Num susto, Mil despertou. Ainda estava no familiar quarto onde trabalhava. Luz entrava pela janela. Mil notou, com perplexidade: a forma da mulher se fora. Félix repousava em seus braços reais, o estertor desalinhado com o sorriso tranquilo iluminando a face do rapaz.

Então, o choque voraz da incompreensão atingiu-lhe. Tinha desaparecido. O Abismo Inconsciente devorara seu ser mental. Sabia disso. Então como? Como podia simplesmente acordar sentindo que tudo não passou dum sonho ruim?

Mil balançou a cabeça. Não era hora de questionar-se. Em vez disso, deslizou para fora da cama. O sorriso de Félix esmaeceu, porém, Mil já partira.