Capitulo VII - Vingança


Eu já não aguentava mais olhar as insinuações de Eric com outras. Ele era um desgraçado. Me comeu e depois largou. Todos da banda reprovavam as atitudes dele e isso me fazia sentir um pouco melhor. Mas ele não se intimidava com a situação, apenas ignorava e fingia não ser com ele.


Eu não era como as outras garotas que já a esta altura, já estariam chorando com suas mães. Eu não tinha perdido nada naquele jogo. Talvez quebrado um pouco meu coração, mas isso o tempo cola.


Era intencional seduzir os meninos da banda, fazia parte da vingança. Já que ele havia me tratado como vadia eu agiria como vadia. Não foi nem um pouco difícil conquistar Fred. Sempre escondido atrás da bateria e com sua muralha de timidez. Foram duas semanas jogando na cara do Eric o quão superior eu estava sendo.


Coury tinha ficado extremamente alegre. Não escondia para ninguém. Tinha planos para eu virar namorada dele. Mas eu não podia. Eu era um pássaro. Pássaros não gostam de gaiolas. Não tinha nascido para namorar, casar ou ter filhos. Eu tinha prometido a mim mesma não repetir os passos errôneos de minha mãe. Apenas não repetir, ser melhor não.


Meu inicio de amizade com Mégara foi por água a baixo, mas acho que depois de um tempo ela pode compreender. Não houve sentimentos, só houve vingança.


Foi um tanto triste romper com Fred antes dos planos dele ficarem sérios. Eu não podia iludi-lo eu não o amava. Não nutria nada mais do que um grande afeto. Ele ficou um pouco decepcionado, mas nada que ele não pudesse resolver sozinho.


...


– Você é uma groupie? – Ele estava um tanto decepcionado, mas não reagiu mal. Não na minha frente.


– Estou em formação ainda. - Eu sorri um pouco triste.


– É por causa do Eric. Ele é um idiota. – Ele não estava entendendo.


– Não é. É por causa do mundo. Ele me fez ficar assim. Mesmo ainda não tendo feito nada demais, eu não sirvo para compromissos sérios. – Eu sorri. – Sou espírito livre. – Ele compreendeu.


– Esta se vingando do Eric? – Assenti e sorri. - O único que não vai concordar com essa loucura é o Keifer. – Ele já tinha sacado minha ideia louca. Saí da sala disposta a seduzir o Jeff Labar.


Foi um pouco mais difícil, mas depois de vários copos de tequila qualquer um se apaixona. É eu embebedei Labar. Ele estava sobre os meus pés. Os homens do mundo inteiro podem negar, mas adoram garotinhas.


Garotinhas novas, inocentes e com carinha de anjo. Sim eu era tudo aquilo, menos inocente. Era um pouco difícil ser manipuladora e fingir um relacionamento. Minha consciência às vezes me importunava, mas eu não ligava. Parecia que eu tinha nascido para fingir.


Era bom estar no controle ser dominante. Nesse período com o Cinderella. Eu aprendi varias coisas. Desde musicas a assuntos sobre vida. Principalmente sobre minha futura carreira: Groupie.


Eu queria ter ficado com a banda toda, mas Keifer era impenetrável. Estava sempre em conexão diferente sempre em sintonia oposta. Oh! Sim ele ainda me via como uma garotinha. E ele não estava errado, eu era uma garotinha com medo e assustada.


Não conseguia estabelecer contato com ele. Tirando o fato de que ele amava muito Emily. Eu não interrompi seu casamento. Era algo que ele precisava fazer sozinho.


Aquela Emily não era uma mulher. Era o diabo em forma de mulher. Vivia sempre suspeitando de Keifer. Vivia dando ataque de ciúmes. Ingeria grande quantidade de cocaína. E finalmente flertava com meio mundo, enquanto o Keifer tentava resistir as tentações, ela nunca colaborava.