Uma escadaria se desenrolava do centro da sala. Segui os degraus com cuidado. O andar debaixo era simples, mas muito confortável. Era separado como uma casa, de onde eu estava eu podia ver três portas, que deduzir serem o quarto, cozinha e banheiro. Tateei o interruptor, até que as luzes pálidas deram vida ao local. Havia um audi r8 preto estacionado e ao seu lado um balcão de ferro com utensílios.
Uma bolsa com remédios, a chave do carro, um celular, uma carta e uma bolsa de couro pequena. Abri a carta que continha os seguintes dizeres:
” Siga o seu coração e eu a apoiarei. Sempre
Com todo meu amor, Patch”


Meu corpo amoleceu mas eu não parei. Abri a pequena bolsa de couro que eu havia encontrado, uma arma. Eu esperava não precisar usar aquilo nem tão cedo.
Abri a porta do carro e coloquei minhas coisas dentro, bastou eu por a chave na ignição que uma porta metálica e silenciosa se abriu. Eu não pensei duas vezes.
- Um quarto por favor? - Pedi pro garoto na recepção. Ele devia ter a minha idade, mas era muito alto e forte. Tinha sardas e um cabelo castanho, era bem bonito.
- Hm, senhorita… - Ele se concertou na cadeira atrás do balcão.
- Nora, me chame de Nora. - Eu disse, sorrindo.
- Ah, sim. É um belo nome. - Ele disse, corando.
Eu estava flertando com o garoto da recepção? Eu tive vontade de rir com a ideia, mas que mal tinha em me divertir um pouco? Era só brincadeira.
- Obrigada - Respondi. - E o seu é…
- Me chame de Joey - Ele disse, estendendo a mão. Eu apertei.
- Também gostei do seu nome. - continuei sorrindo. - Mas então Joey, e o meu quarto?
- Nós temos um quarto…
- Serve - interrompi.
Joey me entregou uma chave e me acompanhou até a porta . O cômodo parecia um daqueles quartos que sempre ocorre um assassinato nos seriados da Warner que eu costumava a ver. A ideia me deu um calafrio.
As paredes tinham um papel floral em tons de rosa pálido, a cama era baixa com uma colcha verde. Persianas desviavam a luz alaranjada do sol.
- Se me permite… Eu tenho que voltar para o meu emprego. - Joey estava relaxado, ele era realmente bonito.
- Ah, sim. Tudo bem - Eu respondi. - Muito Obrigada.
Ele continuou parado na porta me observando, eu o encarei até ele descer. Fiquei observando de longe, era engraçado ter esse poder. Era assim que Patch se sentia sobre as meninas?
- Jeep bonito, senhor. - Joey disse do balcão.
Minhas pernas viraram geleia. Droga. Patch está aqui?
Claro que não. Isso é bobeira minha, coisa da minha cabeça, qualquer um poderia ter um Jeep… ou não?