Murmúrio

Inaugurações


- O que achou? - Eu podia sentir os olhos de Patch queimarem em minhas costas, enquanto eu andava pela sala. Era maravilhoso.
As paredes tinham um tom sereno de creme, estantes com todos os tipos de livros subiam até o teto que sustentava um lustre de cristal .
Havia uma escrivaninha comprida e larga, com um tampo de mármore branco. Um porta-retrato com moldura rústica habitava uma foto minha e de Patch, seus braços ao redor da minha cintura, ambos rindo, felizes. As lágrimas arderam em meus olhos.
Continuei observando, um notebook de última geração repousava ao lado de uma pequena estatueta branca de um anjo. Um tapete e um divã de couro bege contemplavam a decoração do quarto. Minha respiração falhou.
- Nossa… - As lágrimas rolavam. - É perfeito.
- Combina com você. - Ele sorriu. - Por isso eu o projetei para você.
- O que? - Gritei mais alto do que o esperado.
Corri e pulei no pescoço de Patch, ele retribui o abraço enquanto soltava risadas.
- Você gostou, mesmo? - Seus olhar era cauteloso.
- Eu amei! - Peguei seu rosto entre as mãos. - É perfeito, ninguém nunca fez nada parecido por mim. Obrigada.
- É o mínimo que eu podia fazer por você, Anjo. - Ele pousou seus lábios suavemente sobre os meus. - Vamos, tem mais coisas por aqui.
Demos alguns passos até Patch parar na frente de outra porta.
- Quer abrir? - Seus olhos procuraram os meus.
Não respondi, apenas girei a maçaneta e entrei quarto a drento. Nossa. Emiti algum som que não identifiquei, Patch riu atrás de mim.
Era um closet. Havia um grande espelho na parede do fundo e diversos armários embutidos, sapatos, gravatas, camisetas, cuecas, meias. Parecia um pequeno mundo de Patch. Corri os dedos por uma camisa de seda negra, quando ele me puxou da imensidão dos meus pensamentos.
- Anjo. - Sua voz estava divertida e parecia satisfeita.
- Hm? - Perguntei, voltando meus olhos para o Deus grego parado na porta, ele me indicava com um dedo uma porta clara e trabalhada na parede em frente.
Dei passos largos e quando eu a abri, mas um arquejo.
Era um closet pra mim. Haviam vestidos, calças, saltos, sapatilhas, lingeries. Oh meu Deus, Patch havia comprado lingeries pra mim.
- Gostou? - Ele disse, surpreendendo-me pela sua proximidade. Suas mãos estavam descansando em minha cintura.
- Se eu gostei? - Virei-me e coloquei as mãos cruzadas em seu pescoço. - Eu amei.
Coloquei meus lábios nos de Patch, sua língua era feroz procurando pela minha.
- Amo você, anjo. - Ele encostou sua testa na minha, passando o dedo indicador pelo meu lábio inferior.
Eu sorri, voltando a atenção para a parte de Lingeries.
- Vee iria adorar… - Comecei, mas a tristeza logo me dominou.
- Anjo, olhe pra mim. - Patch segurou meus queixo entre os dedos para alinhar nosso olhar. - Não pense nisso, não agora. Ainda temos outras novidades.
Paramos na frente de outra porta. Era do banheiro, dessa eu me lembrava.
- Espero que goste. - Ele tentou sorrir. - Iremos inaugurar em breve.
Inaugurar?
Não pude deixar de rir quando entrei no cômodo. Patch havia instalado uma jacuzzi grande e espaçosa com descanso para copos e um belo arranjo de rosas brancas.
- Meu Deus. - Eu disse em meio a gargalhadas. - Isso é incrível.
- Também gostei. - Ele sorriu.
Cheguei mais perto de Patch, mas meu estômago estragou o clima.
- Droga. - Murmurei.
- Venha. - Ele sorriu, me puxando pelo braço. - Teremos tempo para usá-la, mas parece que alguém precisa comer.
Patch fez um muchocho enquanto abria a geladeira.
- O que vai querer, anjo? - Ele virou o olhar em minha direção.
- Você. - Sussurrei, surpreendendo-me com o tom sensual em minha voz.
Ele também parece notar, enquanto me impulsionava para o balcão da pia. Minhas pernas rodeando seu quadril, sua boca sugando cada centímetro do meu pescoço.
- Vem morar comigo. - Ele sussurrou em meu queixo.
Meu corpo explodiu de alegria, minhas entranhas estavam se derretendo. Ele estava me convidando para morar com ele?
Oh Meu Deus.