O caminho até casa da Esme foi num instante. Quando lá chegámos, o Jasper estacionou o carro ao pé dos outros e depois batemos à porta. Foi a Esme que atendeu.

- Jasper, Alice! Não sabiam que ainda vinham. Então? Como é que foi a consulta? Está tudo bem? É rapaz ou rapariga? – Perguntou a Esme entusiasmada.

- Calma, mãe. A Rose está aí? – Perguntou o Jasper.

- Sim, está.

- Então vamos para dentro. Contamos a todos ao mesmo tempo. – Disse o Jasper.

- Está bem, entrem. – Ainda estávamos à porta. A Amber e a Liv foram logo a correr para a sala onde brincavam. Fomos até à sala e eu sentei-me ao lado da Rose. Estava ansiosa para lhe dizer que era ela que ia escolher o nome do bebé.

- Qual é o sexo, Alice? – Perguntou a Rose também entusiasmada.

- Estou a ver que estão todos entusiasmados. – Disse dirigindo-me à Rose, ao Emmet, ao Carlisle e à Esme. A Bella e o Edward deviam estar com o Anthony em casa deles.

- Claro! – Responderam todos. Ri-me.

- Pronto, eu digo. É um menino. – Disse sorrindo.

- Ahh! Parabéns! – Exclamou a Rose abraçando-me. – Que nome é que lhe vão dar? Já pensaram nisso?

- Bem, era sobre isso que queremos falar contigo, Rose.

- Comigo? Porquê? – Perguntou ela confusa.

- Eu e a Alice já falámos que nomes é que havíamos de dar. Se fosse uma menina ia chamar-se Anne. – Disse o Jasper olhando ternamente para a mãe. Ela percebeu porque é que íamos chamar de Anne e ficou com os olhos a brilhar. – Depois decidimos que se fosse um rapaz, queríamos que fosses tu a escolher o nome, Rose. – Disse o Jasper. A Rose ficou paralisada a olhar para nós. Ela não sabia o que dizer. Ela mexia os lábios mas nenhum som
saía de lá. Depois de tentar dizer alguma coisa, começaram a escorrer lágrimas
pelas suas bochechas.

- Rose, aceitas dar o nome ao nosso filho? Nós adoraríamos. - Disse-lhe pegando-lhe na mão. Não sei se ela teve esta reacção porque ficou emocionada ou porque ficou magoada, a pensar que estávamos a dizer-lhe que eu podia ter filhos e ela não. Estava com medo que ela interpretasse mal. – Rose? – Perguntei vendo que ela não respondia nada. Ela abraçou-me com força e sussurrou ao meu ouvido:

- Will.

- Will? – Perguntei não associando.

- O nome. William. – Disse ela ainda a chorar.

- Adoro, Rose. Ainda bem que aceitaste, não sabes o que isso significa para mim. – Disse-lhe também começando a chorar.

Passados uns minutos, parámos as duas de chorar. Notava-se que a Rose estava visivelmente feliz, pois não parava de sorrir. Eu também estava felicíssima. O meu bebé iria chamar-se William, tal como a Rose dissera. Eu adorava o nome e o resto da família também não desgostou. Jantámos lá em casa, por muita insistência da Rose e por volta das dez fomos para casa. Em casa, deitei a Amber e a Liv e depois também fui
dormir.

O resto da semana passou-se muito tranquilamente. Esta gravidez estava a ser tranquila, mal tinha enjoos e tonturas. Apenas sentia um maior cansaço mas isso é normal para uma grávida.

Sábado chegou num instante. À tarde iríamos ao parque. A Amber e a Liv já andavam a pedir há algum tempo para lá irem. Estávamos a acabar de almoçar. Depois de acabarmos, eu fui ajudar a Amber e a Liv a vestirem-se e o Jasper ficou a arrumar a cozinha. Depois de elas estarem vestidas, fui-me vestir eu. O Jasper foi o último a despachar-se, visto que demorou-se um pouco na cozinha. Quando estávamos todos prontos, partimos para o parque. Estava um dia óptimo para estar fora de casa. Não estava nem muito calor, nem muito frio. Mal chegámos ao parque, a Amber e a Liv foram a correr para os escorregas e baloiços. Eu e o Jasper sentámo-nos num banco a vê-las brincar.

- Elas crescem tão depressa. – Comentei. – Ainda no outro dia a Amber tinha quatro anos e agora já anda no primeiro ano. – O Jasper riu-se do meu comentário.

- É normal, Alice. Num instante, está a Amber adolescente e aí é que vão ser elas. – Comentou ele. Ri-me.

- Pode ser que não. – Comentei, um pouco positiva demais. Estava a ficar quente, aqui no parque. Tinha-me esquecido de trazer água para elas beberem, daqui nada, deviam vir pedir água. – Jasper, esquecemo-nos de trazer água.

- Pois foi! – Disse ele batendo com a mão na testa.

- Eu vou ali comprar num instante. – Disse. – Já volto. – Beijei-o e fui em direcção ao café. Cheguei ao café num instante e comprei duas garrafas de água. De seguida, voltei para o parque. A meio do caminho, senti alguém a puxar-me com violência. Fui parar a um locar, onde havia uma estrada própria para bicicletas e estavam dois adolescentes a competir um com o outro a andar de bicicleta a grande velocidade.

- Ainda não percebeste que quero que tu te afastes do Jasper! – Exclamou uma voz que me fazia estremecer por dentro. – O Jasper é meu!

- Não, o Jasper é meu marido. Não é teu. Ainda não percebeste que ele não te quer?

- Tu é que estás muito enganada. Ele querer-me, mas ele está contigo porque sente a responsabilidade de cuidar daquelas criaturas. – Disse ela zangada.

- Isso não é verdade! – Disse com uma calma que eu não sentia. Eu estava a tremer de medo por dentro. Eu tinha tanto medo que ela fizesse algo que aleija-se o bebé. – Não é verdade, porque eu voltei a engravidar. E se ele estivesse apenas comigo por responsabilidade pelas filhas não me engravidava outra vez. Vê se percebes, que ele não te quer. Vai-te embora, deixa-nos em paz. Faz novos amigos e conhece novas pessoas. Vais arranjar outra pessoa sem ser o Jasper. – Disse com a voz a tremer. Ela olhou ainda mais furiosa para mim quando eu disse que estava grávida de novo.

- Eu não quero mais ninguém. Eu quero o Jasper e se a única maneira de o ter é acabar contigo, é o que eu vou fazer. Podes ficar descansada. – Disse ela descontrolada.

- Eu tenho pena de ti, Maria. Tu podias ter tudo se não fosses assim. – Lamentei.

- Eu não teria pena de ti mas sim do teu filho. – Disse ela empurrando-me para a frente de uma das bicicletas de um dos adolescentes. Ele vinha com grande velocidade e já muito perto de mim, não conseguiu travar e acabou por chocar contra mim, atirando-me ao chão. Sentia a lateral esquerda do meu corpo toda a doer. Levei a mão à barriga. Acho que ele não tinha colidido com a minha barriga, mas estava com medo que algo acontecesse ao bebé.

- Senhora! Senhora! – Chamou o rapaz. – Desculpe, não a vi. – Desculpou-se ele.

- Não é preciso desculpares-te, a culpa não é tua. – Disse com a voz baixa. Estava com imensas dores no lado esquerdo do meu corpo.

- Está bem? – Perguntou.

- Dói-me a parte esquerda do corpo. – Disse.

- Quer que eu chame alguém?

- Já estou a chamar uma ambulância! – Disse o outro adolescente. – Ela está grávida. – Disse ele como se estivesse a explicar a alguém porque chama a ambulância.

- O meu marido e as minhas filhas estão no parque infantil.

- Quer que eu os chame? – Perguntou amavelmente.

- Quero. O meu marido é loiro e tem caracóis, está com uma t-shirt azul escura e umas calças de ganga. Tem os olhos verdes. – Expliquei. O outro adolescente que esta a ouvir-me, dirigiu-se ao parque para chamar o Jasper.

- Fique calma, a ambulância já deve estar a chegar. – Acalmou-me o rapaz. Eu não parava de gemer. As dores só aumentavam. Passado uns minutos, a ambulância chegou e os paramédicos vieram logo tratar de mim. A seguir à ambulância, chegou o Jasper com a Liv e a Amber. O Jasper vinha preocupado, conseguia perceber.

- Alice, estás bem? – Perguntou ele preocupado.

- Estou. Só me dói a parte esquerda do corpo.

- Afaste-se, precisamos de a levar para o hospital. Ela encontra-se grávida.

- Jasper, leva a Amber e a Liv para casa da tua mãe. Não quero que elas vão para o hospital. Depois vem ter comigo. – Pedi.

- Está bem. – Disse ele pegando na Liv que se encontrava a chorar por estar assustada. Os paramédicos levaram-me para dentro da ambulância e depois, conduziram até ao hospital.