Miralice e a vida após a morte

Após a morte, o espanto


Crianças arremessavam pedras nas vidraças daquela casa abandonada. Quando uma sombra assustou-as. Fugiram as presas com medo.

Miralice fechou as cortinas.

“Crianças desagradáveis. Aliás, toda pessoa, me ignoram ou debocham”

Virou o rosto, observando o pano cobrindo o espelho. Todos os dias, o espelho aparecia coberto.

Rotineiramente, Miralice buscava água no poço, fiava o algodão, alimentava os animais.

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Dia após dia.

Numa tarde, cansada, sentou-se embaixo duma árvore. Após acordar, estava no cemitério. Um bitafe após o outro, de nomes conhecidos, inscritos em lápides. Datados de mais de cem anos.

Miralice correu.

Em casa, fechou porta e janelas, ouvindo crianças assombrá-la.