Meu Mundo Virou uma Fantasia?!

Prólogo: Para Casa, e Então...


(ponto de vista[PDV] 3° pessoa)

— Castelo Vetreina, reino dos humanos -

Todos os humanos do mundo se aterrorizaram ao ver uma enorme imagem projetada no céu. Como uma tela, a imagem se projetou acima de todas as cidades habitadas pelos humanos, e o que era transmitido nesta imagem, é o Rei Demônio, líder supremo da raça dos demônios.

Ele está sentado em seu trono. De sua cabeça, um par de chifres medonhos crescem. Á sua frente, seu exército assiste com anseio as declarações de seu lorde. Em contraste com a atmosfera demoníaca, o rosto e corpo do Rei Demônio é idêntico ao de um humano.

Em seu corpo, ele veste uma armadura perfeitamente branca com joias azuis. De suas custas, um par de asas feitas de luz saem, dando uma sensação sagrada, completamente diferente da aura maligna do demônio que usa. Em frente a ele, uma esfera mágica flutua. Esta ferramenta que transmite a imagem dele para todo o mundo.

Em todas as cidades e o exército de demônios estão em silêncio, a espera do que pode acontecer.

(Rei Demônio): "Todos do mundo!"

A voz grave ecoa pelo silêncio, fazendo todos os ouvintes sentirem uma enorme pressão.

(Rei Demônio): "Aqui e agora, eu declaro guerra contra a raça humana!"

O rugido do exército demoníaco enche o ar, cheio de excitação. Porém, o rosto dos humanos se torna grave, e nenhuma voz é ouvida deles.

(Rei Demônio): "Nós fomo oprimidos por muito tempo! Eu me recuso a ver minha raça ser expulsa de nossa terra pelos humanos! Agora é a nossa vez de destruir e conquistar! A partir de hoje, nossa raça se torna imune ás armas sagradas dos humanos! Hoje, nós conquistamos!"

O exército rugiu em aprovação. O que ele disse é verdade. Neste mundo, Ventracia, os humanos são a raça dominante, pois eles são crias da deusa da luz. Eles consideram os demônios como seus inimigos mortais, pois eles são criação da deusa das sombras.

Muitos milênios atrás, os humanos em uma "missão sagrada", atacaram a pacífica raça dos demônios, uma raça pacífica que nunca entrou em guerra contra ninguém. Devido a natureza desta raça, eles eram vulneráveis ás magias e armas sagradas dos humanos.

E então, guerra após guerra, combate após combate, os humanos caçaram os demônios, mas nunca foram capazes de exterminar completamente a raça. Agora, depois de muito tempo, os humanos finalmente perceberam seu erro quando sua deusa se manifestou, e os repudiou por suas ações.

Desesperados pela perda desta graça, os humanos tentaram se redimir, pedindo desculpas e declarando paz com os demônios..., mas foi tarde demais. A deusa da luz deu sua benção aos demônios, os tornando imunes à luz e magia sagrada.

Naturalmente, os demônios possuem um físico e magia superior ao dos humanos, e agora que sua única fraqueza letal foi retirada, os humanos não serão capazes de resistir.

De repente, uma lâmina atravessa o peito do Rei Demônio, atravessando o trono e saindo no peito do lorde, quebrando a armadura. De trás do trono, uma figura vestida em armadura vermelha está em pé. A armadura desta figura é parecida com a do rei, porém, sem asas, vermelha e com joias verdes.

Da manopla esquerda, uma lâmina com aura sagrada sai, coberta do sangue do Rei. O Rei toca a ferida no peito, e os guardas do castelo avançam na direção da figura vermelha, com armas a postos. A figura imediatamente foge para dentro do castelo, fugindo do alcance dos guardas.

Os guardas o seguem, e uma linda mulher se aproxima do Rei. Seus chifres revelando sua natureza.

(Rainha): "meu amado!"

(Rei): "Não se preocupe, algo deste nível não vai me matar, longe disso."

A rainha se afastou e foi procurar alguém capaz de usar magia de cura. O rei recostou em seu trono, movendo a mão e cancelando a transmissão. Ofegante, o rei sorriu levemente. Murmurando para si mesmo em um volume baixo, ele disse palavras que só ele poderia ouvir.

(Rei): "Agora é sua vez, meu amigo. Boa sorte, e que toda fortuna esteja com você."

(dentro do palácio)

A figura em armadura vermelha anda apressadamente pelos corredores, a lâmina em sua manopla ainda exposta. Ele para, se virando para uma das paredes. r a lâmina com a mão direita, ele sujou a mão com o sangue do Rei Demônio.

Movendo a mão, ele joga o sangue na parede. Reagindo ao sangue, a parede se transforma em uma porta e se abre silenciosamente. Ele entra e fecha a porta, que se torna uma parede de novo.

A sala na qual ele acabou de entrar é a sala do tesouro, cheia de pilhas massivas de ouro e artefatos lendários que fariam até mesmo o mais santo sentir ganância. Ignorando as riquezas, a figura avança.

(vermelho): "Se eu não me engano deveria ser por aqui, depois da décima pilha de ouro..."

Uma voz jovem sai de dentro d armadura. Saltando por cima de uma das pilhas de ouro, a décima pilha contando a partir da entrada, ele aterrissa em frente a um medalhão em um pedestal decorado. Medalhão dos Reis, um artefato cuja a função é prevenir uma catástrofe usando a mana conservada dentro do medalhão.

No decorrer dos anos, todos os reis dos demônios armazenaram uma enorme quantidade de energia cada, uma bateria de emergência, pode-se dizer. A figura na armadura olhou por um momento para o medalhão. Uma luz vermelha emanou da armadura, e logo depois, ela desapareceu, deixando um jovem em seu lugar.

Claramente, este jovem era aquele dentro da armadura. Cabelos negros até a metade das costas, olhos levemente puxados, dando um ar ameaçador, rosto jovem e reto, olhos pretos e pele pálida. Ele também não é alto, cerca de 1,70. Vestido de preto, ele tem um cachecol envolvido no pescoço.

Tirando o cachecol, o tecido se revela um pedaço grande de tecido quadrado, com uma complicadíssima forma costurada nele. Uma formação mágica. Com certeza, se qualquer mago no mundo fosse pôr os olhos nisso, eles jamais seriam de compreender o que isto é, devido à natureza da magia e também pelo fato de que esta magia é extremamente complicada e poderosa.

Na verdade, é tão poderosa que nenhuma criatura viva teria poder o suficiente para usar esta magia. Por isso o medalhão é necessário. O jovem pega o medalhão, composto por uma joia azul em uma corrente de prata. O jovem coloca o tecido aberto no chão, verificando por possíveis erros na formação pela última vez.

(jovem): "Eu passei quatro anos desenvolvendo essa formação, eu não posso errar, mesmo uma simples linha errada pode me mandar para um mundo desconhecido... eu preciso voltar para casa."

Conferindo que não havia nenhum erro, ele respirou fundo e subiu no tecido. Se concentrando e fechando os olhos, o medalhão e a formação mágica começaram a brilhar levemente. Silenciosamente, uma luz multicolorida e fraca o cobre. E então, sem som nenhum ele desaparece.

— Terra, Japão -

O jovem caiu no chão, agachando para reduzir o impacto. Olhando em volta, ele vi um cenário familiar. Uma estrada asfaltada, a noite. Olhando para o céu, ele viu constelações que não são do céu de Ventracia. Ele andou até o outro lado da estrada.

A estrada abraça um morro, dando vista para o cenário abaixo. As luzes alimentadas por eletricidade iluminam a cidade abaixo. Silenciosamente, lágrimas começam a escorrer pelo rosto do jovem. Caindo de joelhos, ele encara a cidade abaixo.

(Jovem): "Eu voltei..."

Antes que ele pudesse aproveitar o momento, uma luz de holofote o iluminou por cima. Pessoas armadas o cercaram, apontando pistolas para ele. Um deles disse para ele.

(policial): "Você está preso por travessia dimensional ilegal!"