficado traumatizada.

—Ele era do mal. Vai por mim, ele era do mal.