(ponto de vista[PDV] 3° pessoa)

Kibõ levantou as mãos, se rendendo. Mesmo que ele esteja confuso com a situação, ele treinou o suficiente para se manter calmo em qualquer situação. Ele se levanta e se vira para os policiais... não, militares. Ou algum tipo de autoridade, já que ele não reconhece o uniforme.

(Kibõ): “o que está acontecendo aqui?”

(soldada): “Espera, Kibõ-kun?!”

(Kibõ): “Raika-neesan?!”

Cabelos pretos até os quadris, seios fartos, pele clara, olhos afiados e intimidadores se ela te encarar por muito tempo. Olhos castanhos claros, rosto bonito que dá uma impressão de gentileza. Alta, cerca de 1,80.

Ela abaixa a arma que estava apontada para Kibõ e diz uma ordem para os outros.

(Raika): “Baixem as armas! O suspeito não é agressivo!”

Os policiais baixaram as armas rapidamente. Raika guara a arma no coldre e se aproxima de Kibõ, abraçando-o fortemente. Kibõ fica confuso por um momento, antes de abraçar ela de volta. Ele sente ela tremer por um momento, provavelmente chorando.

Tsubaki Raika, prima mais velha de Kibõ por parte de mãe. Desde a infância, ele fora muito próximos, como irmãos, por isso Kibõ a chama de neesan (irmã mais velha). Ela o solta rapidamente, fungando e secando as lagrimas que acabaram de cair, fazendo uma expressão seria novamente.

(Raika): “Kibõ-kun, venha comigo, nos precisamos conversar.”

Sem resistir, Kibõ foi algemado e levado até um carro da polícia dirigido por Raika até a delegacia mais próxima.

— algumas horas, dentro da sala de interrogação –

Raika fechou a porta e tirou as algemas de Kibõ. Kibõ esfregou os pulsos. Nas últimas duas horas, ele passou por um tipo de exame de sangue. Para medir alguma coisa, ou algo assim.

(Raika): “Me desculpe pelo tratamento Kibõ-kun, mas eu sou uma militar no final das contas, eu tenho que cumprir meu dever.”

(Kibõ): “Não se preocupe. Eu entendo.”

Respondeu ele, sorrindo gentilmente. Então, um movimento debaixo da camisa dele chamou a atenção dos dois. De dentro da gola dele, uma pequena criatura saltou para a mesa. Uma pequena raposa negra, com três caudas. Aon invés das pontas das orelhas e cauda serem brancas, elas são de um roxo escuro.

(Kibõ): “Você me seguiu...”

(raposa): “kuu~!”

Fez a raposinha, levantando uma das patas. Raika olhou para a raposa com olhos arregalados.

(Raika): “A-a-a-a-a-azuria?!”

(Kibõ): “Azuria? Essa coisinha?”

Disse ele, usando as duas mãos para acariciar atrás das orelhas da raposinha. Ela é bem pequena, cerca de vinte centímetros de comprimento sem contar a cauda... caudas. A raposa negra soltou um “kuu~” de satisfação e fechou os olhos.

(Raika): “...Como você conseguiu domar uma?”

(Kibõ): “Longa história... enfim, o que aconteceu aqui?”

(Raika): “Ah! É verdade, eu quase me esqueci.”

Raika se senta em frente a Kibõ, mantendo um olho na pequena raposa.

(Raika): “dois anos atrás, você foi levado para outro mundo, correto?”

(Kibõ): “Sim...”

(Raika): “este mundo, Garuda, é de outra dimensão, e nós fizemos contatos no dia em que você e as outras crianças foram levadas para aquele mundo.”

(Kibõ): “...”

(Raika): “Este mundo, Garuda, tem uma tecnologia muito avançada, e as raças que vivem nela são praticamente humanas... bem, você vai ver como eles são por ai. Enfim, eles nos ajudaram a recuperar todas as crianças... pelo menos as que sobreviveram...”

(Kibõ): “Como assim?”

(Raika): “O ambiente de Garuda é extremamente hostil, cheio de criaturas poderosas. Como a Azuria com você... espera, como você não sabe disso?”

(Kibõ): “Eu fiquei em um lugar só o tempo todo, e ela me trouxe comida durante todo o tempo.”

Ele disse, mentindo com facilidade.

(Raika): “Entendo... afinal, as Azuria podem mudar de tamanho e são extremamente protetoras com aqueles que elas gostam. Se ela te protegeu nestes últimos dois anos, faz sentido.”

(Kibõ): “No final das contas, eu realmente fui para um mundo desconhecido. Seja lá o que uma Azuria seja, Ophis é outra coisa. Dois anos... então até o tempo fluiu de diferente...”

(Raika): “Enfim, nós formamos uma aliança com Garuda em troca de recursos. O mundo deles, apesar de avançado tecnologicamente, tem poucos recursos, e se eles não tivessem feito contato com nosso mundo, eles poderiam ser extintos.”

(Kibõ): “Entendo...”

Raika olhou para ele e suspirou, fazendo um rosto triste.

(Raika): “Kibõ, fica na minha casa por um tempo, ok? Muitas coisas aconteceram quando você se foi...”

(Kibõ): “Como assim?”

(Raika): “Depois eu te conto. Mas por enquanto... é melhor você não se encontrar co-“

*BAM!*

Ela foi interrompida quando a porta da sala de interrogação foi aberta violentamente. Uma garota de cabelos pretos presos em um rabo de cavalo com um garoto logo atrás dela. Ambos são praticamente iguais, gememos provavelmente.

Rosto bonito, olhos afiados e castanhos, pele pálida e 1,60 de altura. Ambos os irmão são praticamente são iguais, compartilhando todas estas características. A garota olha para Kibõ. Então, Kibõ se toca.

(Kibõ): “Misaki...”

Jinmei Misaki e Jinmei Ren, os irmãos mais novos de Kibõ. Antes que Kibõ pudesse mostrar felicidade, ela olhou para ele com raiva, fazendo com que Kibõ ficasse chocado.

(Misaki): “... Você sabe quanto sofrimento você causou?”

(Kibõ): “Eh?”

(Misaki) :”Por sua causa, kaa-chan(mamãe) sofreu muito! Sabe como a gente se sentiu quando você foi dado como morto porque não te encontraram!? Por sua causa, aquele maldito pai insistiu que você estava vivo em algum lugar! Por causa disso, ele e kaa-chan se separaram! E agora dois anos depois você aparece?! Eu vi o resultado do exame que eles fizeram em você! Todos os parâmetros D? Sabe como isso é patético?! Com isso você iria morrer nos primeiros segundos em Garuda! E agora que disseram que você voltou sozinho?! Não fode! Kaa-chan ficou mais triste ainda! Ela não consegue acreditar que você voltou! Ela quase entrou em choque! Era melhor você ter morrido ou nunca ter voltado!”

Ela gritou para ele, chorando. Quando ela acabou, ela fechou a porta com força, e o som dos passos dela correndo para fora lentamente diminuíram no corredor, com os passos do irmão logo atrás.

Raika olhou par Kibõ, que está chorando silenciosamente.

(Raika): “Eu vou buscar eles e contar o que aconteceu de verda-“

(Kibõ): “Não. Tudo bem. Deixa o que aconteceu deste jeito, não quero fazer eles sofrerem mais.”

(Raika): “...Tudo bem.”

Ela se aproximou dele e tocou o cabelo dele, acariciando silenciosamente.

(Kibõ): “e o meu pai, com ele está?”

(Raika): “Ele está bem. Ele nunca desistiu de você, sabia? Eu pedi para que Shinra chamasse ele para nossa casa, você vai poder encontrar ele lá.”

(Kibõ): “obrigado, Raika-neesan.”

Ele disse em voz baixa, segurando a mão dela. Lagrimas vieram aos olhos dela, mas ela as engoliu e disse.

(Raika): “Venha, vamos para casa. Com os testes feitos, você está liberado. Só me deixe entregar meu relatório e nós podemos ir.”

— uma hora depois, residência Tsubaki –

Kibõ abraçou seu pai fortemente. Uma imagem idêntica a Kibõ, ó que mais velho. Os cabelos curtos antes pretos, estão começando a ficar grisalhos devido ao estresse. Rosto gentil, olhos negros e linhas de sorriso marcando o rosto. Uma barba por fazer marca seu toso, com alguns fios grisalhos, um pouco mais alto que o filho, cerca de 1,80 ou um pouco mais. Este é Jinmei Jin.

Olhando de longe, com um sorriso no rosto e lágrimas escorrendo de felicidade, uma mulher praticamente idêntica a Raika. Porém, a diferença dela para a irmã são os olhos ligeiramente caídos, dando uma impressão de gentileza e amor. Ela é Tsubaki Shinra, irmã de Raika, e assim como a irmã, ele é muito próxima a Kibõ.

(Jin): “Meu filho... meu filho...”

Ele disse, chorando, agarrando o filho como se tivesse medo que ele fosse sumir novamente. Kibõ sentiu lágrimas escorrerem pelo rosto, mas ainda assim sorriu, dando tapinhas nas costas do pai e dizendo.

(Kibõ): “Estou de volta.”

(Jin): “Bem vindo...”

Eles se soltaram. Kibõ foi até Shinra e a abraçou também. Ela o apertou bem, dizendo com uma voz doce.

(Shinra): “Bem-vindo de volta, Ki-chan!”

(Kibõ): “Estou de volta, Shinra-nee(irmã mais velha).”

(Shinra): “Vem comigo, Ki-chan, eu vou te mostrar seu quarto. Logo eu vou preparar o jantar, então tenha certeza de tomar um banho!”

(Kibõ): “Sim, Shinra-nee.”

Depois de tomar um banho e jantar, ele conversou até tarde com a família e foi dormir. Deitado na cama, Ophis se deitou em cima do peito dele. Acariciando a raposa, ele disse para si mesmo.

(Kibõ): “Eu senti falta deles... mas isso é suspeito... Garuda... eu vou ter que investigar isto mais a fundo.”

Afinal, Jinmei Kibõ era conhecido como Dragão Tirano Vermelho no outro mundo. Para enganá-lo, ainda falta uma centena de anos!