Mês de Novembro

Capítulo 12 - Tentativa inútil.


Quando cheguei no apartamento em que morávamos, Michelle estava sentada no chão com uma faca na mão.

- ei! O que está fazendo? – perguntei correndo até ela.

- o que já era pra ter feito faz tempo. O bem pra humanidade.

- ta bom. Mas faça na pia do banheiro pra não sujar o tapete. – e ela que estava chorando começou a rir.

- não me faça desistir. Droga! – disse parando de rir.

- Michelle, amiga. Para de besteira. Está parecendo uma criança. Desse jeito vou ter que te colocar numa creche enquanto saio pra trabalhar.

- desde que me sustente e eu não precise aturar meu chefe nunca mais. Eu aceito. – e ela me olhou rindo.

- vem cá. – disse abrindo os braços e ela largou a faca em cima da mesa e me abraçou. – agora me conta o que houve.

- você estava certa. Ele nem lembra de mim. Eu ainda o beijei pensando que se lembraria dos meus beijos e eu vi que isso só acontece em filme mesmo. Ele ainda me chamou de louca. Foi horrível.

- eu te disse.

- eu ainda dei um tapa na cara dele. ¬¬

- nossa! Você fez o que? – e eu tapei a boca rindo. – você é louca sabia?

- lógico! Ele me humilhou.

- e você vai ligar pra isso? Você nem o conhece. Esquece, existe milhares de outros homens por aí. E não vai ser difícil você achar um por que é uma menina muito linda.

- deve ser por isso que eu estou cheia de homens na minha porta implorando pra casar comigo. – disse cruzando os braços e fazendo bico.

- boba! Eu to falando sério.

- mas eu queria ele. Eu o amo.

- como? Você nem o conhece.

- mas eu amo. Sempre fui apaixonada por ele, eu tenho blogs dele, fotolog, minhas fotos no orkut só dá ele, ele é meu ídolo.

- cara, você precisa de uma psicóloga.

- ah, não dá pra conversar com você.

- to brincando, calma.

- vou te dar um exemplo. Quando você gostava do Kevin dos backstreet boys, apesar de eu achar o Nick muito mais bonito, você dizia que era apaixonada por ele, lembra?

- sim, eu admito. Eu amava aquele homem e dizia que íamos nos casar. – e dei um leve suspiro ao me lembrar desse fato. – bons tempos aquele.

- é a mesma coisa eu agora. Ainda tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e mais, ele me beijou. Agora não sei nem se é um desprazer tê-lo conhecido.

- Não fica assim. – e a acolhi em meus braços tentando consolá-la.

- eu não estou certa?

- faz sentido sim o que você disse. Agora cala a boca e deixa eu tentar consolá-la. – e começamos a rir.