No dia seguinte, a Esme e o Carlisle foram para casa deles. O Carlisle já estava de férias e por isso, já podia ficar com a Esme em casa. Ela encontrava-se bastante melhor, tanto a nível emocional como a nível físico. E eu ficava mais aliviada por isso. Não queria que a Esme ficasse emocionalmente traumatizado por causa do ocorrido, queria que ela continuasse a fazer a sua vida.
Nesse dia a nossa rotina voltou ao normal, aquilo que era. De manhã, bem cedo, o Jasper levantava-se e ia levar a Amber à escola para depois ir para o trabalho e eu ficava com a Liv e o Will, durante o dia. À tarde, quando o Jasper chegava a casa, eu ia para a faculdade e só chegava tarde a casa, já estavam todos a dormir. Faltavam três anos para eu me formar em moda. Três anos! Parecia imenso tempo e que ia demorar a passar, mas não foi isso que aconteceu. Esses três anos passaram a voar. Entre a família, a universidade e trabalhos, esses anos pareceram apenas meses. Estava a poucos dias de me formar, não podia estar mais feliz por isso. Não via a hora de acabar a universidade para estar um pouco mais com a minha família. Não é que eu não estivesse com ela, mas ultimamente por causa dos trabalhos e dos testes, era difícil estar com eles, principalmente com o Jasper. Os meus fins-de-semana eram passados a estudar ou a fazer o trabalho final, durante os dias apenas tinha o Will comigo, uma vez que a Liv já estava no primeiro ano. Eu sentia imensa falta de ter mais momentos em família e de ter os meus filhos todos em casa. Sabia que eles também sentiam falta disso, mas eles compreendiam como acabar a universidade era importante para mim. Mas agora, eu já estava quase formada e iria aproveitar todos os momentos com a minha família.
Hoje, tinha deixado o Will em casa da Esme com o Peter e fui ter com a Rose à loja. Uma das empregadas adoeceu e ela precisava de ajuda. Eu sentia falta de trabalhar com ela, por isso, sempre que podia ia lá matar saudades. Hoje, era um desses dias. Ela tinha-me ligado há bocado a perguntar-me se eu poderia ir ajudá-la. Respondi prontamente que sim e agora estava a caminho da loja. Assim que cheguei ao centro comercial, estacionei o carro no parque subterrâneo e fui até à loja. Mal entrei na loja, percebi porque é que a Rose precisava de ajuda. A loja estava lotada. Cumprimentei a Rose rapidamente e comecei a atender clientes. O movimento na loja foi cessando à medida que nos aproximávamos da hora de almoço, o que de certa forma era bom, uma vez que nos encontrávamos exaustas. Quando o relógio marcou uma da tarde, fomos almoçar num restaurante próximo do centro comercial.
- Nem quero pensar no que aqueles dois traquinas andam a fazer juntos. A minha mãe já deve estar pelos cabelos. – Comentou a Rose rindo, fazendo-me cair na gargalhada também. Quando o Peter se juntava com o Will coisa boa não saía de certeza. Acontecia sempre algo que depois de um grande sermão, nos fazia rir imenso. Então quando o Thony, se juntava a estes dois, era o pandemónio total. Ninguém os conseguia parar.
- Nem consigo imaginar o que eles irão aprontar desta vez. Aquelas crianças têm uma imaginação! – Comentei ainda rindo. – Em falar nas crianças, já sabes se o bebé do Edward e da Bella é menino ou menina? – Perguntei curiosa. A Bella estava grávida outra vez e já estava quase de seis meses, mas ainda não tinham conseguido saber o sexo do bebé. A Bella estava completamente tranquila em relação a isso, mas o Edward e o Thony estavam ansiosíssimos para saberem o sexo do bebé.
- Não, eles foram a outra consulta no outro dia, mas ainda não conseguiram saber o sexo do bebé. O Edward está cada vez mais ansioso e a Bella só se ri disso. – Respondeu a Rose rindo, fazendo-me rir também.
- Ainda só irão saber o sexo do bebé quando ele nascer. – Comentei sorrindo.
- Por este andar, é o mais provável! – Disse ela ainda rindo um pouco.
- Rose. – Chamei-a. – Há algum tempo que te estou para perguntar isto. – Disse um pouco mais sério.
- O quê, Alice? – Perguntou ela.
- Sabes que eu agora estou quase a terminar a universidade, não é? – Perguntei, fazendo ela acenar afirmativamente com a cabeça para responder. – Eu tenho alguns desenhos de roupas e eu gostaria de costura-los e pôr à venda na tua loja, para começar a vender algo meu Rose. Estás a perceber? Mas eu queria falar contigo primeiro, para ver se concordavas.
- Alice, claro que eu concordo, eu ficaria imensamente feliz em ajudar-te. Mas, tu não querias começar uma coisa só tua? Abrias uma pequena loja e começavas a vender as tuas peças? Principalmente, porque eu sei que tu tens um dom para roupas de crianças e sei que adoras fazer roupa para crianças e na minha loja eu não vendo vestuário para crianças.
- Eu não sei se tenho coragem para fazer uma coisa dessas. Abrir uma loja sozinha? E se depois não correr bem?
- Alice, primeiro, tu nunca estarias sozinha, eu estaria aqui para te ajudar e depois, achas que quando eu abri a minha loja sabia que ela iria ter tanto sucesso? – Questionou ela. – Claro que não! Não podes pensar assim. – Exclamou ela. – Eu sei que o que tu amas é desenhar e fazer roupa para crianças, devido ao facto de quando moravas em Seattle fazeres roupas para a Amber. Eu sei disso, Alice. E sei que é o teu sonho, por isso eu acho que devias apostar nisso, está bem? – Afirmei com a cabeça como resposta. – Só não quero que faças algo que não te faça sentir realizada. Prometes que vais pensar sobre esta possibilidade? – Perguntou ela.
- Sim, prometo que vou pensar. – Respondi sorrindo. Ela também sorriu para mim e o nosso almoço continuou com uma conversa leve entre algumas risadas. Há muito tempo que não tinha um momento assim com a Rose e já estava com saudades disso. Quando acabámos de almoçar, voltámos para a loja e ficámos lá até ser horas de ir buscar as crianças à escola. A Amy e o Ray também já estavam na escola, segundo e terceiro anos, respetivamente. Como eles andavam todos na mesma escola, fomos as duas juntas busca-los mas em carros separados. Quando cheguei ao portão da escola com a Rose, avistámos logo as crianças que vieram a correr até nós. Notei a Liv um pouco nervosa, por isso decidi perguntar:
- O que se passa, princesinha? – Perguntei preocupada acariciando a sua bochecha.
- A minha professora quer falar contigo. – Disse ela um pouco nervosa.
- Porquê, querida? – Perguntei. Ela apenas encolheu os ombros.
- Rose, levas a Amber contigo e deixa-a em casa da Esme? – Perguntei. – Depois quando for buscar o Will, trago a Amber também. Tenho de ir falar com a professora da Liv.
- Claro, não há problema. – Respondeu ela também um pouco preocupada com o que poderia estar a acontecer. – Até logo, Alice. Adeus, pequenina! – Disse a Rose, beijando carinhosamente a testa da Liv. Assim que a Rose foi embora, eu entrei dentro da escola para poder falar com a professora da Liv.