Domingo. Existe dia mais chato? Pra mim, não. Mas eu já estou tão confusa, que nem discuto mais comigo o quanto domingo é chato e tedioso. O Lipe tá me ajudando a esquecer o Math. Literalmente. Ainda mais depois dos beijos que só confundem a minha cabeça. Hoje ele vai vim passar o dia comigo, porque eu realmente não quero passar o domingo a tarde sozinha. Ele bateu na porta frenéticamente.

– Dá pra parar?! Eu já tô indo... - Corri em direção a porta.

– Faço isso só pra te irritar! E pelo jeito, funcionou... - Ele disse pela fresta da porta.

– Haha, muito engraçado você! - Abri a porta e ele se jogou no sofá.

Depois de um tempo, percebi que ele estava lindo. Não que já não fosse, mas estava especialmente mais lindo.

– Então, o que quer fazer hoje?! - Perguntei.

– O mesmo de ontem! Pode ser?

– Ah não, Lipe! Eu não quero andar de skate de novo. Eu nem sei mais... - Me sentei ao seu lado.

– Nossa, como você é lerda! Quem tá falando de skate aqui?!

Ele bateu de leve em minha testa. Depois de um tempo, fui entender o que o Lipe estava falando.

– Ah, como você é safado, garoto! Esquece isso... - Pedi.

– Querer te beijar é ser safado? Ok, então eu sou muuuito safado.

Joguei uma almofada nele.

– Amy, eu quase não te peço nada, poxa! Só um pouco...- Lipe chegou perto e me prendeu contra o sofá, ficando na minha frente.

Dei um selinho rápido nele e sai correndo. Ele foi atrás.

– Amy, vem cá! - Lipe gritou.

– Não!

Ele me agarrou por trás, puxou minha cintura e me abraçou por trás.

– Há, peguei!

– Me solta, Lipe! - Fiz biquinho.

– Com uma condição!

– Qual é? - Perguntei.

– Eu te solto e você me beija.

– Como você é interesseiro, menino!

– Só com você!

Eu apenas ri.

– Então, vai aceitar minha condição?! - Lipe perguntou.

– Não, você não vai querer me beijar, sabe... Eu beijo mal! - Disse em meio aos risos.

– E mente mal também, né?! - Lipe retrucou.

– Tá bom, seu chato! Eu beijo... - Cedi.

– Mesmo? Haha, eu sabia! - Lipe disse enquanto me soltava lentamente.

Me virei e o beijei. O beijo foi bem demorado.

– Pronto. Satisfeito?!

– Muito satisfeito! - Lipe riu maliciosamente.

– Bobo!

Sentamos no sofá e fomos assistir um filme. Deitei no colo do Lipe e ele ficou fazendo carinho no meu cabelo.

– Amy... - Lipe sussurou.

– O quê?

– Eu te amo muito, tá bom?!

Eu não sei o por quê, mas eu não consegui responder o Lipe e apenas sorri. Ele retribuiu o sorriso.

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Phellippe S.