Meu Príncipe Arrogante

Minha imprecisa aflição


Passei mais uma noite em claro, pensando em como vamos contar para meu pai, ele não é uma das pessoas mais queridas, gentis e que entendem o lado do outro, o momento em que contar que eu fiquei noiva do León, ele vai me enforcar duas vezes, uma para matar e outra para ter certeza de que estou morta, se bem que não vai fazer muita diferença mesmo ao poucos eu estou morrendo por uma doença terminal.

No meu quarto, não parecia um ser humano, ou uma menina viva, estava mais para um zumbi, com olheiras gigantes de baixo do olho, vestindo um pijama todo amarrotado e com uma preguiça desconhecida por todos. Mas como em algum momento minha vida precisa continar, mais cedo ou mais tarde tenho que deixar a preguiça de lado e sair desse quarto. Eo momento é agora!

Tomo um relaxante banho e tento ficar ao menos apresentável, hoje era o dia em que eu e León contaremos sobre o noivado.

[...]

Fim da tarde e eu ficava a cada minuto mais nervosa, León está aqui do meu lado tentando me acalmar, mas foi em vão. Escuto o barulho do carro o meu pai estacionando na garagem de casa e meu coraçao acelera, tendo um ataque no miocárdio, soando frio e ofegante.

– León. Eu conheço ele. Ele não vai aceitar. Eu sei que ele gosta de você, mas agora tudo é diferente. -Falo sem intervalos.

Ele sorri, dava pra ver que ele também estava nervoso, porém no momento ele estava focado em me tranquilizar.

León coloca sua mão em minha bochecha e diz:

– Tranquila minha pequena, vai dar tudo certo, e mesmo ele não aceitando nada e nem ninguém vai nos separar, eu te amo, você me ama e isso é o que importa. Foda-se os outros, para mim, tudo o que importa nesse mundo é você Violetta.

– Amor, eu to com medo. -Olho para aquelas iris verdes com receio.

– Vida, não precisa temer nada, faz assim... Sobe para o seu quarto que eu falo com ele, ok? -Ele só pode estar louco, eu vou deixar ele sozinho aqui, seria como deixar um pedaço de filé em uma sala com um tigre.

Seguro suas duas mãos.

–Não não não... Amor eu não vou te deix... - Acabo sendo interrompida por uma voz. Aquela voz. Meu pai.

–Violetta vai para o seu quarto agora! - Meu pai fala em um tom rude. Suspiro com receio e olho para León, ele me olha tentando pessar confiança, sorrio fraco e subo as escadas tremendo. Agora, eu não posso fazer nada, além de tentar escutar a conversa, mas isso é quase que uma missão impossível, desastrada do jeito que eu sou sei que vou fazer alguma merda e ser percebida, nunca fui boa em brincadeiras como esconde-esconde, e obviamente nunca na vida poderei trabalhar como 007.

Fico no meu quarto, caminhando de um lado para o outro, roendo as unhas e como se não bastasse o Dr. Antônio não para de me ligar, obvio que eu não atendia, tudo o que eu não queria nesse dia era receber uma noticia de que estou mais próxima do meu fim. O aparelho telefônico tocava insistentemente, minha vontade era de joga-lo contra a parede, só assim pararia de tocar e vibrar.

Longos minutos de passaram, que para mim parecia horas, o barulho que eu mais desejei soou. Alguém batendo na porta do meu quarto.

Agora acaba minha curiosidade!

Em um vulto vou as pressas abrir, era León, com um olhar triste e a cabeça baixa. acho que até sei qual foi a resposta do meu pai. Do nada, apenas me olhando e segurando minha mão León se aproxima.

–E então o que minha noiva fez enquanto eu estava batendo um papo com o sogrão? -Sorrio largo abraçando ele. Ele estava com aquele maravilhoso sorriso estampado nos lábios. -Admito que com meus truques foi facil convencer ele.

–Sempre tão modesto.