My love Nen

Altas revelações


—... – Olho para frente e percebi a janela. Vou até ela sendo observada pelo Hisoka. – Vou fugir, caso meu pai pergunte sobre mim, fale que eu cresci e vou seguir meu próprio destino. – Falo, me preparando para pular da janela do segundo andar, apesar de não ser grande coisa para mim.

— Kukukuku, estou brincando, estou brincando. Quem iria imaginar que você seria tão extrema, kukuku. – Hisoka fala rindo.

— Seu idiota. – Murmuro, fechando a janela. Ando em direção ao Hisoka novamente. – Então?

— Só vou contar se você se sentar no meu colo. – Ele separa as pernas, as abrindo sem qualquer vergonha enquanto batia em uma das pernas.

— Não vou fazer isso nem que o inferno congele. – Falei irritada.

— Hmm, você não parecia tão hesitante ao se sentar no colo daquele vampiro. – Ele balança a cabeça para os lados. – Imagino o que seu pai faria se soubesse.

—... – Tento manter minha expressão calma. Suspiro. – Escuta aqui, meu chapa. – Coloco minhas mãos sobre seu ombro. – Não é assim que a fita toca aqui. – Falo calmamente.

—... – Ele não fala nada, até que ele solta fios de Nen sobre meus joelhos, puxando e me fazendo cair de joelhos. – Sou seu mestre. Você deve me respeitar. – Ele falou com um tom zombeteiro.

— A relação de respeito entre Mestre-Discípulo deve ser mutua! – Falo rosnando.

—...Desculpa. – Ele pega minhas mãos, me fazendo levantar. Ele olhava para mim, esperando minha vez.

— Ok, desculpa também. – Bufo, irritada. – Mas o que eu estou fazendo aqui?

—... – Ele suspira. – Você se lembra das quimeras? – Ele pergunta, dessa vez sério.

— Oh, as formigas quimera? – Me sento ao seu lado, me virando para ficar de frente para ele.

— Sim... Na época em que algumas quimeras fugiram para montar seu próprio reino, eles mataram todas, ou acharam que tinha sido assim. – Ele pega minha mão direita, fazendo o desenho de um naipe na palma com Nen. – Tinha um que tinha uma habilidade especial, ele conseguia tomar o corpo de uma pessoa, de quantas ele quisesse... - Ele suspira novamente. – Havia um pai, um aldeão qualquer, que estava muito triste com a morte da filha, ele ficou praticamente louco com a vingança contra as quimeras, mas com a chegada dessa quimera na aldeia, ele descobriu que na verdade, quem matou sua filha... Havia sido a família Zoldyck, mais especificamente seu bisavô. – Ele suspira, terminando o desenho e pegando minha outra mão, começando a desenhar outro naipe diferente. – A filha dele estava no castelo na hora que seu bisavô mais o antigo diretor da associação Hunter atacaram a base do líder quimera. A menina se feriu gravemente, e parece que acabou morrendo no ataque. Pelo menos foi o que disseram ao aldeão, ele ficou mais vingativo ainda, aceitando o acordo da quimera, ela ia matar o filho dos Zoldyck em troca da aldeia e do corpo do pai da garota. – Ele termina o desenho e solta minha mão

— E o filho dos Zoldyck seria meu avo, certo? – Pergunto, um pouco receosa.

— Quem dera, mas não teria sentindo matar seu avo, afinal ele é velho, mas ainda é muito forte. – Ele lambe os lábios. – Então eles irão procurar a filha mais nova da família, logicamente.

— E essa filha mais nova seria eu? – Arqueio as sobrancelhas.

— Exatamente, por isso seu pai resolveu te deixar aqui, aonde tem vários vampiros sem aura que podem te tirar rapidamente daqui caso ocorra um ataque, e que alias são seus irmãos. – Ele sorri.

— Não posso deixa-los lutar por mim, qual é? Meu pai tinha quinze anos quando lutou contra as quimeras. Eu tenho dezessete anos. – Suspiro cansada.

— Épocas diferentes, seu pai e Gon não tinham escolha. – Ele dá de ombros. – Agora seja uma boa menina, fique aqui e não saia daqui sozinha, ok? – Ele pergunta bagunçando meu cabelo.

— Não prometo nada. –Murmuro.