Capítulo 55

Fazia 1 semana que eu não via o meu menino e aquilo estava me corroendo por dentro. Aquela dor era horrível, ainda mais que havia sido causada por mim. Pensar que o meu menino podia estar sofrendo naquele momento... Ou não. Talvez ele tivesse achado alguém melhor que eu, mas em uma semana parecia meio difícil.

Eu já tinha voltado para Londres e estava morando com a minha mãe, mas Niall não sabia disso. Eu queria ter coragem o suficiente para ir até ele e perdir mil desculpas por eu ter sido uma retardada e não ter acreditado nele, mas eu não tinha. Eu era uma idiota que havia magoado o namorado e não havia feito nada. Algumas pessoas poderiam até pensar que eu não o amava, mas estariam enganadas. Ele era a razão do meu viver e sem ele... Eu não sobreviveria por muito tempo.

Era de tarde e o sol invadia o meu quarto. Eu estava deitada na cama, simplesmente fazendo NADA. Havia uma semana que eu não fazia nada além de tomar banho, dormir e sobreviver. É, eu não comia, só quando a minha mãe ficava me atormentando que era quase toda hora, mas meu estomago sempre colocava tudo pra fora. Eu estava vivendo de uma maneira horrível, de uma maneira que eu não desejaria para ninguém, ninguém mesmo. Sentir aquela dor sem fim era uma tortura para o meu coração, era como sentir várias facas penetrando a sua pele ao mesmo tempo.

Minha mãe havia chegado do trabalho e nós estávamos na cozinha.

Mãe: Querida, como foi seu dia? Você comeu alguma coisa?

Eu: Meu dia foi como todos estão sendo, idiota, inútil, sem sentido. E não, eu não comi. Apenas algumas uvas hoje mais cedo.

Mãe: Pelo amor de Deus, para com isso filha. Para de ficar sem comer, para de ficar me fazendo chorar. Eu não aguento mais ver você cada dia mais pálida, vomitando tudo que come.

Eu: Para de sofrer por isso, mãe. Não perca o seu precioso tempo chorando por mim. Logo eu estarei melhor, você vai ver.

Mentira, mentira das mais feias. Eu nunca estaria melhor, sem Niall ao meu lado.

Mãe: Eu sei que não vai. Sei o quanto você o ama e sei que você sofre uma grande dependência do amor dele.

Eu: Queria que isso tudo não tivesse acontecido, queria que eu não fosse tão idiota a ponto de não acreditar no meu namorado. Ou melhor, no meu ex. Eu o amo tanto e eu o perdi e a culpa foi toda minha. Eu queria deixar de ser tão estúpida.

Mãe: Se foi você que causou isso, porque você não concerta as coisas? Não é só o garoto que tem que ficar correndo atrás da menina, não. Pode ser ao contrário. E você não é estúpida, meu anjo. (ela veio até mim e me abraçou)

Minha mãe havia acabado de me dar uma ideia, ideia das melhores.

Eu: Ah mãezinha, você me deu uma ideia ótima. (e dei lhe um beijo)

Mãe: Serio? O que?

Eu: Ah, mãe, nada não. Você vai ver só.

Mãe: Por favor, não faça nada de errado.

Eu: Claro que não. Eu já cometi um erro e isso doeu demais. Não vou errar de novo.