Mês de Novembro

Capítulo 11 - Ele me chamou de louca.


Michelle chegou na porta da garagem e estampou um enorme sorriso ao ver Frank sentado numa poltrona todo cabisbaixo.

- é ele! Ele está aqui! – disse baixinho toda contente. – Frank. – ela chamou ele que olhou pra ela e fez cara de quem não a conhecia.

- oi. – disse querendo ser simpático.

- oi. – e ela riu toda boba depois se aproximou. – tudo bem com você?

- mais ou menos.

- sei...E você já conversou com ela depois da festa?

- ela quem?

- a Jamia.

- Jamia? Como sabe de tudo isso? Já estão em todos os jornais?

- ah! Engraçadinho, vai me dizer que não lembra que me contou?

- você é maluca? – perguntou ele assustado.

- Frank! – disse abismada. – sou eu. Michelle.

- Michelle? Eu te conheço? Desculpa, mas...Eu não me lembro de você.

- o que? Mas na festa nós nos conhecemos e...Já sei. Agora você vai lembrar de mim. – e ela o agarrou dando um beijo nele.

- você pirou? – e ele assustado a empurrou.

- não gostou?

- lógico que não. Eu estou apaixonado, e não é por você e mesmo que eu não estivesse apaixonado eu nem te conheço. – e ela fez uma cara de decepcionada.

- não foi isso que você disse na festa quando me beijou.

- você está louca? Eu nunca beijaria outra pessoa senão a Jamia. – e Michelle começou a chorar. – eu sinto muito. – disse ele com pena tentando fazê-la parar de chorar. Michelle olhou pra ele com raiva e deu-lhe uma bofetada. – você é maluca? – perguntou ele com a mão onde ela havia batido e agora estava bem vermelho. - Ô Gerard! Gerard! Alguém por favor! Tem uma louca aqui na garagem! – gritava ele e Michelle voltou correndo e encontrou Gerard e Lily no caminho. Os dois corriam pra garagem pra ver o que estava acontecendo.

- Michelle o que houve?

- nada. – disse ela tapando o rosto. – vamos embora Lily. Por favor.

- eu levo as duas em casa. – se ofereceu Gerard.

O caminho inteiro fomos ouvindo o choro de Michelle. Gerard e eu de vez em quando trocávamos olhares assustados. Quando chegamos em frente ao prédio que morávamos, ela saiu do carro às pressas.

- sua amiga está muito mal.

- está sim. Não sei o que pode estar havendo com ela.

- tem há ver com o Frank.

- do jeito que ele gritava. Já imagino o que possa ter acontecido.

- então me diz o que foi?

- agora não. Outro dia nós conversamos sobre isso, apesar de que seu amigo deve lhe explicar quando chegar em casa.

- nem tivemos tempo pra conversar sobre ontem. – disse me fazendo carinho no rosto.

- é... – e eu cocei a cabeça sem graça. – eu tenho que ir antes que ela corte os pulsos e suje o tapete que lavei semana passada de sangue. – eu disse fazendo ele rir.

- você também é louca.

- por isso vivemos juntas. – eu o beijei rápido e saí do carro.