Mitologia, Magia E... Pirataria?

Capítulo 14 - Meu primeiro choque!


– Pensei que você fosse durar mais.

“Hã?”

– Você caiu como uma menininha...

“Quem...?”

– Nem parece uma filha minha...

– Pera aí. Pai??

– Olá, filha. Quanto tempo. Você caiu pateticamente, sabia?

– Eu estava lutando há um tempo já. Não me julgue.

– Thalia ou Jason não cairiam tão facilmente.

– Você tem mais filhos além deles, sabia? E por que você não os mandou para me ajudar?

– Pensei que eles estivessem aí. E seus outros irmãos não foram com você porque têm juízo. Você vai se ferrar com Quíron depois.

– Thalia saiu em missão com as caçadoras e o lugar de Jason é no Acampamento Júpiter. E, pai... Quanto a Quíron, acho que o senhor poderia me dar uma ajudinha, não é?

– Você não anda merecendo – Ele respondeu, em voz de deboche.

– Ai, vai ficar ressentido só por que não te ouvi e sem querer me deixei ser drogada?

– Não estaríamos tendo este diálogo no momento se você tivesse me ouvido.

– Mas eu também não teria conhecido os Chapéus de Palha, então não foi de tanto mau. Mas, tudo bem. O senhor, ao invés de brigar comigo, devia me ajudar. Chame meus outros irmãos, eles não tomaram café com os demais e não ouviram minha convocação.

– Mas não é possível, além de querer se prejudicar, pede a minha ajuda para prejudicar os irmãos. – Zeus riu. – E se você não sabe, no momento estou te ajudando.

– Brigando comigo?

– Não. Te mantendo consciente. Você está quase desmaiada completamente, e aquele rapaz está vindo em sua direção com intenções assassinas. Seus amigos estão com dificuldades de manter o ataque aos navios enquanto se preocupam com você.

– Ai, meu Zeus!

– Oi?

– Não! Isso é uma expressão! Estou preocupada!

– Ah, bom.

– Tenho que acordar. Pai, me ajude!

– Vou tentar fazer algo. Até mais.

– Até.

E de repente, o que antes era uma escuridão completa com a voz distante de Zeus, virou o Thousand Sunny, com a Robin falando comigo num flashback.

“Antes de virmos para o Novo Mundo, ficamos separados por dois anos. O almirante Kizaru e um exército de Pacifistas, robôs gigantes com aparência do Kuma, um dos Sete Lordes do Oceano, nos enviaram para ilhas distantes. Foi um horror! Todos tentamos lutar até o final. Parecia mesmo o fim...”

E de repente sua voz foi interrompida por um BUM! E eu acordei.

Foi tão repentino, e meio que doeu um pouco. Não foi bem uma dor, eu meio que me tremi toda. Acho que foi um choque, mas não tenho certeza já que nunca antes havia sentido. O céu estava preto, com uma tempestade imensa, e aquilo não havia sido causado pelos meus amigos filhos de Poseidon. Vinha de uma fonte bem maior.

“Obrigada, pai!”.

Levantei-me e ergui minha espada. Um raio a atingiu diretamente, e pude ter um domínio maior sobre ela. Kizaru havia resolvido me ignorar por um tempo enquanto eu estava desmaiada, mas agora voltara sua atenção para mim. Eu estava super energizada, e podia acompanha-lo, pela primeira vez, com os movimentos.

Ficamos um tempo no combate corporal, eu o acertando as vezes e vice-versa, até que consegui ficar em vantagem e tentei eletrocutá-lo. Sem sucesso. Ele parecia machucado, mas eu garanto, eu estava bem pior.

Olhei para os navios, e vi que faltavam cerca de 15. E então ouvi um grito. E depois outro, e assim sucessivamente. Olhei para a parte de terra e vi um exército enorme de jovens vindo para o mar. Não acreditei no momento, e a ficha só caiu quando Kizaru tentou me chutar e foi impedido por vinhas que cresceram e o prenderam no chão.

Nami pensou que era coisa de Usopp, mas eu sabia quem era.

–Sr. D! – Gritei. – Pessoal! – Continuei, olhando para o resto das pessoas.

A tempestade passou quase que repentinamente. Vi umas crianças de Zeus liderando o exército, e sorri.

“Obrigada novamente, pai.”

–Atacar! – Gritou algum deles. E todos os campistas ali presentes deram um jeito de chegar aos navios.

No meio da multidão, pude até identificar Rodrigo, um amigo meu de Apolo, e Melina, sua irmã.

Os navios continuavam a afundar, e eu observava. Kizaru estava preso, e Quíron estava se aproximando. Merda.

– Vim aqui para fazer um acordo, senhor. – Quíron disse, calmamente.

E eles conversaram por um tempo, então Kizaru, após perceber que teria mais prejuízos se ficasse, suspirou e assentiu. Acho que Quíron estava conseguindo o que fora proposto, e eles se preparavam para recuar.

Ajudei Sr. D. a convocar todos para a região terrestre, e os navios que sobraram começaram a se afastar, superlotados, por conta dos marinheiros dos outros navios que afundaram, e com botes presos a eles, também com marinheiros.

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Quando todos estavam em terra, a situação parecia não ter mudado. O mar estava ainda agitado, e todos estavam cansados, boa parte ferida.

– Devo dizer que não punirei vocês. Vocês vieram por um bem maior: Defender vosso lar. – Quíron falou, e todos suspiraram aliviados. – Exceto você. – Ele disse, se virando para mim.

– O quê? Eu também só queria defender o Acampamento! Isso é injusto, Quíron! – Protestei.

– Você que gerou a situação toda!

– Eu concordo com o homem-cavalo. – Zoro se intrometeu.

Grunhi.

– Tudo bem, mas como sei que o senhor é um homem muito justo, me punirá somente com o que fiz de errado, certo? – Sorri, desconfiada.

– Claro! E isso inclui: Ferir inocentes, destruir navios do órgão marinheiro, expor pessoas sem culpa a perigos, descumprimento de leis em outro território, descumprimento de regras do Acampamento, descumprimento das minhas regras...

– Ah, já chega!!

E todos riram. Fiquei com a cara emburrada no início, mas depois ri com eles também.