Meu Mundo Virou uma Fantasia?!

Capítulo 2: Durante a Noite


(ponto de vista[PDV] 3° pessoa)

(Kibõ): “...Me deixa perguntar de novo, porque nós estamos aqui?”

Ele pergunta para suas primas, Raika e Shinra. Eles estão no meio de um shopping enorme, com várias lojas. Shinra se vira para ele e diz com sua voz doce.

(Shinra): “Nós do que você está falando, Ki-chan? É claro que nós viemos para comprar roupas novas para você!”

(Raika): “Isso mesmo! Afinal de contas, não temos roupas suas lá em casa!”

Kibõ suspira, sendo arrastado para dentro de uma das lojas pelas irmãs. Dentro da loja de roupas, elas o levam para um dos aparatos tecnológicos da loja. É composto por um simples pedestal com uma tela e um círculo branco brilhante no chão logo em frente ao pedestal, grande o suficiente para alguém ficar dentro dele com folga.

Colocando-o em cima do círculo, elas tocam a tela algumas vezes, e um círculo de luz sai do chão, escaneando Kibõ. Quando o escaneamento acaba, elas chamam ele para trás do pedestal, para ficar do lado delas. Parando ao lado delas, elas tocam a tela, e um holograma de Kibõ aparece acima do círculo.

Pele pálida, rosto relativamente bonito, muito parecido com o do pai. Olhos negros e cabelo preto liso até a metade das costas.

(Shinra): “Legal, não é? Desse jeito nós podemos trocar as roupas do holograma sem precisar ficar trocando de roupa toda hora!”

(Kibõ): “...É, realmente, tudo mudou...”

Raika bagunçou o cabelo dele.

(Raika): “Ainda assim, as coisas vão ficar bem daqui em diante! Vamos lá, vamos ver que roupas combinam com você!”

Tocando a tela, elas mudam as roupas dele para uma camiseta sem mangas vermelha e calças pretas. Daí elas mudam as roupas constantemente, finalmente parando em um conjunto.

(Shinra): “Mesmo que Ki-chan fique bem em qualquer roupa, essas aqui são inegavelmente melhores...”

Uma camisa preta de mangas compridas com uma gola V bem baixa, calcas pretas e coturnos de couro. Shinra encarou o holograma por algum tempo.

(Shinra): “Ele não fica bem até demais?”

(Raika): “Verdade. Por isso, Kibõ-kun, vamos comprar vinte dessas roupas de cada peça, e use elas todos os dias.”

Disse ela, agarrando um dos ombros dele.

(Kibõ): “Sabem eu não sou emo... e eu gosto de outras cores também, sabia?”

(Shinra): “É verdade Rai-chan! Se você vestir ele com as mesmas roupas todos os dias vai perder a graça!”

(Kibõ): “Esse não é o ponto!”

(Raika): “Mas Shinra, eu quero compensar o tempo que a gente perdeu desde a ultima vez...”

(Shinra): “Eu seu, Rai-chan, mas temos que nos controlar! Ainda teremos muito tempo pela frente!”

(Kibõ): “Eu ainda estou aqui~, por favor, não me ignorem~~.”

No fim, elas acabaram comprando várias roupas diferente para ele. Claro, roupas que elas acharam legais que atualmente estão na moda. E sim, em cores diferentes de preto. Carregando as bolsas de volta para casa, seguindo logo atrás de suas primas, Kibõ observa as ruas.

Prédios altos e modernos, telões e pessoas nas ruas. Muitas delas tem cabelos de cores diferentes, amarelo, verde, azul fluorescente. Muitas dessas pessoas possuem chifres crescendo na cabeça ou orelhas de animal no topo da cabeça ao invés de orelhas humanas.

Habitantes de Garuda. Kibõ morou nesta cidade antes, cerca de quatro anos atrás, e era uma cidade pequena. Agora, parece uma cidade grande e moderna, muito mais moderna do que as cidades da terra que Kibõ está acostumado.

Sem perceber, ele para na rua, olhando a paisagem. Raika e Shinra, notando que Kibõ parou, param também, mas não chamam a atenção dele. Aon invés disso, elas olham para ele, que tem um olhar triste, mesmo que ele não esteja com nenhuma expressão no rosto.

(Shinra): “Rai-chan.”

(Raika): “Eu sei.”

(Shinra): “O que nós podemos fazer por ele?”

Shinra pergunta, triste. Raika suspira e diz.

(Raika): “Eu não sei. Eu não sou boa em ser gentil com as pessoas, você sabe.”

Shinra sorri e diz.

(Shinra): “Bem, é por isso que eu estou aqui. E você também não precisa se preocupar, mesmo que sua personalidade seja horrível-“

(Raika): “Oi!”

(Shinra): “A você que ele conhece e a eu que ele conhece são as melhores coisas que nos podemos fazer.”

Raika cora levemente e coça a cabeça, um pouco envergonhada.

(Raika): “Eu sei. Vamos logo pra casa, eu quero comer alguma coisa. E eu acho que aquela Azuria não vai aguentar esperar ele por muito tempo.”

Shinra sorri e chama Kibõ, que desperta de seu estupor e as segue de volta para casa.

— naquela noite –

Kibõ, deitado em sua cama, olha para a própria mão. Um brilho prateado rápido, e uma corrente fina de prata aparece enrolada em sua mão, com um pingente de lua crescente. Ele encara o pingente por um tempo, antes de mover a mão, fazendo o pingente desaparecer. Fechando os olhos, ele dorme com Ophis em seu peito.

— algumas horas depois –

Kibõ acorda assustado, suando. Ophis está acordada, olhando para ele com olhos cheios de preocupação.

(Ophis): “Kibõ, pesadelo?”

Uma voz suave e feminina sai da boca da raposa. Com um flash de luz vermelha, uma manopla vermelha aparece no braço esquerdo de Kibõ. A joia verde nas costas da mão brilha, e uma voz masculina ressoa da joia.

(manopla): “Você está bem, parceiro.”

(Kibõ): “Não se preocupem, foi só um sonho.”

Ele disse, acariciando a pequena raposa com a mão direita.

(Kibõ): “Me desculpe por preocupar vocês, Draig, Ophis.”

(Draig): “Não se desculpe. Não tem como nós não nos preocuparmos com você.”

(Ophis): “Kibõ, importante.”

Kibõ sorriu.

(Draig): “Parceiro.”

(Kibõ): “Sim, Draig?”

(Draig): “Como nós vamos investigar Garuda?”

(Kibõ): “Eu não sei. Eu sei muito pouco sobre o que aconteceu aqui. Depois que eu conseguir me estabelecer, eu vou investigar tudo.”

(Draig): “Você vai usar a posição de Raika no exército?”

(Kibõ): “Não. Eu não quero envolver minha família nisto.”

(Draig): “......Você sabe que se você se meter nisso tem a possibilidade de que você passe a ser considerado uma ameaça.”

(Kibõ): “Eu sei. Mas você me conhece. Se alguma coisa se opor a mim, eu vou superar com puro poder.”

Um suspiro veio do da manopla.

(Draig): “Claro que vai. Afinal, foi você que mudou meu apelido de Imperador Vermelho pra Dragão Tirano Vermelho.”

(Kibõ): “É.”

Ophis, alheia a conversa, se aproximou do rosto de Kibõ e olhou nos olhos dele. Inclinando a cabeça adoravelmente, ela perguntou.

(Ophis): “Gêmeas, importantes, Kibõ?”

(Kibõ): “Sim Ophis, elas são muito importantes para mim. E quando eu resolver as coisas, eu gostaria que você se desse bem com elas. Assim, elas podem ser importantes para Ophis também.”

Ele disse, acariciando a raposa. A raposinha fechou os olhos.

(Ophis): “Eu gosto de Kibõ. Eu não quero ver Kibõ triste de novo...”

(Kibõ): “Obrigado Ophis. Vamos dormir, temos um longo dia amanha.”

A manopla em seu braço desapareceu em meio a luz vermelha. Abraçando a pequena raposa, eles adormeceram. Dessa vez, sem pesadelos.

(manopla)

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.