Capitulo VIII – Enfrente - me

Eric estava se roendo de raiva. Só faltava salivar de raiva. Foi inevitável o confronto. Já havia um mês que eu estava com meus joguinhos de vingança. Mas eu como não era burra sempre evitava encontrar o Eric. Mas isso só tinha o deixado mais irado.

- Qual é o seu problema? – Eu sabia que o Eric iria pirar só deu dormir com quaser todos os membros amados da banda dele.

- Nenhum. Agora eu sou uma groupie. – Eu sorria cínica. Fazia parte do meu show.

- Eu fiz isso. Valentina não vale apena. – Ele tentava se manter calmo. Pobre dele se achava que a culpa da minha mudança de comportamento era dele. Eu já estava mudada desde o incidente com o Harris.

- Não foi você. Apenas despertou meu lado. E sabe ate que eu gostei. É legal. Antes lá LA, eu não sabia o que ia ser da vida, mas agora tenho um objetivo alem de não morrer. – Eu tentava soar maldosa e descontraída. Se meu pai estivesse vivo, eu nunca teria topado fugir com um cara louco.

- Você esta agindo como uma criança, não sabe o que esta fazendo. – Eric passava mão nos longos cabelos loiros e sedosos.

- Então tudo é culpa da minha idade. Eu sou imatura. Oh! Pobre de mim sou um bebê que dá para metade de uma banda. – Eric não quis terminar de me ouvir. Ele deu um tapa muito forte na minha cara. – Quando você não consegue argumentos você parte para agressão. Interessante sabe eu acho isso muito bacana. – Eu estava doida para chorar, mas não ia dar este gostinho a ele. Eu tentava não agir como uma criança.

- Valentina, eu não. Não. Não. Quis fazer. Isto. – Eric estava desesperado. Eu podia ver o medo em seus olhos. – Droga! – Ele andava de um lado para o outro.

- Sabe eu era bastante boba quando você disse aquelas coisas bonitas para mim lá em LA. Você não tem noção do quão minha situação esta ruim agora. Você já parou para pensar que não posso voltar para casa. Que não tenho como me sustentar. Que alem de ter acabado com minha vida, agora eu não sei o que fazer. – Eu queria aliviar a culpa de Eric. Queria ter sido menos intensa naquele discurso. Mas eu tinha 13 anos. Tudo é confuso naquela idade. Foi inevitável jogar a culpa sobre ele.

- Você não era nenhuma garotinha ingênua e pura quando eu te conheci. – Eu sabia sobre o que ele se referia.

- Você não sabe de nada. Não sabe e nunca saberá. Porque você é um idiota. Se estivesse preocupado comigo de verdade teria me conhecido. Mas você só queria me comer. Conseguiu, gostou do brinquedo, enjoou e caiu fora. – Eu olhava indignada para ele. – Me faz um favor vai se fuder! – Eu larguei ele sozinho naquela sala.

Meus dias naquela divulgação iam de mal a pior. Não falava com Eric (isso a muito tempo), Jeff não olhava na minha cara, Keifer estava em seu mundinho e Coury ainda tentava se reaproximar de mim.

Coury era um homem integro. Não denegriu minha imagem e nem espalhou nenhum comentário. Ele apenas ficava quieto na dele. Era por isso que Mégara tinha se apaixonado por ele. Tudo era mais fácil com Fred.

Eu não pude continuar na minha face de foda-se o mundo. Era difícil tratar com falta de educação que lhe tratava com tanto respeito e admiração. Eu tinha voltado a falar com Fred, mas ele deixava claro que queria apenas minha amizade.

Eu fiquei satisfeitíssima com esta revelação dele. Era legal estar com Fred. Nós agíamos como duas crianças a maior parte do tempo. Despertávamos um ciúme doentio em Eric e incomodávamos Jeff. Keifer era sempre ausente.