Meu Príncipe Arrogante

Misto de sentimentos: Amor, graça e ódio


Meu Deus! Eu finalmente escutei o que eu desejava escutar a anos, meus sonhos de criança, na minha infância eu sonhava com um casamento com o homem perfeito! O homem que eu poderia chamar de meu, León.

Eu fiquei intacta tentando parar o tempo, e viver cada segundo desse momento que sem duvida será um dos melhores de toda minha vida, ou o resto dela.

Eu estava com um sorriso de orelha a orelha, era obvio que eu responderia sim, mas eu estava tão feliz que eu era incapaz de proferir uma se quer palavra.

Lágrimas começaram a rolar sobre minha face novamente, mas não lágrimas de tristeza, mas sim de felicidade, uma felicidade da qual eu nunca tinha sentido, uma harmonia comigo mesma. E, dessa vez, eu não precisava pensar em ninguém, absolutamente ninguém, nem Lara, nem Ludmila, Diego, Dudu ou Mayra, ninguém! Era apenas eu, eu e meu amado.

–Sim, Sim! Eu nunca adorei tanto proferir uma palavra como essa. Sim! León Vargas, eu aceito ser a sua mulher eternamente sua, o que eu mais quero na minha vida é poder te chamar de meu marido! León Eu aceito ser sua esposa, com toda minha alma e meu coração eu aceito! Eu te amei, te amo e eternamente te amarei!

Percebi que León também chorava com um sorriso enorme estampado naqueles lábios que eu tanto amo. Nós parecíamos dois bobos chorando de felicidade e sorrindo um para o outro, um olhar sincero, tão profundo como se quiséssemos saber o verdadeiro ser da alma de ambos. Naquele momento não importava, quem estava lá, ao nosso redor, bebendo, dançando e se divertindo, eu não queria estar em nenhum lugar se não esse, isso era um sonho que acabara de se tornar realidade. Eu estava feliz com o meu interior, eu não sabia o que falar, eu fiquei como uma estátua sem saber o que fazer apenas curtir o momento!

Ele se levantou como um vulto e me abraçou, um abraço forte com um misto de carinho, paixão, e, principalmente amor! Um amor inexplicável, um amor que praticamente seria impossível, com várias desavenças e obstáculos. Sim, esse sim é um amor verdadeiro, pode ter pessoas que não acreditam no amor, pensam que é mais um palavra de um vocabulário inútil, eu era assim, por mais que eu amasse León eu não acreditava no verdadeiro amor. É complicado? Sim, muito, mas no mundo existem coisas complicadas para podermos ser capaz de aproveitar as coisas fáceis.

Eu me sentia com uma paz interior pelo fato de termos passado por coisas difíceis e ninguém, e nem nada foi capaz de romper esse laço, essa conexão que eu e León formamos a cada dia que passamos juntos, mesmo que eu pensava que era um amor unilateral, desde o dia em que, na madrugada, ele chegou no meu quarto, e falou o que sentia, me pediu em namoro eu tive certeza que não era um amor unilateral.

Mas na noite em que eu descobri que ele estava namorando a Mayra, em que discutimos como nunca, eu cheguei a pensar que tinha acabado, que o nosso amor eterno tinha chegado ao fim, mas não, não chegou. Minha história de vida mudou muito de uns anos pra cá. Antes eu era uma aluna tímida, mas que sabia se defender do ensino médio, e agora já sou adulta, com a vida perfeita e com uma doença terminal... Mas do que me importa uma doença terminal? Câncer é mais uma palavra tosca que inventaram para assustar a população. Bom, é assim que eu prefiro pensar. Minha história mudou de rumo, como eu nunca imaginei.

–Violetta Castillo Vargas eu te amo!

–Eu também te amo León Vargas!

E, nossos lábios se selaram com ternura e amor, um beijo calmo que demonstrava todos o amor que um sentia pelo outro.

–Gente, vocês não vão aproveitar a festa?

Diego falou com a voz embargada e sorrindo bobo e com um copo de bebida na mão, sempre tem que ter um infeliz com a sua vida pra estragar o momento!

Eu e León nos soltamos, apenas com as mão entrelaçadas. León sorri fraco e então diz:

–Já estamos indo cara, vai à frente que logo a gente vai. E manera no álcool.

–León, você acha que eu estou bêbado? Eu nunca estive tão sóbrio na minha vida! -Diego fala gesticulando com a mão e ficando com apenas um pé no chão, admito, a cena era engraçada. –E essa gata ai, quem é? –Diego além de bêbado ficou louco, só pode.

Percebe-se a face de León mudar. Acho melhor o Diego dar uma saidinha, tipo, para Nárnia.

–Diego eu sou a Violetta, lembra?

–Violetta! Mas como você est... Está gostosa! Misericórdia! –Diego fala colocando a mão livre em sua boca com uma face indignada. – É hoje que eu te conquisto de novo menina!

León já estava em ponto de pular no pescoço de Diego e para o bem de todos, eu e León já estávamos indo embora, mas a voz embargada de Diego nos detém.

–Calma aí! Cal.. Calma aí! Violetta me diz uma, você pega ônibus?

Quê? Agora eu não entendi!

–Poucas vezes, mas sim, por quê?

–Porquê você está no ponto! –Ele fala com uma voz de galã e um olhar galanteador. León cerra os punhos e bufa de raiva.

–León, meu amor, se controla, ele está bêbado. –Eu cochicho para León.

–Diego, deixa eu te informar uma coisa muito importante, a Violetta, ela é minha noiva!

–Q... Q... Quê? Que noiva o que? El.. Ela não te suporta! Ela gosta do gost... Gost... Gostosão aqui! –Diego diz com um sorriso malicioso e passando a mão no seu próprio peitoral, na realidade eu estou numa completa confusão entre graça e ódio!

Diego vem caminhando em minha direção, cambaleando e fazendo com que o aroma do álcool ficasse mais forte, León segura minha mão mais firme e eu troco um olhar de confiança com ele

–A Gatona vem cá! –Diego puxa minha cintura o que me faz desentrelaçar a minha mão com a mão do León. E em um acontecimento rápido ele me da um beijo. Eu mordo seu lábio inferior e o empurro, o que resulta em uma queda encontrando a grama e ficar com um sorriso satisfeito nos lábios.

Dava pra ver a fúria no olhar de León, e em um gesto mais do que rápido ele cerra os punhos e vai em direção a Diego que ainda está caído e a única coisa que ouço León proferir é:

–Maldito! Esse Desgraçado me paga!

Eu corro em direção a ele e puxo pelo braço, Ele se levanta e rodeia seu braço em minha cintura, ele me puxa para outro lugar, ele ainda raiva diz:

–Vamos para outro lugar antes que eu mate esse filho da mãe!

Até eu senti medo de León, não falei nada, só o obedeci.