Em certos momentos de meu dia, revivo Justine, ela aparece como um espectro hirto, sem expressão ou qualquer emoção. Simplesmente permanece encarando-me por horas a fio.

Ela me acusa silenciosamente, sem dizer uma única palavra.

— Eu estou morta, Victor. Você me matou!

Encolhido fico encarando a assombração, que um dia fora minha tão amada amiga, não ousei proferir sequer um pedido de desculpas. Justine jamais me perdoaria pelas minhas ações insensatas.

— Eu estou morta, Victor... — Ela grita angustiada, se contorcendo furiosamente no ar. — E você é o culpado — e a vejo cair como uma boneca de pano.