- No que está pensando, anjo? - Patch imergiu-me dos pensamentos. Ele estava esfregando um esfoliante de frutas vermelhas com uma esponja em minhas costas nuas.
- Em você. - Respondi com a voz baixa.
- Em mim? - Ele repetiu, enquanto desfazia os nós de tensão dos meus músculos. Aquilo era tão bom.
- Sim, você. - Respondi, virando-me para olhar em seus olhos. - Sempre penso em você.
Ele estava tão lindo. Seu cabelo molhado e escorria até os olhos, emoldurando suas maçãs do rosto.
- Minha vez de esfregar. - Falei, levando meus lábios aos seus.
Ele ficou de costas pra mim, revelando suas costas bem trabalhadas e definidas. Peguei o pote vermelho e despejei na esponja. Esfreguei suas costas com carinho, como se ele pudesse sentir cada toque meu em seu corpo.
- Ah… - Ele falou, soltando o ar entre os dentes. - Como eu queria sentir isso.
Meu coração murchou e instintivamente rodeei seu corpo com os braços. Minha respiração contra seu tronco, minha bochecha apertada contra sua pele quente.
Ficamos em silêncio por um tempo, enquanto a água quente caia sobre nós.
- Anjo, fique aqui… - Patch tomou meu rosto entre as mãos. O olhar cauteloso.
- O que está havendo? - perguntei.
- Não demoro. - Ele plantou um beijo no topo da minha cabeça. - Me espere.
Ele enrolou uma toalha em sua cintura e andou calmamente em direção a sala. Encostando a porta do banheiro.
Tentei me concentrar em cada ponto do meu corpo que já estava ficando vermelho, devido a água quente. Brinquei com as bolhas que o esfoliante formava e contornei as juntas dos azulejos com a ponta dos dedos. Ah cansei.
Levantei e peguei uma toalha que estava pendurada. Enrolei no corpo e andei em silêncio, mas logo parei no corredor.
- Some… Você não tem mais nada a fazer aqui. - Patch mantinha a voz calma, mas eu podia sentir a ira. - Você me enganou… Como pôde? Eu confiei em você.
- Você confia nas pessoas erradas. - Meu Deus. Meu coração vacilou em meu peito.
A mesma sombra que assombrou algum tempo atrás, que eu pensei ter sido coisa da minha imaginação estava ali. Ele tentaria me matar? Não sei.
- Não vai oferecer nada para um velho amigo faminto? - Rixon era tão irônico que me dava nojo.
- Vá para o Inferno. - Patch ralhou. Eu podia ver suas mãos em punho ao lado da toalha.
- Mas eu acabei de chegar de lá, irmãozinho… - A voz de Rixon era calma mas exalava perigo. Como eu odeio esse homem. - E quer saber? Não é tão ruim como eu pensava, mas não posso contar já que você vai ter seu tour pessoal.
Patch ficou em silêncio.
- Já contou à menina? - Rixon perguntou, parecia mastigar alguma coisa. Eu cheguei um pouco mais perto. - Você é cruel, Jev. - Ele fez questão de sinalizar o verdadeiro nome de Patch.
- Deixe Nora fora disso, ok? - Patch estava irritado. Era engraçado vê-lo falando meu nome, tão raro. Mas do que eles estavam falando?
- Espera… vai me dizer que está apaixonado? - Rixon soltou uma gargalhada. - Quem você quer enganar?
- E se eu estiver? - Patch rugiu. Eu podia imaginá-lo, veias do pescoço saltadas, olhos sem expressão, mãos em punho. - Seu problema é comigo? Vamos resolver, apenas deixe Nora fora disso e isso não é um pedido.
- Sabe que você ainda é meu amigo… - Rixon começou, sua boca continuava cheia. - Mas isso que está fazendo, tenho que admitir é jogada de mestre. Quando vai contar a ela que está se tornando humano?
O que?
Eu queria gritar. Como ele escondeu uma coisa dessas de mim? Ele mentiu? Sobre o que mais ele estava mentindo?
Eu não parei mais para ouvir a conversa, corri até o closet e enfiei várias peças de roupa na mala mais próxima, peguei meus produtos de higiene pessoal, minha necessaire e fui até o quarto que Patch havia projetado pra mim.
Corri os dedos pelos livros enfileirados, haviam tantos, mas minha garganta ficou seca quando meu dedo parou no terceiro livro. Era grande, com uma capa de couro preta e tinha os seguintes dizeres em dourado.
” Livro dos Arcanjos”
Imediatamente joguei-o dentro da mala, mas algo me chamou atenção. Havia um sensor na parede, passei o dedo por ele e logo pensei que o quarto fosse desmoronar.
- Mas o que… - sibilei, quando me virei para olhar melhor. - Nossa.
Patch era incrível, era tão inteligente e habilidoso, mas infelizmente estava escondendo coisas importantes de mim, por enquanto eu não queria aceitar isso. Não podia.

- No que está pensando, anjo? - Patch imergiu-me dos pensamentos. Ele estava esfregando um esfoliante de frutas vermelhas com uma esponja em minhas costas nuas.
- Em você. - Respondi com a voz baixa.
- Em mim? - Ele repetiu, enquanto desfazia os nós de tensão dos meus músculos. Aquilo era tão bom.
- Sim, você. - Respondi, virando-me para olhar em seus olhos. - Sempre penso em você.
Ele estava tão lindo. Seu cabelo molhado e escorria até os olhos, emoldurando suas maçãs do rosto.
- Minha vez de esfregar. - Falei, levando meus lábios aos seus.
Ele ficou de costas pra mim, revelando suas costas bem trabalhadas e definidas. Peguei o pote vermelho e despejei na esponja. Esfreguei suas costas com carinho, como se ele pudesse sentir cada toque meu em seu corpo.
- Ah… - Ele falou, soltando o ar entre os dentes. - Como eu queria sentir isso.
Meu coração murchou e instintivamente rodeei seu corpo com os braços. Minha respiração contra seu tronco, minha bochecha apertada contra sua pele quente.
Ficamos em silêncio por um tempo, enquanto a água quente caia sobre nós.
- Anjo, fique aqui… - Patch tomou meu rosto entre as mãos. O olhar cauteloso.
- O que está havendo? - perguntei.
- Não demoro. - Ele plantou um beijo no topo da minha cabeça. - Me espere.
Ele enrolou uma toalha em sua cintura e andou calmamente em direção a sala. Encostando a porta do banheiro.
Tentei me concentrar em cada ponto do meu corpo que já estava ficando vermelho, devido a água quente. Brinquei com as bolhas que o esfoliante formava e contornei as juntas dos azulejos com a ponta dos dedos. Ah cansei.
Levantei e peguei uma toalha que estava pendurada. Enrolei no corpo e andei em silêncio, mas logo parei no corredor.
- Some… Você não tem mais nada a fazer aqui. - Patch mantinha a voz calma, mas eu podia sentir a ira. - Você me enganou… Como pôde? Eu confiei em você.
- Você confia nas pessoas erradas. - Meu Deus. Meu coração vacilou em meu peito.
A mesma sombra que assombrou algum tempo atrás, que eu pensei ter sido coisa da minha imaginação estava ali. Ele tentaria me matar? Não sei.
- Não vai oferecer nada para um velho amigo faminto? - Rixon era tão irônico que me dava nojo.
- Vá para o Inferno. - Patch ralhou. Eu podia ver suas mãos em punho ao lado da toalha.
- Mas eu acabei de chegar de lá, irmãozinho… - A voz de Rixon era calma mas exalava perigo. Como eu odeio esse homem. - E quer saber? Não é tão ruim como eu pensava, mas não posso contar já que você vai ter seu tour pessoal.
Patch ficou em silêncio.
- Já contou à menina? - Rixon perguntou, parecia mastigar alguma coisa. Eu cheguei um pouco mais perto. - Você é cruel, Jev. - Ele fez questão de sinalizar o verdadeiro nome de Patch.
- Deixe Nora fora disso, ok? - Patch estava irritado. Era engraçado vê-lo falando meu nome, tão raro. Mas do que eles estavam falando?
- Espera… vai me dizer que está apaixonado? - Rixon soltou uma gargalhada. - Quem você quer enganar?
- E se eu estiver? - Patch rugiu. Eu podia imaginá-lo, veias do pescoço saltadas, olhos sem expressão, mãos em punho. - Seu problema é comigo? Vamos resolver, apenas deixe Nora fora disso e isso não é um pedido.
- Sabe que você ainda é meu amigo… - Rixon começou, sua boca continuava cheia. - Mas isso que está fazendo, tenho que admitir é jogada de mestre. Quando vai contar a ela que está se tornando humano?
O que?
Eu queria gritar. Como ele escondeu uma coisa dessas de mim? Ele mentiu? Sobre o que mais ele estava mentindo?
Eu não parei mais para ouvir a conversa, corri até o closet e enfiei várias peças de roupa na mala mais próxima, peguei meus produtos de higiene pessoal, minha necessaire e fui até o quarto que Patch havia projetado pra mim.
Corri os dedos pelos livros enfileirados, haviam tantos, mas minha garganta ficou seca quando meu dedo parou no terceiro livro. Era grande, com uma capa de couro preta e tinha os seguintes dizeres em dourado.
” Livro dos Arcanjos”
Imediatamente joguei-o dentro da mala, mas algo me chamou atenção. Havia um sensor na parede, passei o dedo por ele e logo pensei que o quarto fosse desmoronar.
- Mas o que… - sibilei, quando me virei para olhar melhor. - Nossa.
Patch era incrível, era tão inteligente e habilidoso, mas infelizmente estava escondendo coisas importantes de mim, por enquanto eu não queria aceitar isso. Não podia.